AmLat - resumo da semana
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AmLat - resumo da semana
Olá, tudo bem? Espero que o fim de semana tenha sido bom para todos. Para mim só deu para resolver os problemas informáticos que me impediram de estar aqui ! Alguém se lembra de como era viver sem Internet? Enfim, esperemos que não se repita.
O resumo será rápido, mas é o suficiente para dizer que os Mercados Emergentes continuam em lua de mel com os investidores. Acontece, quando o sol brilha também em Nova York. Estará para durar?
Logo na segunda, com a América em dia de feriado, o Banco Central do Brasil fez uma operação insólita. Como o Real sobe agora para valores que podem comprometer o sector exportador, a autoridade monetária decidiu comprar dívida em dólar, fazendo um swap para títulos em moeda local, retirando dólares do mercado e assim subir o valor dos mesmos. Como o volume das operações do dia estava baixo, deu certo. Mas depois, tudo voltou ao normal, até devido à entrada de estrangeiros na Bolsa, a qual subiu com volumes que mais fizeram lembrar a década de noventa. O triplo da média dos últimos tempos. Além disso, a Balança Comercial está de vento em popa e pode chegar ao fim do primeiro semestre nos nove mil milhões de dólares. O mercado está quente. O crescimento do PIB está, porém, a zero, como se vê no primeiro trimestre. Descida de 0,1% que seria muito pior sem o factor exportações a pesar positivamente.
A inflação parece definitivamente controlada: apenas 0,3% em Maio (os combustíveis estão em baixa) e ainda ligeira deflação nos preços ao produtor. Mas com o consumo interno em recessão, só se podia esperar um aumento do desemprego que atinge já 20,6% da PEA na área metropolitana de SP. O desespero dos assalariados e dos pequenos empresários atingiu o limite do razoável, proporcionando dois momentos quentes na TV. Num deles, um empresário à beira da falência, parou um dos seus camiões na via pública e ameaçou suicidar-se, explodindo uma botija de gás no seu interior, enquanto falava ao telemóvel com o apresentador do canal que transmitia a cena ao vivo. No outro caso, um desempregado foi entrevistado numa movimentada Avenida por erguer um cartaz em que se propunha vender um dos seus rins por R$ 70.000 (€ 20.000) para assim ir embora morar no campo, para uma nova vida.
Com tanto aperto de cinto, (mesmo assim o PIB anualizado ainda cresceu 2%) é normal que o Governo tenha anunciado um superavit primário do sector público (totalidade) de 6,5% nos primeiros 4 meses de 2003 (a Drª M. F. Leite precisa de um estágio em Brasília) devido a fortes cortes da despesa, tanto corrente como de investimento. Assim, não há empresas e empregados que resistam.
Pior foi a semana no Peru: greve geral, confrontos... tudo por maiores salários e menos impostos. Pancadaria nas ruas, situação que não foi resolvida nem debaixo de estado de emergência. Mais uma vez, é o aperto do cinto.
Na Argentina, o exército ficou nervoso com a nomeação de militares próximos ao novo Presidente para os cargos de chefia, mas o que deu nas vistas mesmo, foi a “gaffe” de Kischner que deixou escapar que gostaria de ver o dólar a três pesos. O mercado ficou nervoso só de pensar que o Governo poderia intervir no câmbio, mas o Governo já foi logo desvalorizando tais declarações. Este país é o que mais precisa de estabilidade nos próximos tempos... mais aperto de cinto.
As máquinas de furação de cintos nunca trabalharam tanto...
Ficam os câmbios médios indicativos do Real – sexta-feira e do BOVESPA (números finais)
IBOVESPA – 13.421 pts – o índice subiu 2 % na semana
US$ 1 = R$ 2,96 – o dólar subiu 1,5 % na semana
€ 1 = R$ 3,48 – o Euro subiu 0,8 % na semana
Obs.) Para quem está a chegar ao Brasil, de férias ou negócios, o câmbio turismo aponta para um valor de R$ 3,35 aprox.
Um abraço ao Caldeirão
djovarius
O resumo será rápido, mas é o suficiente para dizer que os Mercados Emergentes continuam em lua de mel com os investidores. Acontece, quando o sol brilha também em Nova York. Estará para durar?
Logo na segunda, com a América em dia de feriado, o Banco Central do Brasil fez uma operação insólita. Como o Real sobe agora para valores que podem comprometer o sector exportador, a autoridade monetária decidiu comprar dívida em dólar, fazendo um swap para títulos em moeda local, retirando dólares do mercado e assim subir o valor dos mesmos. Como o volume das operações do dia estava baixo, deu certo. Mas depois, tudo voltou ao normal, até devido à entrada de estrangeiros na Bolsa, a qual subiu com volumes que mais fizeram lembrar a década de noventa. O triplo da média dos últimos tempos. Além disso, a Balança Comercial está de vento em popa e pode chegar ao fim do primeiro semestre nos nove mil milhões de dólares. O mercado está quente. O crescimento do PIB está, porém, a zero, como se vê no primeiro trimestre. Descida de 0,1% que seria muito pior sem o factor exportações a pesar positivamente.
A inflação parece definitivamente controlada: apenas 0,3% em Maio (os combustíveis estão em baixa) e ainda ligeira deflação nos preços ao produtor. Mas com o consumo interno em recessão, só se podia esperar um aumento do desemprego que atinge já 20,6% da PEA na área metropolitana de SP. O desespero dos assalariados e dos pequenos empresários atingiu o limite do razoável, proporcionando dois momentos quentes na TV. Num deles, um empresário à beira da falência, parou um dos seus camiões na via pública e ameaçou suicidar-se, explodindo uma botija de gás no seu interior, enquanto falava ao telemóvel com o apresentador do canal que transmitia a cena ao vivo. No outro caso, um desempregado foi entrevistado numa movimentada Avenida por erguer um cartaz em que se propunha vender um dos seus rins por R$ 70.000 (€ 20.000) para assim ir embora morar no campo, para uma nova vida.
Com tanto aperto de cinto, (mesmo assim o PIB anualizado ainda cresceu 2%) é normal que o Governo tenha anunciado um superavit primário do sector público (totalidade) de 6,5% nos primeiros 4 meses de 2003 (a Drª M. F. Leite precisa de um estágio em Brasília) devido a fortes cortes da despesa, tanto corrente como de investimento. Assim, não há empresas e empregados que resistam.
Pior foi a semana no Peru: greve geral, confrontos... tudo por maiores salários e menos impostos. Pancadaria nas ruas, situação que não foi resolvida nem debaixo de estado de emergência. Mais uma vez, é o aperto do cinto.
Na Argentina, o exército ficou nervoso com a nomeação de militares próximos ao novo Presidente para os cargos de chefia, mas o que deu nas vistas mesmo, foi a “gaffe” de Kischner que deixou escapar que gostaria de ver o dólar a três pesos. O mercado ficou nervoso só de pensar que o Governo poderia intervir no câmbio, mas o Governo já foi logo desvalorizando tais declarações. Este país é o que mais precisa de estabilidade nos próximos tempos... mais aperto de cinto.
As máquinas de furação de cintos nunca trabalharam tanto...
Ficam os câmbios médios indicativos do Real – sexta-feira e do BOVESPA (números finais)
IBOVESPA – 13.421 pts – o índice subiu 2 % na semana
US$ 1 = R$ 2,96 – o dólar subiu 1,5 % na semana
€ 1 = R$ 3,48 – o Euro subiu 0,8 % na semana
Obs.) Para quem está a chegar ao Brasil, de férias ou negócios, o câmbio turismo aponta para um valor de R$ 3,35 aprox.
Um abraço ao Caldeirão
djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
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