AmLat - resumo da semana
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Começo a acreditar...
... que o Lula se pode tornar mesmo um dos melhores Presidentes que o Brasil já teve.
O rapazinho anda mesmo ajuizado.
Relativamente aos outros 2 países da América do Sul, que conheço menos mal, diria que:
- a Argentina está a seguir no bom caminho mas este será longo.
- a Venezuela ainda vai causar muitas dores de cabeça ao Mundo neste Verão que se aproxima.
Um abraço,
JAS
P.S. - Habitualmente leio sempre as tuas crónicas mas há muito tempo que não te agradecia o trabalho que tens em escreveres regularmente as prosas.
O rapazinho anda mesmo ajuizado.
Relativamente aos outros 2 países da América do Sul, que conheço menos mal, diria que:
- a Argentina está a seguir no bom caminho mas este será longo.
- a Venezuela ainda vai causar muitas dores de cabeça ao Mundo neste Verão que se aproxima.
Um abraço,
JAS
P.S. - Habitualmente leio sempre as tuas crónicas mas há muito tempo que não te agradecia o trabalho que tens em escreveres regularmente as prosas.
AmLat - resumo da semana
Não é grandiosa a América, imenso continente de grandes de aventuras? Falo do continente como um todo de norte a sul, de sonhos e decepções e de nos deixar boquiabertos. Sobretudo na política. Já sabíamos que na América do Norte um Presidente podia ser menos votado e ganhar. Agora sabemos que na América do Sul um Presidente pode nem sequer ser votado e também ele ganhar. Isto é ou não o sonho Americano?
Enquanto no Norte se discute deflação, défice, ou a possível correcção nos mercados accionistas, no sul a especulação tem feito a festa.... e ela dura há bastante tempo. Primeiro, o caminho dos países latinos era a inevitável bancarrota. Agora, como por magia, nem a recessão dos outros será um problema por cá. Afinal, que luxo, aqui há superavit, inflação, juros altos... como entrar em recessão nestas condições!?
Nas últimas semanas demos conta da euforia que assola os mercados locais, mas o que se vê agora é um movimento que, além de cansado, denota fragilidade. Ao contrário do que os tubarões faziam crer, o dedo até “dorme” em cima do botão “venda” ao mínimo sinal de perturbação, sobretudo política.
Foi o que se tinha visto na outra semana, na Argentina e que se viu ontem no Brasil. No primeiro caso, o Merval da Bolsa de Buenos Aires tinha sido alvo de uma forte correcção devido ao receio do regresso ao poder do imperador da hiper inflação. Mas Carlos Menem desistiu e Nestor Kischner será Presidente. Deste o mercado gosta mais. Ele manterá Lavagna à frente da Economia, era o que o mercado queria. Ele é o grande responsável pela estabilidade pós calote, tem tomado medidas para a retoma da credibilidade e tem mantido contactos com os credores e o Fundo Monetário. O peso desvalorizou, mas o choque foi absorvido. Aos poucos, o crescimento, ainda que modesto, vai regressando ao país, mau grado a desconfiança da população, o que se compreende, alías.
No segundo caso, bastou ontem um sinal de desentendimento (que não passou de um arrufo logo resolvido) no PT, o Partido do Presidente Lula, para que o mercado sofresse um tombo. Para os optimistas, tem outro nome: tomada de mais valias. O episódio, tem pelo menos o dom de mostrar que ao menor sinal de que algo pode correr mal, o mercado é impiedoso e rapidamente esquece “euforias” ou “confianças”. Ainda assim, foi uma queda do Real e da Bolsa acima de 2,5% num só dia. Especular sim, mas com o dedo pronto a dar “enter”.
Esta semana até caminhava, sem grandes novidades ou notícias susceptíveis de causar apreensão. Logo a abrir, uma boa notícia para a brasileira Embraer. Esta empresa continua a dar cartas na produção aeronáutica e agora vai vender pelo menos 50 aeronaves para a companhia aérea norte-americana US Airways, com opção de compra para outras dezenas de aparelhos. Um “must” em tempos de crise no sector.
A melhoria da percepção do risco – país, a descida do dólar e dos juros pagos pelas obrigações, do Tesouro e Corporativas permitiram às grandes empresas o retorno ao crédito externo, essencial para novos investimentos. Só esta semana, entraram créditos de centenas de milhões de dólares e, o que é melhor, a médio e longo prazo, o que há muito não sucedia no Brasil. Só falta a tão esperada descida dos juros internos, essencial para aumentar o crescimento que para já se prevê lento. Essa descida dos juros não deverá acontecer agora ou mesmo no próximo mês. Tudo porque a inflação continua a dar sinais de baixa, porém contraditórios. Se um dos índices de preços na produção mostrou ligeira deflação, outra mostrava ligeira inflação. Ao nível do consumidor, enquanto índices regionais mostrou inflação mensal a cair aos 0,4% ao mês, um dos índices nacionais mostrava ainda 1% ao mês, o que ainda é perigoso na presente situação. Acreditamos que a descida dos juros será lenta e em incrementos muito suaves, tal como o ritmo actual da subida do custo de vida.
Os países da região têm beneficiado das exportações, ainda graças à anterior queda das moedas locais, algo que a actual euforia não pôs ainda em causa. A Venezuela beneficia ainda do facto do preço do petróleo (NY) não ter caído tanto quanto se esperava. O Brasil segue a demonstração do seu poderio agrícola. Esta semana foi mostrado como criar Frangos sem rações “hormonais”, mas com os mesmos resultados em termos de rápido crescimento... e melhor sabor. E quase toda a Europa já os provou.
Por falar nisso, as exportações do Brasil para a União Europeia nos primeiros meses do ano, subiram 20%. A grande preocupação da semana fica no ar: os Economistas deram o alerta. A América Latina cairá sim em recessão (ou ficará perto) se o chamado Primeiro Mundo entrar num ciclo negativo, nomeadamente a Europa. Para já, esta semana foi um travão ao entusiasmo. Inversão de tendência? Em breve saberemos...
Ficam os câmbios médios indicativos do Real – hoje, sexta-feira e do BOVESPA (números finais)
IBOVESPA – 13.225 pts – o índice subiu 0.01 % na semana
US$ 1 = R$ 2,94 – o dólar subiu 2,2 % na semana
€ 1 = R$ 3,41 – o Euro subiu 3,4 % na semana
Obs.) Para quem está a chegar ao Brasil, de férias ou negócios, o câmbio turismo aponta para um valor de R$ 3,30 aprox.
Um abraço a todos e bom fds
djovarius

Enquanto no Norte se discute deflação, défice, ou a possível correcção nos mercados accionistas, no sul a especulação tem feito a festa.... e ela dura há bastante tempo. Primeiro, o caminho dos países latinos era a inevitável bancarrota. Agora, como por magia, nem a recessão dos outros será um problema por cá. Afinal, que luxo, aqui há superavit, inflação, juros altos... como entrar em recessão nestas condições!?
Nas últimas semanas demos conta da euforia que assola os mercados locais, mas o que se vê agora é um movimento que, além de cansado, denota fragilidade. Ao contrário do que os tubarões faziam crer, o dedo até “dorme” em cima do botão “venda” ao mínimo sinal de perturbação, sobretudo política.
Foi o que se tinha visto na outra semana, na Argentina e que se viu ontem no Brasil. No primeiro caso, o Merval da Bolsa de Buenos Aires tinha sido alvo de uma forte correcção devido ao receio do regresso ao poder do imperador da hiper inflação. Mas Carlos Menem desistiu e Nestor Kischner será Presidente. Deste o mercado gosta mais. Ele manterá Lavagna à frente da Economia, era o que o mercado queria. Ele é o grande responsável pela estabilidade pós calote, tem tomado medidas para a retoma da credibilidade e tem mantido contactos com os credores e o Fundo Monetário. O peso desvalorizou, mas o choque foi absorvido. Aos poucos, o crescimento, ainda que modesto, vai regressando ao país, mau grado a desconfiança da população, o que se compreende, alías.
No segundo caso, bastou ontem um sinal de desentendimento (que não passou de um arrufo logo resolvido) no PT, o Partido do Presidente Lula, para que o mercado sofresse um tombo. Para os optimistas, tem outro nome: tomada de mais valias. O episódio, tem pelo menos o dom de mostrar que ao menor sinal de que algo pode correr mal, o mercado é impiedoso e rapidamente esquece “euforias” ou “confianças”. Ainda assim, foi uma queda do Real e da Bolsa acima de 2,5% num só dia. Especular sim, mas com o dedo pronto a dar “enter”.
Esta semana até caminhava, sem grandes novidades ou notícias susceptíveis de causar apreensão. Logo a abrir, uma boa notícia para a brasileira Embraer. Esta empresa continua a dar cartas na produção aeronáutica e agora vai vender pelo menos 50 aeronaves para a companhia aérea norte-americana US Airways, com opção de compra para outras dezenas de aparelhos. Um “must” em tempos de crise no sector.
A melhoria da percepção do risco – país, a descida do dólar e dos juros pagos pelas obrigações, do Tesouro e Corporativas permitiram às grandes empresas o retorno ao crédito externo, essencial para novos investimentos. Só esta semana, entraram créditos de centenas de milhões de dólares e, o que é melhor, a médio e longo prazo, o que há muito não sucedia no Brasil. Só falta a tão esperada descida dos juros internos, essencial para aumentar o crescimento que para já se prevê lento. Essa descida dos juros não deverá acontecer agora ou mesmo no próximo mês. Tudo porque a inflação continua a dar sinais de baixa, porém contraditórios. Se um dos índices de preços na produção mostrou ligeira deflação, outra mostrava ligeira inflação. Ao nível do consumidor, enquanto índices regionais mostrou inflação mensal a cair aos 0,4% ao mês, um dos índices nacionais mostrava ainda 1% ao mês, o que ainda é perigoso na presente situação. Acreditamos que a descida dos juros será lenta e em incrementos muito suaves, tal como o ritmo actual da subida do custo de vida.
Os países da região têm beneficiado das exportações, ainda graças à anterior queda das moedas locais, algo que a actual euforia não pôs ainda em causa. A Venezuela beneficia ainda do facto do preço do petróleo (NY) não ter caído tanto quanto se esperava. O Brasil segue a demonstração do seu poderio agrícola. Esta semana foi mostrado como criar Frangos sem rações “hormonais”, mas com os mesmos resultados em termos de rápido crescimento... e melhor sabor. E quase toda a Europa já os provou.
Por falar nisso, as exportações do Brasil para a União Europeia nos primeiros meses do ano, subiram 20%. A grande preocupação da semana fica no ar: os Economistas deram o alerta. A América Latina cairá sim em recessão (ou ficará perto) se o chamado Primeiro Mundo entrar num ciclo negativo, nomeadamente a Europa. Para já, esta semana foi um travão ao entusiasmo. Inversão de tendência? Em breve saberemos...
Ficam os câmbios médios indicativos do Real – hoje, sexta-feira e do BOVESPA (números finais)
IBOVESPA – 13.225 pts – o índice subiu 0.01 % na semana
US$ 1 = R$ 2,94 – o dólar subiu 2,2 % na semana
€ 1 = R$ 3,41 – o Euro subiu 3,4 % na semana
Obs.) Para quem está a chegar ao Brasil, de férias ou negócios, o câmbio turismo aponta para um valor de R$ 3,30 aprox.
Um abraço a todos e bom fds
djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
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