Crise internacional e economia portuguesa
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Para começar as perspectivas para Portugal no próximo ano serão mais do mesmo, ou seja, no actual ambiente de previsões para a economia mundial (penso que ainda fazemos parte desse grupo) temos o ministro das finanças a afirmar que para os portugueses 2008 será melhor que 2007.
Eu acho impossível, mas quem sou eu para achar o que quer que seja? Por isso digo que teremos mais do mesmo, um governo autista e fechado sobre si próprio, em que se refugia no seu alheamento da realidade para apresentar numeros.
Com esta postura, os problemas que verdadeiramente limitam a nossa economia e a nossa sociedade serão para manter. Reestruturações feitas a pensar nas estatísticas, mas sem resolver verdadeiramente os problemas. Um estado pesado e ineficiente graças à complexidade dos seus processos, a ter um custo elevadíssimo que se traduz nos pesados impostos que pagamos. Tudo isto leva a que tenhamos cada vez menos qualidade de vida.
Por outro lado teremos um estado eficiente na cobrança fiscal. Não sou contra a eficiência da cobrança fiscal, mas sou contra o facto de sermos completamente obrigados a pagar (nem todos, mas a maioria) sem que isso se traduza na melhoria do que nos é disponibilizado, já que o que é disponibilizado é mau.
Para terminar, e porque é um gravissimo problema que deveria ser motivo de vergonha nacional, alguém viu na TVI a reportagem que hoje deu após o jornal da noite sobre as listas de espera na saúde? Falo por mim, senti-me deprimido a ver aquilo.
Não prevejo um bom ano de 2008.
Eu acho impossível, mas quem sou eu para achar o que quer que seja? Por isso digo que teremos mais do mesmo, um governo autista e fechado sobre si próprio, em que se refugia no seu alheamento da realidade para apresentar numeros.
Com esta postura, os problemas que verdadeiramente limitam a nossa economia e a nossa sociedade serão para manter. Reestruturações feitas a pensar nas estatísticas, mas sem resolver verdadeiramente os problemas. Um estado pesado e ineficiente graças à complexidade dos seus processos, a ter um custo elevadíssimo que se traduz nos pesados impostos que pagamos. Tudo isto leva a que tenhamos cada vez menos qualidade de vida.
Por outro lado teremos um estado eficiente na cobrança fiscal. Não sou contra a eficiência da cobrança fiscal, mas sou contra o facto de sermos completamente obrigados a pagar (nem todos, mas a maioria) sem que isso se traduza na melhoria do que nos é disponibilizado, já que o que é disponibilizado é mau.
Para terminar, e porque é um gravissimo problema que deveria ser motivo de vergonha nacional, alguém viu na TVI a reportagem que hoje deu após o jornal da noite sobre as listas de espera na saúde? Falo por mim, senti-me deprimido a ver aquilo.
Não prevejo um bom ano de 2008.
O mercado cega... nem uma ida a Cuba resolve. Cuba?!?
Phone-ix!! Eles são socialistas pá!!!!

Crise internacional e economia portuguesa
Deixando um pouco a crise bolsista e passando à economia real, qual acham vocês que será a "key drivng" para este ano que ainda agora começou e já tanto se receia?
Cingindo-me apenas a Portugal, creio que o nosso futuro está muito dependente do presente ano.
Ora vejamos:
- Portugal tem estado a lutar nos últimos anos para conseguir taxas de crescimento pelo menos igual à média europeia e tem sido uma tarefa praticamente impossível de se concretizar.
- Portugal está nos últimos da lista da UE em termos de nível salarial, considerando apenas os antigos 15.
- Portugal tem tido consecutivamente aumentos salariais abaixo da inflação, ou seja, perda de poder de compra.
- Portugal tem a taxa de desemprego em níveis que há muito não se viam.
- Portugal é um dos países da UE, que apresenta um baixo nível de escolaridade no seio da sua população.
- Portugal carece ainda de bastante desburucratização e de apoio e estimulo ao empreendedorismo(essencial numa altura de crise, agravada pelo binómio globalização/competitividade).
Estes são apenas alguns dos grandes problemas do nosso país.
Posto isto, continuemos:
- A inflação está a disparar e com os aumentos salariais abaixo da mesma, o resultado final será mais um ano de perda de poder de compra.
- Mais grave é que há(irá haver) uma significativa incidência inflacionista nos produtos alimentares.
- Isto deriva da inflação já visível das matérias-primas e produtos agrícolas(o trigo valorizou 300% este ano, muito devido à sua utilização para a produção etanol).
- O disparo do crude irá encarecer bastante o transporte individual/colectivo, a factura da electricidade e abrandar com certeza o crescimento de muitos negócios, que tanto dependem deste combustível para as suas actividades. Os aumentos do gás também estão à porta...
- O mercado imobiliário/construção está a abrandar e com isso há um arrastamento de tantas actividades complementares.
- O BCE deverá aumentar as taxas de juros para controlar a inflação. Aparentemente é uma boa medida para que não soframos tanto nas nossas carteiras mas uma acção deste género por parte do BCE em nada influenciará os preços das grandes commodities industriais e agrícolas. Temos então a outra face da moeda, ou seja, com a subida dos juros temos o consequentemente aumento dos custo da divída e para não variar os portugueses estão altamente endividados. Isto quer dizer que apenas se tirou dum lado para pôr no outro e tudo fica idêntico.
A nossa economia terá capacidade para absorver tanta inflação e constrangimentos e ainda assim gerar riqueza?
Creio que este ano dirá se nós conseguimos realmente continuar à superfície ou iremos entrar num ciclo de decrescimento económico.
(Parece um cenário infernal mas a realidade poderá não passar muito longe disso, e os mais carenciados vão ser mais uma vez os primeiros e os mais atingidos pela fraca economia.)
Deixem os vossos testemunhos e opiniões. Fiz apenas um breve resumo de certos pontos chave que irão afectar o rumo económico do nosso país mas com certeza que ficaram por dizer e debater imensos. É para isso mesmo que conto com a vossa colaboração.
Cumprimentos,
kpt
Cingindo-me apenas a Portugal, creio que o nosso futuro está muito dependente do presente ano.
Ora vejamos:
- Portugal tem estado a lutar nos últimos anos para conseguir taxas de crescimento pelo menos igual à média europeia e tem sido uma tarefa praticamente impossível de se concretizar.
- Portugal está nos últimos da lista da UE em termos de nível salarial, considerando apenas os antigos 15.
- Portugal tem tido consecutivamente aumentos salariais abaixo da inflação, ou seja, perda de poder de compra.
- Portugal tem a taxa de desemprego em níveis que há muito não se viam.
- Portugal é um dos países da UE, que apresenta um baixo nível de escolaridade no seio da sua população.
- Portugal carece ainda de bastante desburucratização e de apoio e estimulo ao empreendedorismo(essencial numa altura de crise, agravada pelo binómio globalização/competitividade).
Estes são apenas alguns dos grandes problemas do nosso país.
Posto isto, continuemos:
- A inflação está a disparar e com os aumentos salariais abaixo da mesma, o resultado final será mais um ano de perda de poder de compra.
- Mais grave é que há(irá haver) uma significativa incidência inflacionista nos produtos alimentares.
- Isto deriva da inflação já visível das matérias-primas e produtos agrícolas(o trigo valorizou 300% este ano, muito devido à sua utilização para a produção etanol).
- O disparo do crude irá encarecer bastante o transporte individual/colectivo, a factura da electricidade e abrandar com certeza o crescimento de muitos negócios, que tanto dependem deste combustível para as suas actividades. Os aumentos do gás também estão à porta...
- O mercado imobiliário/construção está a abrandar e com isso há um arrastamento de tantas actividades complementares.
- O BCE deverá aumentar as taxas de juros para controlar a inflação. Aparentemente é uma boa medida para que não soframos tanto nas nossas carteiras mas uma acção deste género por parte do BCE em nada influenciará os preços das grandes commodities industriais e agrícolas. Temos então a outra face da moeda, ou seja, com a subida dos juros temos o consequentemente aumento dos custo da divída e para não variar os portugueses estão altamente endividados. Isto quer dizer que apenas se tirou dum lado para pôr no outro e tudo fica idêntico.
A nossa economia terá capacidade para absorver tanta inflação e constrangimentos e ainda assim gerar riqueza?
Creio que este ano dirá se nós conseguimos realmente continuar à superfície ou iremos entrar num ciclo de decrescimento económico.
(Parece um cenário infernal mas a realidade poderá não passar muito longe disso, e os mais carenciados vão ser mais uma vez os primeiros e os mais atingidos pela fraca economia.)
Deixem os vossos testemunhos e opiniões. Fiz apenas um breve resumo de certos pontos chave que irão afectar o rumo económico do nosso país mas com certeza que ficaram por dizer e debater imensos. É para isso mesmo que conto com a vossa colaboração.
Cumprimentos,
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