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Reestruturação do sector energético
Barreto critica estratégia do Governo de Durão

Luís Miguel Viana e António José Gouveia


“Quando fui a Bruxelas no dia 5 de Setembro fiquei surpreendido por nunca ninguém lá ter ido explicar a venda do gás à EDP”, diz o ministro.

O ministro das Actividades Económicas e do Trabalho, Álvaro Barreto (na foto), lança fortes críticas ao modo como o seu antecessor, Carlos Tavares, geriu o processo da reestruturação do sector energético português, designadamente a falta de contactos com a Comissão Europeia para lhe explicar a estratégia que estava por detrás das decisões nesta matéria. Em entrevista ao Diário Económico, o ministro diz ter sido ele o primeiro responsável do Governo a promover um encontro com o comissário europeu da Concorrência, Mario Monti, sobre esta questão e afirma estar optimista sobre a resolução desta questão já no final do corrente mês. Álvaro Barreto adianta que as reservas de gás e o terminal de Sines serão geridas pela REN, e não pela EDP, destacando que todo o processo de contactos com Bruxelas conta com a “íntima colaboração” da eléctrica nacional. O ministro das Actividades Económicas frisa ainda que vai aprovar alguns investimentos em Portugal, nomeadamente espanhóis, em matéria de gás natural.

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