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Caldeirão da Bolsa

Bagdad e os keystone cops

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Bagdad e os keystone cops

por starter » 16/4/2003 17:58

Esta noticia esta o maximo!
O soataque brasileiro ajuda


Por Rosalind Russell
BAGDÁ, 16 de abril (Reuters) - Um assalto a banco no centro
de Bagdá nesta quarta-feira poderia representar a perfeita
oportunidade para as patrulhas policiais iraquianas e
norte-americanas ostentarem sua força. Mas graças ao medo, a
problemas com o idioma e a audácia dos assaltantes, os policiais
vivem situações dignas do filme de comédia "Keystone Cops".
Quando uma patrulha de policiais iraquianos e marines
norte-americanos conseguiu chegar ao local de um crime, mais de
20 ladrões já haviam fugido e lançavam um tiro de vitória com
uma AK-47.
Outros três ladrões foram jogados no chão pelos marines, que
amarraram seus braços nas costas, mas não sabiam o que fazer
depois.
Na mesma rua, um tumulto se formou quando um bolsa de
dinheiro foi encontrada jogada no chão.
Um policial iraquiano, armado apenas com um cassetete,
entrou em seu carro, batido e sem marcas da polícia, e começou a
perseguição, deixando para trás seus novos colegas americanos.
Cinco minutos depois, ele voltou, a passos largos, sem seu
cassetete e seu carro.
"É ótimo, simplesmente ótimo. Agora, eles têm um carro e eu
não tenho nem um veículo para levar essas pessoas para a
delegacia", disse o marine Shane Weeks, ao lado de seus
prisioneiros.
DIFICULDADE DE COMUNICAÇÃO
Não foi a primeira vez que o banco Rasheed foi saqueado, mas
desta vez os assaltantes conseguiram chegar ao subsolo e retirar
sacos e caixas recheados de dinares iraquianos. Moradores locais
avisaram uma patrulha próxima, o que levou a cenas caóticas.
As patrulhas conjuntas, com iraquianos e norte-americanos,
tinham o objetivo de levar segurança e estabilidade para a
capital, além de confiança, entre as forças de ocupação e os
moradores de Bagdá. A barreira da linguagem e os diferentes
esquemas de trabalho, no entanto, parecem estar causando
problemas.
"Não podemos entender a língua, então fica difícil para nos
comunicarmos com a polícia ou o povo iraquiano", disse Weeks.
"Não tenho idéia do que está acontecendo aqui."
Um carro de bombeiros saiu para conter um incêndio e
motoristas que passavam ofereciam conselhos das janelas de seus
carros sobre como lidar com os saqueadores.
"Atirem neles", gritou um. "Desculpe, senhor, não temos
autorização para fazer isso", respondeu o desnorteado marine.
O policial iraquiano falou para um outro marine atirar para
o alto com um rifle M-16 a fim de dispersar uma multidão. O
marine ergueu sua arma, mas depois pensou melhor.
Desde que as forças norte-americanas entraram em Bagdá, na
semana passada, milhões de cédulas iraquianas e norte-americanas
foram roubadas de bancos sem segurança, enquanto lojas,
escritórios e prédios públicos foram saqueados.
Weeks afirmou que a polícia iraquiana enfrenta um difícil
trabalho.
"Eles são muito impetuosos para fazer o trabalho, mas é
difícil, porque não podemos simplesmente conversar uns com os
outros", disse o marine. "E eles têm uma maneira diferente de
cumprir a justiça. Eles querem que atiremos em todo mundo."
((Por Rosalind Russell; Redação de Bagdá +882 165 110
5732, Edição em português 55 11 5644-7759))
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