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Caldeirão da Bolsa

Morgan Stanley - Artigo muito interessante

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Morgan Stanley - Artigo muito interessante

por Bruno@CB » 14/11/2002 18:49

Recuperação dos mercados accionistas mundiais poderá ainda não ter terminado diz Morgan Stanley
O banco de investimento Morgan Stanley considera que a fase de recuperação dos mercados accionistas mundiais poderá ainda não ter terminado.

“A 10 de Outubro, os principais índices de acções internacionais atingiram finalmente (ou ficaram muito perto) das nossas áreas de atracção/suporte baixista da “visão global”. Desde então, a maioria dos mercados subiu até às áreas de resistência/atracção altistas a curto prazo importantes, tendo o S&P 500 conseguido quebrar brevemente a resistência mais próxima, indicando que a fase de recuperação dos mercados accionistas mundiais poderá ainda não ter terminado”, refere a instituição no seu relatório de estratégia de 11 de Novembro.

“Continuamos a considerar o S&P 500 como representante dos mercados accionistas internacionais. A 10 de Outubro, o S&P 500 atingiu a área de suporte/atracção baixista da visão global na região dos 760 pontos, ponto a partir do qual se registou uma pujança significativa”, sustenta.

No âmbito da principal tendência baixista (nos últimos 2,5 anos), estávamos conscientes de que a queda ordeira poderia dar lugar a um período de desordem (capitulação). Não detectámos uma fase desordenada e pensamos que poderá ainda vir a acontecer. Pensamos que o nível dos 760 pontos é o “limite da ordem” e que os 675/666 são o “movimento mínimo no seio de uma fase desordenada”. Além disso, embora este mercado tenha atingido o objectivo baixista mínimo na tendência baixista principal, e tenha recuperado até quebrar brevemente a resistência a curto prazo nos 907 pontos, ainda não foi quebrada nenhuma barreira de visão global importante. Até termos confirmação de que este mercado está pronto para se deslocar para um modo verdadeiramente positivo (uma quebra convincente das barreiras de visão global mais próximas nos 1042/57, 1090/95), consideramos a actual pujança unicamente uma pausa temporária antes de uma nova queda (e fase de capitulação).

Situação a curto prazo

Em circunstâncias normais, esperaríamos uma recuperação a partir de uma área de suporte/atracção válida a ocorrer em, pelo menos duas fases.

No que toca à actual situação, isso significaria a fase 1: principalmente coberturas curtas perto dos 907 pontos, e fase 2: interesse comprador mais vasto (índice de referência) perto das áreas de atracção altistas da visão global nos 1020/30 pontos 2 1042/57.

Contudo, preocupanos se entrarmos numa “fase desordenada”, altura em que os preços poderão não subir tanto como previsto. O facto de o S&P 500 ter passado a resistência na região dos 907 pontos na passada semana indica que os investidores poderão, pelo menos, tentar empurrar os preços para além da resistência óbvia, próximo dos máximos de Agosto (955/65) até 1020/30, 1042/57, antes de permitir que a principal tendência baixista de reafirme.

Se essa pujança se materializar, esperaríamos uma pujança a curto prazo semelhante nos outros mercados accionistas mundiais.

Paradoxalmente, o que poderia parecer ser o cenário pior de um ponto de vista de curto prazo (o S&P 500 não regressa aos 907 pontos e não se valoriza e, em vez disso, recua para níveis inferiores a 812/07 pontos para a “fase desordenada” nos 675/666) pode vir a ser mais positivo de um ponto de vista de visão global. Agora que vemos que o “valor” está a ser construído acima do mercado pela primeira vez no mercado baixista de 2,5 anos, um eventual falhanço da recuperação representaria um afastamento do “valor”, proporcionando, assim, a possibilidade de uma pujança significativa no futuro a partir dos níveis inferiores (a seguir à fase desordenada).

Pelo contrário, a pujança a partir da área actual para áreas de atracção altistas poderá “captar capital” que poderia, depois, ser vulnerável à destruição, se o nosso argumento de visão global se mantiver (Dívida, Deflação, Destruição de Capital).
Bruno@CB
 

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