Cadilhe vs Manuela - Não deviam fazer equipa?
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A questão não é a recuperação económica do país.
A grande questão do momento é actuar para não o deixar afundar. A diferença é grande.
Mas, com uma super-ministra destas, estamos bem lixados...
Repare-se na resposta dada quanto às reformas estruturais:
"Sobre a necessidade de reformas estruturais, Ferreira Leite sublinhou que estas «estão em curso» referindo-se ao novo Código do Trabalho, Lei de Bases da Segurança Social e o movimento de privatização dos hospitais, através de parcerias público-privadas. "
Dá pra rir (infelizmente)!!!
A grande questão do momento é actuar para não o deixar afundar. A diferença é grande.
Mas, com uma super-ministra destas, estamos bem lixados...
Repare-se na resposta dada quanto às reformas estruturais:
"Sobre a necessidade de reformas estruturais, Ferreira Leite sublinhou que estas «estão em curso» referindo-se ao novo Código do Trabalho, Lei de Bases da Segurança Social e o movimento de privatização dos hospitais, através de parcerias público-privadas. "
Dá pra rir (infelizmente)!!!
Henrique - Na anterior encarnação, Touro Sentado
Parece-me correcto...
Ambos os intervenientes estão correctos nas soluções que defendem, a divergência prende-se com o timing correcto para aplicar as soluções.
Atente-se que as soluções apresentadas pelo Miguel Cadilhe são soluções porpostas por este governo, logo defendida tambem pela propria ministra Ferreira Leite.
Entendo que face ao momento dificil pelo qual passa a nossa economia e as externas que ainda não demonstraram qual inversão nem tanto quanto qualquer recuperação, o timing ainda não será o ideal para avançar com essas medidas.
Entende-se bem a necessidade dessas medidas, mas se corremos grandes riscos de a situação económica mundial se agravar, da qual Portugal depende imenso e sem recuperação das economias externas Portugal não tem meios de sair da situação actual, para que estar nesta altura gastar os nossos "cartuchos"?!?
Se a economia mundial entrar em recessão, toda e qualquer medida por parte da nossas entidades governamentais, por melhor e correctas que sejam não vão adiantar nada em termos de resultados, pior hipotecamos essas medidas (cartuchos) quando de facto existirem condições para uma recuperação económica sustentanda.
Atente-se que as soluções apresentadas pelo Miguel Cadilhe são soluções porpostas por este governo, logo defendida tambem pela propria ministra Ferreira Leite.
Entendo que face ao momento dificil pelo qual passa a nossa economia e as externas que ainda não demonstraram qual inversão nem tanto quanto qualquer recuperação, o timing ainda não será o ideal para avançar com essas medidas.
Entende-se bem a necessidade dessas medidas, mas se corremos grandes riscos de a situação económica mundial se agravar, da qual Portugal depende imenso e sem recuperação das economias externas Portugal não tem meios de sair da situação actual, para que estar nesta altura gastar os nossos "cartuchos"?!?
Se a economia mundial entrar em recessão, toda e qualquer medida por parte da nossas entidades governamentais, por melhor e correctas que sejam não vão adiantar nada em termos de resultados, pior hipotecamos essas medidas (cartuchos) quando de facto existirem condições para uma recuperação económica sustentanda.
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Cadilhe vs Manuela - Não deviam fazer equipa?
Miguel Cadilhe diz:
O presidente da Agência Portuguesa de Investimento (API), Miguel Cadilhe, defende um aumento das despesas de investimento para combater uma economia que se encontra em recessão.«Não me aflige o défice», o que me «aflige é que a recessão se agrave», afirmou.
O responsável, que discursava na VIII Conferência Anual do «Diário Económico» sobre as «Estratégias para Relançar a Economia Portuguesa», defendeu que «relançar a economia portuguesa começa a ser um imperativo», mesmo que em detrimento do cumprimento de um défice orçamental de 2,4% do PIB para este ano, uma meta que a própria ministra das Finanças já admitiu ser difícil de alcançar.
O PIB nacional caiu 0,7% no segundo semestre do ano passado, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.
«A economia (nacional) chegou a um ponto que requer o reforço dos estabilizadores automáticos e uma política moderadamente activa também para não passarmos do oito ao oitenta», defendeu Cadilhe.
O ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva definiu «quatro vias fundamentais» de política orçamental que «contribuam para a modernização e para a retoma da confiança».
A primeira passa pela manutenção corrente das infra-estruturas porque esta «é uma frente apreciável e é urgente fazê-la agora que estamos em recessão». Só desta forma se podem evitar casos como a queda da ponte de Entre-os-Rios para que «não se repitam nunca mais».
«O facto de ter descurado as despesas correntes de manutenção obriga a que as mesmas sejam incluídas numa rubrica de despesas de investimento», explicou Cadilhe.
A segunda medida inclui a realização das chamadas «reformas estruturais», apesar de «numa primeira fase, requerem mais despesa pública e só numa segunda fase se aumenta a eficiência. E é em (tempos de) recessão que as temos que fazer», argumentou.
A implementação imediata do choque fiscal é a terceira medida reclamada por Cadilhe. «Baixar o IRC é a melhor medida de política fiscal para a modernização do país», e tem de ser «para já». «Tenho pena que a primeira fase da medida esteja prevista só para 2004», lamentou.
A regularização dos pagamentos atrasados da administração e instituições públicas constitui a quarta via.
«Não é só cumprir o lema que o Estado é uma pessoa de bem; é altura de exigir que o Estado contribua para uma política de estabilização do país», afirmou Cadilhe.
«Não vale a pena estar a desorçamentar despesas com o adiar de pagamentos», até porque «o rigor financeiro é compaginável quer com o superávite quer com o défice público».
O ex-administrador do Banco Comercial Português (BCP) citou um inquérito da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã realizado junto dos seus associados para ilustrar algumas falhas no funcionamento da administração pública que prejudicam a economia nacional.
Segundo o estudo, realizado em conjunto pela API, as respostas revelam que o tempo é considerado o factor mais desproporcionado na relação entre os investidores e a administração pública e local.
O segundo factor mais citado «é a papelada», enquanto os custos das relações entre empresas e Estado surgem em terceiro lugar.
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Manuela Ferreira Leite responde:
As dificuldades da economia portuguesa têm a ver com os «desequilíbrios orçamental e externo e estes não se corrigem com o investimento público», afirmou a ministra das Finanças Ferreira Leite, em claro desacordo com Miguel Cadilhe, presidente da API.
«Nestas circunstâncias, o aumento do investimento público serve para agravar a situação e não para a melhorar», afirmou a ministra, citando Miguel Beleza, ao afirmar que tal medida seria «curar uma ressaca bebendo mais».
Finalmente, «não há relançamento da economia se não houver equilíbrio orçamental e externo», argumentou Ferreira Leite.
Sobre a necessidade de reformas estruturais, Ferreira Leite sublinhou que estas «estão em curso» referindo-se ao novo Código do Trabalho, Lei de Bases da Segurança Social e o movimento de privatização dos hospitais, através de parcerias público-privadas.
Em discordância directa com Miguel Cadilhe, Ferreira Leite afirmou que, «por enquanto, ainda não vi aspectos que conduzissem a aumento de despesa». «O que se perspectiva é, exactamente, uma redução da despesas».
Confrontada com a ideia de avançar com um choque fiscal de imediato proposta por Miguel Cadilhe, Ferreira Leite, afirmou que Cadilhe «está no seu direito».
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Vejam bem a quem estamos entregues !!!
Temos uma técnica de contas a tratar do país!!!
Será que ela não queria dizer que "As dificuldades das finanças públicas portuguesas têm a ver com os desequilíbrios da economia"?
Economia? Mas... sabe lá ela o que isso é!!!
O presidente da Agência Portuguesa de Investimento (API), Miguel Cadilhe, defende um aumento das despesas de investimento para combater uma economia que se encontra em recessão.«Não me aflige o défice», o que me «aflige é que a recessão se agrave», afirmou.
O responsável, que discursava na VIII Conferência Anual do «Diário Económico» sobre as «Estratégias para Relançar a Economia Portuguesa», defendeu que «relançar a economia portuguesa começa a ser um imperativo», mesmo que em detrimento do cumprimento de um défice orçamental de 2,4% do PIB para este ano, uma meta que a própria ministra das Finanças já admitiu ser difícil de alcançar.
O PIB nacional caiu 0,7% no segundo semestre do ano passado, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.
«A economia (nacional) chegou a um ponto que requer o reforço dos estabilizadores automáticos e uma política moderadamente activa também para não passarmos do oito ao oitenta», defendeu Cadilhe.
O ex-ministro das Finanças de Cavaco Silva definiu «quatro vias fundamentais» de política orçamental que «contribuam para a modernização e para a retoma da confiança».
A primeira passa pela manutenção corrente das infra-estruturas porque esta «é uma frente apreciável e é urgente fazê-la agora que estamos em recessão». Só desta forma se podem evitar casos como a queda da ponte de Entre-os-Rios para que «não se repitam nunca mais».
«O facto de ter descurado as despesas correntes de manutenção obriga a que as mesmas sejam incluídas numa rubrica de despesas de investimento», explicou Cadilhe.
A segunda medida inclui a realização das chamadas «reformas estruturais», apesar de «numa primeira fase, requerem mais despesa pública e só numa segunda fase se aumenta a eficiência. E é em (tempos de) recessão que as temos que fazer», argumentou.
A implementação imediata do choque fiscal é a terceira medida reclamada por Cadilhe. «Baixar o IRC é a melhor medida de política fiscal para a modernização do país», e tem de ser «para já». «Tenho pena que a primeira fase da medida esteja prevista só para 2004», lamentou.
A regularização dos pagamentos atrasados da administração e instituições públicas constitui a quarta via.
«Não é só cumprir o lema que o Estado é uma pessoa de bem; é altura de exigir que o Estado contribua para uma política de estabilização do país», afirmou Cadilhe.
«Não vale a pena estar a desorçamentar despesas com o adiar de pagamentos», até porque «o rigor financeiro é compaginável quer com o superávite quer com o défice público».
O ex-administrador do Banco Comercial Português (BCP) citou um inquérito da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Alemã realizado junto dos seus associados para ilustrar algumas falhas no funcionamento da administração pública que prejudicam a economia nacional.
Segundo o estudo, realizado em conjunto pela API, as respostas revelam que o tempo é considerado o factor mais desproporcionado na relação entre os investidores e a administração pública e local.
O segundo factor mais citado «é a papelada», enquanto os custos das relações entre empresas e Estado surgem em terceiro lugar.
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Manuela Ferreira Leite responde:
As dificuldades da economia portuguesa têm a ver com os «desequilíbrios orçamental e externo e estes não se corrigem com o investimento público», afirmou a ministra das Finanças Ferreira Leite, em claro desacordo com Miguel Cadilhe, presidente da API.
«Nestas circunstâncias, o aumento do investimento público serve para agravar a situação e não para a melhorar», afirmou a ministra, citando Miguel Beleza, ao afirmar que tal medida seria «curar uma ressaca bebendo mais».
Finalmente, «não há relançamento da economia se não houver equilíbrio orçamental e externo», argumentou Ferreira Leite.
Sobre a necessidade de reformas estruturais, Ferreira Leite sublinhou que estas «estão em curso» referindo-se ao novo Código do Trabalho, Lei de Bases da Segurança Social e o movimento de privatização dos hospitais, através de parcerias público-privadas.
Em discordância directa com Miguel Cadilhe, Ferreira Leite afirmou que, «por enquanto, ainda não vi aspectos que conduzissem a aumento de despesa». «O que se perspectiva é, exactamente, uma redução da despesas».
Confrontada com a ideia de avançar com um choque fiscal de imediato proposta por Miguel Cadilhe, Ferreira Leite, afirmou que Cadilhe «está no seu direito».
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Vejam bem a quem estamos entregues !!!
Temos uma técnica de contas a tratar do país!!!
Será que ela não queria dizer que "As dificuldades das finanças públicas portuguesas têm a ver com os desequilíbrios da economia"?
Economia? Mas... sabe lá ela o que isso é!!!
Henrique - Na anterior encarnação, Touro Sentado
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