AmLat - Resumo da semana
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AmLat - Resumo da semana
Olá, tudo bem? Vamos fechar mais uma semana de pessimismo, sem grandes novidades. O mote para as quedas havia já sido dado na semana passada e contra factos não há argumentos. Quente, só a confrontação de ideias entre Fóruns Mundiais: o Económico de Davos e o Social de Porto Alegre. Novidades, ninguém espera muitas. Interessante, será a presença em ambos do presidente brasileiro, Lula da Silva, virtual mensageiro dos males que afectam o Sul. O Norte, sem saber como combater a crise económica também não pode mais ignorar os deserdados que clamam por justiça social. Mário Soares é a mais mediática presença portuguesa no Brasil para reafirmar que estamos na presença de uma grande crise do capitalismo liberal. A América Latina quer mais justiça social e oportunidades, nomeadamente no comércio internacional. Mas os problemas internos do continente parecem inesgotáveis.
A Venezuela voltou a ser a vedeta da semana, culminando com uma manifestação contra os que são contra o governo do presidente Chávez. Aos poucos, o regime vai endurecendo e os grevistas são agora mais e mais ameaçados pelas forças de segurança, bem controladas pelo governo. Enquanto as partes se confrontam nas ruas, o país cai. O PIB poderá cair até 25% nos primeiros meses do ano, devido à greve do sector petrolífero, o yield das Obrigações do Tesouro 2027 atinge agora mais de 16% ao ano e a óbvia fuga de capitais obrigou o Governo a suspender as operações cambiais quando a moeda local já atingia uma queda superior a 15% face ao dólar, só durante o mês de Janeiro. Na próxima semana, não haverá portanto mercado cambial. Vamos ver se vai reabrir rapidamente e o que vai suceder. O dólar já caminhava para os 1.930 bolívares quando a medida foi anunciada. Apesar da agitação social, o presidente Chávez vai a Porto Alegre...
A Argentina continua à espera das eleições de Abril. A espera é penosa, dura, porque exceptuando o apoio simbólico do FMI, não há nenhuma perspectiva de melhoria no curto prazo. É um país ainda paralisado pelo desânimo, onde o empobrecimento geral é a regra.
E o Brasil, animado pelo Fórum Social e pelos seus convidados, até vai perspectivando melhores dias, mas a esperada guerra contra Iraque (ou será guerra pelo petróleo barato?) está a influenciar negativamente os mercados financeiros. Curiosamente, a subida das taxas de juro do Banco Central de 25 para 25,5% até agradou ao mercado, apesar de ser o triplo da que se verifica, por exemplo, no México, porque é a prova de que o governo Lula não quer a inflação de volta. E os números de Janeiro não mentem. Os índices que medem os preços ao consumidor já mostram uma retracção da inflação. Por outro lado, o Governo reviu em alta a previsão do saldo do investimento directo estrangeiro para 2003 (de 12 para 16 mil milhões de dólares) e também da balança comercial (poderá chegar a 14 ou 15 mil milhões de dólares). Além disso, muitas empresas brasileiras conseguiram crédito no exterior, o que não se vinha a suceder ultimamente. De concreto, ainda a determinação do Ministério da Fazenda: o superavit primário das contas públicas é para cumprir, doa a quem doer. Mas, com tanto optimismo e factos concretos mais favoráveis, porque é que o Real entrou novamente em descalabro? São os insondáveis mistérios do mercado ou o espectro das bombas no Golfo Pérsico...
Foi, de facto, o Iraque que levou às fortes quedas da Bolsa e da moeda, a exemplo do que sucedeu em Outubro, mas desta vez seguindo Wall Street na sua caminhada “bear”. Os touros definitivamente não gostam de esperar por guerras, preferem aparecer logo que elas se desencadeiam...
A semana foi muito má e só hoje a Bovespa cai mais de 3%, o Real 2,7% face ao dólar e 3,6% face ao Euro. A moeda Americana chegou a comprar 3,64 reais e só recuou ligeiramente. O Euro fechou aqui a 3,93 reais, o que é o recorde histórico face ao Real como prevíamos hoje de manhã. Carnaval baratinho é em Recife ou na Bahia...
Ficam os câmbios médios indicativos do Real – hoje, sexta-feira e do BOVESPA (números provis.)
IBOVESPA – 10.790 pts – o índice perdeu 7,5% na semana
US$ 1 = R$ 3,63 – o dólar subiu 7,4% na semana
€ 1 = R$ 3,93 – o Euro subiu 9,3% na semana (recorde histórico)
Obs.) Para quem está a chegar ao Brasil, de férias ou negócios, o câmbio turismo aponta para um valor de R$ 3,78 aprox.
A Venezuela voltou a ser a vedeta da semana, culminando com uma manifestação contra os que são contra o governo do presidente Chávez. Aos poucos, o regime vai endurecendo e os grevistas são agora mais e mais ameaçados pelas forças de segurança, bem controladas pelo governo. Enquanto as partes se confrontam nas ruas, o país cai. O PIB poderá cair até 25% nos primeiros meses do ano, devido à greve do sector petrolífero, o yield das Obrigações do Tesouro 2027 atinge agora mais de 16% ao ano e a óbvia fuga de capitais obrigou o Governo a suspender as operações cambiais quando a moeda local já atingia uma queda superior a 15% face ao dólar, só durante o mês de Janeiro. Na próxima semana, não haverá portanto mercado cambial. Vamos ver se vai reabrir rapidamente e o que vai suceder. O dólar já caminhava para os 1.930 bolívares quando a medida foi anunciada. Apesar da agitação social, o presidente Chávez vai a Porto Alegre...
A Argentina continua à espera das eleições de Abril. A espera é penosa, dura, porque exceptuando o apoio simbólico do FMI, não há nenhuma perspectiva de melhoria no curto prazo. É um país ainda paralisado pelo desânimo, onde o empobrecimento geral é a regra.
E o Brasil, animado pelo Fórum Social e pelos seus convidados, até vai perspectivando melhores dias, mas a esperada guerra contra Iraque (ou será guerra pelo petróleo barato?) está a influenciar negativamente os mercados financeiros. Curiosamente, a subida das taxas de juro do Banco Central de 25 para 25,5% até agradou ao mercado, apesar de ser o triplo da que se verifica, por exemplo, no México, porque é a prova de que o governo Lula não quer a inflação de volta. E os números de Janeiro não mentem. Os índices que medem os preços ao consumidor já mostram uma retracção da inflação. Por outro lado, o Governo reviu em alta a previsão do saldo do investimento directo estrangeiro para 2003 (de 12 para 16 mil milhões de dólares) e também da balança comercial (poderá chegar a 14 ou 15 mil milhões de dólares). Além disso, muitas empresas brasileiras conseguiram crédito no exterior, o que não se vinha a suceder ultimamente. De concreto, ainda a determinação do Ministério da Fazenda: o superavit primário das contas públicas é para cumprir, doa a quem doer. Mas, com tanto optimismo e factos concretos mais favoráveis, porque é que o Real entrou novamente em descalabro? São os insondáveis mistérios do mercado ou o espectro das bombas no Golfo Pérsico...
Foi, de facto, o Iraque que levou às fortes quedas da Bolsa e da moeda, a exemplo do que sucedeu em Outubro, mas desta vez seguindo Wall Street na sua caminhada “bear”. Os touros definitivamente não gostam de esperar por guerras, preferem aparecer logo que elas se desencadeiam...
A semana foi muito má e só hoje a Bovespa cai mais de 3%, o Real 2,7% face ao dólar e 3,6% face ao Euro. A moeda Americana chegou a comprar 3,64 reais e só recuou ligeiramente. O Euro fechou aqui a 3,93 reais, o que é o recorde histórico face ao Real como prevíamos hoje de manhã. Carnaval baratinho é em Recife ou na Bahia...
Ficam os câmbios médios indicativos do Real – hoje, sexta-feira e do BOVESPA (números provis.)
IBOVESPA – 10.790 pts – o índice perdeu 7,5% na semana
US$ 1 = R$ 3,63 – o dólar subiu 7,4% na semana
€ 1 = R$ 3,93 – o Euro subiu 9,3% na semana (recorde histórico)
Obs.) Para quem está a chegar ao Brasil, de férias ou negócios, o câmbio turismo aponta para um valor de R$ 3,78 aprox.
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