"EUA estão totalmente comprometidos com NATO e artigo 5.º", garante Rutte

[MozHawk]

Este é um papel verdadeiramente arrepiante. De mínimo histórico em mínimo histórico, ele vai caindo como quem não quer a coisa. O ciclo económico a fazer já algumas vítimas mais sensíveis às oscilações do consumo privado, em particular. O momento é mau, quer para as famílias, quer para as empresas, quer para o Estado.

A SVA foi fundada em 29.04.1994 e realizou uma OPV de 25% do seu capital. Em sessão especial de 13.07.1998, cujos resultados foram excepcionais já que a procura excedeu bastante a oferta em todos os segmentos, os 25% da empresa foram colocados a €12.97 com os particulares a ficarem com 33.33% e os institucionais com os demais 66.67%.

Ajustada com o stock-split de 2000, o preço da OPV da SAG foi de €2.59. O máximo histórico atingido foi de €3.20 a 03.02.1999. O mínimo foi ontem atingido ao cotar €1.26. O papel perdeu 60.63% do seu valor relativamente ao máximo histórico e 51.35% desde a OPV.

Pela primeira vez desde que foi admitida à cotação, o EPS da SVA deverá registar no exercício de 2002 a primeira variação negativa. Isto porque o ciclo económico é de desaceleração, vide contracção, espelhado já no EPS dos primeiros 9 meses do ano que registaram uma variação negativa de 14% face a período homólogo de 2001. Tendo em consideração o crescimento de 21% do EPS no Q4 face a Q3 nos últimos 2 anos, caso se mantenha o mesmo cenário, é possível que o EPS da SVA caia cerca de 20% em 2002 face a 2001. Tudo isto são meros cenários especulativos.

Uma coisa é certa. Não só os resultados de 2002 não serão os melhores como as perspectivas para 2003 são igualmente más. Os dados do sector em 2003 são péssimos na Europa e em Portugal o qual superou de longe os dados da UE. Penso que a cotação do papel poderá estar já a incorporar este cenário.

Note-se o PER anormalmente baixo, 5.45, comparando com PERs normais entre os 8 e 10. Das duas uma, ou o papel está barato ou então os resultados vão ser baixos com um Q4-2002 muito mau que levará o PER para níveis mais normais.

Em termos técnicos, a evolução do papel é impressionante. Apesar de sobrevendido, não pára de cair. Volta e meia lá consolida um bocadinho para retomar de seguida o rumo descendente. Alto risco face à ausência total de perspectivas de recuperação do sector e ausência de informação relativa ao último trimestre de 2002 para perceber qual o impacto da forte desaceleração da economia.

Os indicadores que sigo estão todos bearish com o RSI e o Estocástico em sobrevenda e sem sinais de inversão. O MACD retomou na última sessão a toada bearish.

Em mínimos históricos é difícil definir suportes. Contudo cá vão alguns psicológicos.

Suportes: 1.25, 1.20, 1.15
Resistências: 1.37 (coincide com a MME20), 1.44 (MME50), 1.47

Um abraço,

MozHawk