A Invasão do Iraque
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A Invasão do Iraque
Ao contrário do que é a corrente dominante do momento, penso que o eixo EUA-Reino Unido( o eixo do bem !) não invadirá o Iraque.
Primeiro, porque já toda a gente já percebeu que os americanos têm em mente estabelecer uma nova ordem na região. Nesse vasto plano, o Iraque seria o primeiro a ser “reformulado e ordenado”, seguindo-se depois o Irão, Arábia Saudita e Egipto. Embora, não necessariamente por esta ordem.
Ora, tal plano assusta as elites árabes destes países que vêem os seus interesses postos em causa e como tal tudo farão para contrariar as boas intenções americanas. Por outro lado, tal plano terá sempre a oposição da opinião pública árabe consciente que “ a mãe de todos os males” está em Israel. È importante salientar como os árabes se identificam com Sadam. Em suma, nunca ninguém gostou de ver a sua casa arrumada por terceiros.
Em segundo lugar não se espera nada de especial da inspecção de peritos das Nações Unidas ao Iraque. Até ao momento nada que possa incriminar os iraquianos foi encontrado. Se o relatório dos peritos nada tiver a apontar ao regime iraquiano, avançarão os americanos para a invasão ? Creio que não. Tal acto decorreria à revelia do Conselho de Segurança das NU, das normas que têm regido as relações internacionais dos últimos anos e seria muito difícil de justificar perante a opinião pública. Veja-se a reacção franco-alemã( o eixo da terceira via !).
Um terceiro aspecto prende-se com a Venezuela, no limiar de uma guerra civil e que se a memória não me deixa ficar mal, é o terceiro fornecedor de petróleo dos EUA. Uma invasão do Iraque causará sempre uma descontrolo nos fornecimentos de crude provenientes do médio-oriente, que associados a um agravamento da crise venezuelana colocariam a economia mundial numa situação difícil. Antes de avançarem para a resolução da questão iraquiana os EU terão de resolver, pelo menos parcialmente, a questão venezuelana que, não parece ser de resolução simples e rápida.
Contudo, não tenho dúvidas que a pressão sobre o regime de Sadam será intensa nas próximas semanas e que se fará sentir de diversas formas, concentração de forças militares na vizinhança do Iraque, movimentações diplomáticas, promoção da inexistente oposição ao regime de Sadam e ofertas de exílios dourados, fazendo com que a incerteza e o espectro da guerra continuem a pairar sobre os mercados.
De tudo o que apontei e em jeito de conclusão teremos nas próximas semanas o mundo e consequentemente os mercados de olhos em três personagens: G. Bush, S. Hussain e H. Chavez. O petro-trio.
Especulação pura ?
Primeiro, porque já toda a gente já percebeu que os americanos têm em mente estabelecer uma nova ordem na região. Nesse vasto plano, o Iraque seria o primeiro a ser “reformulado e ordenado”, seguindo-se depois o Irão, Arábia Saudita e Egipto. Embora, não necessariamente por esta ordem.
Ora, tal plano assusta as elites árabes destes países que vêem os seus interesses postos em causa e como tal tudo farão para contrariar as boas intenções americanas. Por outro lado, tal plano terá sempre a oposição da opinião pública árabe consciente que “ a mãe de todos os males” está em Israel. È importante salientar como os árabes se identificam com Sadam. Em suma, nunca ninguém gostou de ver a sua casa arrumada por terceiros.
Em segundo lugar não se espera nada de especial da inspecção de peritos das Nações Unidas ao Iraque. Até ao momento nada que possa incriminar os iraquianos foi encontrado. Se o relatório dos peritos nada tiver a apontar ao regime iraquiano, avançarão os americanos para a invasão ? Creio que não. Tal acto decorreria à revelia do Conselho de Segurança das NU, das normas que têm regido as relações internacionais dos últimos anos e seria muito difícil de justificar perante a opinião pública. Veja-se a reacção franco-alemã( o eixo da terceira via !).
Um terceiro aspecto prende-se com a Venezuela, no limiar de uma guerra civil e que se a memória não me deixa ficar mal, é o terceiro fornecedor de petróleo dos EUA. Uma invasão do Iraque causará sempre uma descontrolo nos fornecimentos de crude provenientes do médio-oriente, que associados a um agravamento da crise venezuelana colocariam a economia mundial numa situação difícil. Antes de avançarem para a resolução da questão iraquiana os EU terão de resolver, pelo menos parcialmente, a questão venezuelana que, não parece ser de resolução simples e rápida.
Contudo, não tenho dúvidas que a pressão sobre o regime de Sadam será intensa nas próximas semanas e que se fará sentir de diversas formas, concentração de forças militares na vizinhança do Iraque, movimentações diplomáticas, promoção da inexistente oposição ao regime de Sadam e ofertas de exílios dourados, fazendo com que a incerteza e o espectro da guerra continuem a pairar sobre os mercados.
De tudo o que apontei e em jeito de conclusão teremos nas próximas semanas o mundo e consequentemente os mercados de olhos em três personagens: G. Bush, S. Hussain e H. Chavez. O petro-trio.
Especulação pura ?
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- Registado: 26/1/2003 2:12
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