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Caldeirão da Bolsa

Offtopic: Bush e o nuclear

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

A cereja sem bolo

por Visitante » 16/8/2004 14:32

A cereja sem bolo

16/08/2004 14:10

A cereja sem bolo
Sempre gostei de cerejas; é claramente, e de longe, o fruto que me dá mais prazer... é bonito, é doce e, tal como muitas coisas simples da vida, pode fazer uma pessoa feliz.

É por isto tudo que comparo as cerejas às acções de mecenato e voluntariado desenvolvidas, cada vez mais, pelas empresas: são fáceis de realizar, são bonitas e dão a quem as pratica um sentimento de dever cumprido, que se pode assemelhar à felicidade. Isto para além, é claro, de ajudarem quem precisa.

Mas, assim como as cerejas têm um tempo e se comem sem grande necessidade de reflexão, também aquelas acções são, regra geral, pontuais e não significam ter a empresa que as pratica decidido caminhar de forma sistemática naquele sentido, levando a cabo uma revolução de fundo, capaz de tornar uma empresa tradicional numa empresa do futuro. Isto é, uma empresa que assuma o papel de agente da mudança e do crescimento da sociedade em que se insere, uma empresa que tenha integrado nos seus padrões de gestão uma política verdadeiramente baseada nos três pilares do desenvolvimento sustentável: os proveitos, o planeta e as pessoas.

Olhando para a proliferação de acções de voluntariado e de mecenato com que me deparo todos os dias nos jornais, constato cada vez mais que, na grande maioria, são acções que não implicarão qualquer tipo de mudanças de fundo por parte das empresas, e que, em muitos casos, não são sequer começos de alguma coisa que valha a pena referir. É nesta altura que as cerejas me começam a parecer estranhas; como se estivessem, neste caso, penduradas em cima de um bolo inexistente, como se fossem algo cuja função é ornamental, mas à qual falta a base, o objecto do ornamento.

Estas cerejas trazem cada vez mais o sabor da areia atirada para os olhos, da esmola que, dada ao pobre, não muda em nada o sistema. Isto apesar de, naturalmente, dar algum conforto pontual.

Quando começarão as empresas, de uma forma geral, a amassar e a fazer o bolo para o qual já têm ornamento? A receita é simples e os ingredientes estão, normalmente na própria empresa, que pode começar por analisar, de forma sistemática, o objecto da sua produção ou do seu negócio e diagnosticar os efeitos colaterais que a actividade desenvolvida tem na sociedade, no mundo, nas pessoas que a rodeiam. Poderá a seguir ver de que forma estes impactes, caso sejam negativos, podem ser minorados ou eliminados.

Depois, pode olhar para todos os que a fazem existir, para os colaboradores, para os accionistas, para os fornecedores e para os clientes, e pensar no tipo de relação que estabelece com cada um deles, interrogando-se sobre se lhes conhece a opinião, as aspirações, sobre as chances que tem de lhes dar resposta.

Pode depois comunicar, para mostrar que o bolo está a ser feito e para que todos os interessados possam ter uma visão clara do processo, e possam, eventualmente, dar a sua opinião... e tem sempre de continuar a caminhar, a fabricar novos bolos, com cada novo ingrediente, que, uma vez adoptada esta forma atenta de estar, não lhe passará despercebido.

É um processo complicado, mas é um processo a que não há forma de fugir, é um investimento que a empresa tem de fazer: os benefícios ambientais são evidentes conhecidos de todos e valorizados por todos. Os outros, os que têm a ver com as pessoas e com os padrões de funcionamento e de relacionamento da própria empresa com os respectivos públicos, também estão mais que documentados: cada vez mais, os consumidores preferem as empresas que partilham os seus valores (um benefício de imagem) e as empresas mais atentas ao mundo que as rodeia são as que estão mais preparadas para fazer face às mudanças e aos imprevistos â¿¿ um benefício para os accionistas.

No meio de tudo isto, claro que há espaço para acções de caridA cereja sem bolo

16/08/2004 14:10

A cereja sem bolo
Sempre gostei de cerejas; é claramente, e de longe, o fruto que me dá mais prazer... é bonito, é doce e, tal como muitas coisas simples da vida, pode fazer uma pessoa feliz.

É por isto tudo que comparo as cerejas às acções de mecenato e voluntariado desenvolvidas, cada vez mais, pelas empresas: são fáceis de realizar, são bonitas e dão a quem as pratica um sentimento de dever cumprido, que se pode assemelhar à felicidade. Isto para além, é claro, de ajudarem quem precisa.

Mas, assim como as cerejas têm um tempo e se comem sem grande necessidade de reflexão, também aquelas acções são, regra geral, pontuais e não significam ter a empresa que as pratica decidido caminhar de forma sistemática naquele sentido, levando a cabo uma revolução de fundo, capaz de tornar uma empresa tradicional numa empresa do futuro. Isto é, uma empresa que assuma o papel de agente da mudança e do crescimento da sociedade em que se insere, uma empresa que tenha integrado nos seus padrões de gestão uma política verdadeiramente baseada nos três pilares do desenvolvimento sustentável: os proveitos, o planeta e as pessoas.

Olhando para a proliferação de acções de voluntariado e de mecenato com que me deparo todos os dias nos jornais, constato cada vez mais que, na grande maioria, são acções que não implicarão qualquer tipo de mudanças de fundo por parte das empresas, e que, em muitos casos, não são sequer começos de alguma coisa que valha a pena referir. É nesta altura que as cerejas me começam a parecer estranhas; como se estivessem, neste caso, penduradas em cima de um bolo inexistente, como se fossem algo cuja função é ornamental, mas à qual falta a base, o objecto do ornamento.

Estas cerejas trazem cada vez mais o sabor da areia atirada para os olhos, da esmola que, dada ao pobre, não muda em nada o sistema. Isto apesar de, naturalmente, dar algum conforto pontual.

Quando começarão as empresas, de uma forma geral, a amassar e a fazer o bolo para o qual já têm ornamento? A receita é simples e os ingredientes estão, normalmente na própria empresa, que pode começar por analisar, de forma sistemática, o objecto da sua produção ou do seu negócio e diagnosticar os efeitos colaterais que a actividade desenvolvida tem na sociedade, no mundo, nas pessoas que a rodeiam. Poderá a seguir ver de que forma estes impactes, caso sejam negativos, podem ser minorados ou eliminados.

Depois, pode olhar para todos os que a fazem existir, para os colaboradores, para os accionistas, para os fornecedores e para os clientes, e pensar no tipo de relação que estabelece com cada um deles, interrogando-se sobre se lhes conhece a opinião, as aspirações, sobre as chances que tem de lhes dar resposta.

Pode depois comunicar, para mostrar que o bolo está a ser feito e para que todos os interessados possam ter uma visão clara do processo, e possam, eventualmente, dar a sua opinião... e tem sempre de continuar a caminhar, a fabricar novos bolos, com cada novo ingrediente, que, uma vez adoptada esta forma atenta de estar, não lhe passará despercebido.

É um processo complicado, mas é um processo a que não há forma de fugir, é um investimento que a empresa tem de fazer: os benefícios ambientais são evidentes conhecidos de todos e valorizados por todos. Os outros, os que têm a ver com as pessoas e com os padrões de funcionamento e de relacionamento da própria empresa com os respectivos públicos, também estão mais que documentados: cada vez mais, os consumidores preferem as empresas que partilham os seus valores (um benefício de imagem) e as empresas mais atentas ao mundo que as rodeia são as que estão mais preparadas para fazer face às mudanças e aos imprevistos â¿¿ um benefício para os accionistas.

No meio de tudo isto, claro que há espaço para acções de caridade e de voluntariado; aliás, fazem mesmo parte do envolvimento com a comunidade, mas deixemos as cerejas para o tempo das cerejas.

...

ade e de voluntariado; aliás, fazem mesmo parte do envolvimento com a comunidade, mas deixemos as cerejas para o tempo das cerejas.

...
Visitante
 

por Visitante » 16/8/2004 14:25

alegre suicídio da justiça

16/08/2004 14:11

O alegre suicídio da justiça
A começar pela PGR, cada vez mais uma referência da justiça feita de gelatina. Deixou-se mesmo de discutir quem são os culpados do «caso Casa Pia». Agora discute-se quem disse o quê. As vítimas e os eventuais culpados foram varridos do palco e substituídos pelo sistema judicial e pela comunicação social. A notícia passou a ser quem fala e não quem fez algo que deve ser condenado pela sociedade. É o triunfo final dos prevaricadores sobre as vítimas. Já não há vítimas, parece querer dizer quem dirige esta triste comédia: somos todos culpados.

E assim se caminha para o esquecimento. O sistema judicial português parece um frango a preparar-se para ser o actor de um belo churrasco: o seu. Para que isso seja possível aos olhos da sociedade está a perder o respeito com requintes de masoquismo. Depois da cúpula da PJ é a PGR que ruma alegremente para o suicídio. Será que ainda há Estado de Direito em Portugal?
Visitante
 

por Visitante » 16/8/2004 14:23

Há um ano...

16/08/2004 14:11

Há um ano...
Agora, quando quisemos fazer o ponto de situação desse investimento, já não encontrámos a mesma disponibilidade da empresa.

Há um ano, o Tribunal de Contas alertava que as contas do Fundo Social Europeu relativas ao terceiro Quadro Comunitário de Apoio (QCA III 1994/1999) ainda estavam por fechar. Hoje sabemos que está quase... mas continuam por fechar.

São dois exemplos entre centenas, escolhidos ao acaso e não necessariamente graves. Mas revelam muito do país que ainda somos. Na administração pública, nas empresas mas também na comunicação social.

Todos os dias são dezenas as promessas oficiais e os projectos e investimentos públicos ou privados que são anunciados através das páginas dos jornais, este incluído.

São quase sempre óptimas intenções, cheias de vontade, de criatividade e de dinheiro para as financiar. O problema é que muitas delas não passam disso mesmo, de intenções.

Intenções que acabam por concretizar-se com uma dimensão bem inferior à que é anunciada. Ou então, e isso é pior, que nunca passam do papel do jornal.

Há nestes casos uma co-responsabilidade dos jornalistas, que, depois de serem usados como veículo de comunicação, raramente fazem o acompanhamento e escrutínio futuro.

E não se pense que são os políticos e responsáveis públicos os únicos que anunciam e prometem sem nunca concretizarem.

Também nas empresas essa é uma prática que vai alastrando. E se nestes casos não há eleitores a quem prestar contas, há leitores. Que, em muitos casos, também são pequenos accionistas ou trabalhadores.

É esse exercício de memória e de actualização das notícias de há um ano que o Jornal de Negócios se obriga a fazer semanalmente, às segundas-feiras, desde Maio. Primeiro na secção de «Empresas» e agora também na secção de «Economia».

Fazêmo-lo para «cobrar» o que é prometido e nunca realizado. Para contar o que correu bem e mal e porque correu bem ou mal. Ou simplesmente para anunciar que o problema e a polémica de há um ano deixaram de existir por boas razões.

Mas sobretudo como forma de prestar contas aos leitores sobre as nossas próprias notícias.

...
Visitante
 

por valves » 16/8/2004 10:27

bons dias ...


Este é um tema extremamente interessante até porque já movimentou muito mais debates apaixonados do que agora em pleno seculo XXI aqui vai a minha opinião :

Factos :


1 - É para mim evidente que a era nuclear ao dar o poder ao homem de destruir o seu habitat deu um contributo inestimavel para a generalização da PAZ no mundo. Alguem duvida hoje que se quer os EUA ou a Russia não tivessem armas nucleares teria havido um ajuste de contas na Guerra Fria ( eu não duvido nem um pouco ) vontade não lhes deve ter faltado quer a uma quer a outra parte e aquilo que evitou a guerra foi o facto de ambas as partes terem -se apercebido que em casod de guerra nuclear generalizada havia muito poucos de nós que sobreviveriam para contar a historia aos filhos ( se houvessem filhos ... )

2 Acham que os States acreditam mesmo que ficarão invulneraveis com o seu sistema Antimissil ... lembram -se na guerra do golfo em que os aliados andavam aos tiros aos pardais ... uns acertavam outros falhavam ... transpondo isto para um conflito nuclear imaginem andar ao tiro ao alvo a milhares de ogivas vindas por exemplo da Russia ou da china ... lembro -lhes que bastariam 1 missil balistico para arrasar uma cidade tipo Chicago e depois claro e depois ainda ficavam a faltar os Snipers ( franco atiradores ) da era moderna os tão importantes submarinos nucleares. A proposito voces acham mesmo que é por acaso que o potencial nuclear de Israel esteja baseado em submarinos nucleares que estão em sitio incerto ? Não meus amigos não é por acaso é para passar a mensagem aos seus amigos arabes que mesmo que invadissem Israel e o conseguissem não acabariam com a ameaça nunca ...

Opinião :

Eu se fosse os States estava era mais focado na guerra ao terrorismo ( já se percebeu que eles não gostam propriamente da palavra diplomacia) através
de um investimento macico nos sistemas de informação e ajudando economicamente os estados que potencialmente podem ser alberges de grupos terroristas ...


Um abraço

Vasco
Aqui no Caldeirão no Longo Prazo estamos todos ricos ... no longuissimo prazo os nossos filhos estarão ainda mais ricos ...
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por bravo » 16/8/2004 10:11

Vejam um site interessante que pode dar respostas ,ao futuro.É um site sem credibilidade, mas curioso . REVELATION13.NET
 
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por MozHawk » 16/8/2004 2:04

(caramba, resposta já feita e a porcaria do zzt deixou-me entalado...)

Caro mcarvalho,

Esta história do nuclear não me faz perder o sono. Mas não deixa de ser interessante a inversão de tendência de algumas potências relativamente ao que se apregoou durante muitos e bons anos na década de 90 do séc. XX, lol.

Aliás, a esta inversão está associada, por exemplo, a falta de vontade das autoridades russas em desmantelar as 40.000 toneladas de armas químicas que ainda têm assim como dos próprios EUA em se desfazerem das 23.000 toneladas ainda existentes (gás mostarda, gás dos nervos e sarin) por problemas orçamentais (dados de Abril 2004).

Já quanto ao podermos todos dormir descansados com as 4000+ ogivas nucleares catalogadas no arsenal russo, é uma perspectiva arnie. Nada nem ninguém nos garante que aos actores de hoje se seguirão actores de igual "gabarito", feliz ou infelizmente... E a história contemporânea do "nosso" tempo (meu e teu) é profícua em casos de "insanidade mental momentânea" de líderes, grupos e/ou povos da nossa civilizada Europa. A história da Rússia é igualmente rica quando se trata de insanidade mental e grandes soluções: desde o tempo dos czares, passando pela URSS à recém "democrática" Rossia...

Mas provavelmente, a tua resposta deverá ser contextualizada com os mercados. Estes preferirão a certeza de milhares de ogivas nucleares e centenas de milhar de toneladas de armas químicas e biológicas "controladas", embora sempre perigosas, à incerteza de um determinado tipo de armamento em mãos perigosas (ogivas desaparecidas? onde e quando?).

Contudo, não deveria passar despercebida a mais que provável inauguração do dispositivo de defesa norte-americano no Alaska e Califórnia. Estranho... Então os americanos temem os terroristas que não se sabe de onde poderão surgir, foram atacados na costa oriental e vão inaugurar instalações na costa ocidental? O que é que eles temem? Se a Rússia não é já um perigo que Sakhalin proclame a independência e ataque os EUA? Ou será o eterno perigo amarelo de Pyongyang e Pequim? Ou talvez um cargueiro cheio de terroristas partidos da Somália ou da costa paquistanesa rumo ao Pacífico de onde dispararão os seus mísseis - onde é que os arranjarão? - de tecnologia norte-coreana!? Isto porque os Katiusha são de curto alcance...

Por isso, não deixa de ser interessante observar quais são as questões de fundo do momento.

Um abraço,

MozHawk
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olá Mhawk!!

por mcarvalho » 15/8/2004 19:49

Então veio à metrópole para se preocupar com os arsenais???!!!!!!!
Goze o que a vida ainda tem de bom e não se preocupe
porque isso é fazer o jogo deles..
E, tanto faz morrer com o nuclear como com uma telha na cabeça, um enfarte, uma mordidela de cobra... o chato é não nascer!!!!
um abraço do amigo
mário

Ps felicidades para si
 
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por arnie » 15/8/2004 18:59

Vais-me desculpar Moz, mas com essas 4422 ogivas nucleares que os russos possuem posso eu bem :| . Essas estão "catalogadas", estão nos seus silos.

Eu preocupo-me é com as centenas, se não mesmo milhares de ogivas nucleares/uranio russas que desapareceram e ninguém sabe o que são feito delas. Essas sim, essas deveriam ser aquelas que todos nós nos deviamos preocupar.

As ogivas que os States e a Russia possuem, apesar de serem sempre algo ameaçador para o mundo, podemos dizer que mesmo assim, apesar de tudo, estão em mãos minimamente competentes :-k . ( Eu sei que estamos a falar do Bush, mas até aqui ele precisaria do apoio do congresso e duvido que este apoiasse o uso deste tipo de armas numa situa-se de terrorismo, pelo menos numa situação como a actual que apesar de tudo perigosa, não existe, ainda, uma escalada do extremismo entre diversos países capazes de lançar uma grande guerra)

No entanto, o mesmo não se pode dizer das que estão desaparecidas. Em que mãos estão elas??????


Apesar de os profetas da desgraça profetizarem um 3ª guerra mundial à anos, temos que ter consciencia que os tempos são outros, aprendeu-se muito, apesar de ser muito pouco visivel, com as experiencias anteriores e sinceramente não acredito que a comunidade internacional se deixe envolver numa grande guerra. A economia é hoje a area mais importante a nivel mundial e não há país que se queira ver com uma crise maior do que aquela que já existe. Os lideres mundias não estão numa situação de perderem as "mordomias" que uma expanção economica trás, estando neste momento em recessão ou não.

Infelizmente o mesmo não se pode dizer dos paises pobres, que nada têm a perder, falamos mais precisamente os paises do Islão e não só, que na sua maioria são paises pobres e onde o fanatismo religioso provoca o nascimento de uma "nova cultura", o terrorismo, em nome de um Islão deturpado por esse mesmo fanatismo.
É aqui que os paises ricos estão a cometer o seu maior erro. Estão a deixar estes paises a empobrecer cada vez mais, à mercê de oportunistas, de ditadores, povocando a irá da população e favorecendo o nascimento dessa "nova cultura".

É esta "nova cultura" que nós devemos nos preocupar, na sua capacidade de obter armas nucleares. Estes sim, são os inimigos a considerar.
Infelizmente, apesar de sermos em parte responsaveis pelo seu nascimento, pouco ou nada fazemos para tentar atenuar os perigos. Quando se intervem, já é tarde. Muitas vezes fica-se com a sensação de que afinal como era pior? Quando ditador estava em poder ou quando ele foi derrubado?



Um abraço
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Bons negocios,
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Nuclear

por Visitante » 15/8/2004 15:22

Essa do nuclear tb é boa para meter medo. Boa! Não me tinha lembrado.
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Offtopic: Bush e o nuclear

por MozHawk » 14/8/2004 13:04

Agora é que irei mesmo ver o Farenheit 9/11...

De volta à capital do Império, consegui por algumas leituras em dia. Uma das revistas que comprei tem alguns dados manifestamente interessantes e simultaneamente incomodativos. Trata-se da "Bulletin of the Atomic Scientists" de Julho/Agosto 2004.

Se tudo correr bem, Bush conseguirá mesmo a tempo das eleições demonstrar ao eleitorado norte-americano e ao mundo quão inexpugnável são os EUA. A evidência surgirá provavelmente no Alaska e Califórnia. Se este sistema for tão bom como os Patriot aquando da Guerra do Golfo, estão bem tramados...

Mas o que mais me chocou e chamou à atenção foram os dados referentes ao arsenal nuclear da Rússia. Safa!!! Senão vejamos:

923 mísseis com 4422 ogivas nucleares

Estima-se que no fim da guerra fria em 1991 a União Soviética pudesse ter qualquer coisa como 35000 ogivas nucleares e que durante os anos 90 tenha destruído a bom ritmo. De momento Vladimir Putin e os militares russos redobraram o seu interesse no arsenal nuclear devido, em parte, ao abandono do tratado Start II, a pré-anunciada instalação de mísseis de defesa no quadro da "Guerra das Estrelas" bushiana e o alargamento da OTAN a leste.

E andamos nós preocupados e a consumir no dia-a-dia a questão do Iraque e da Al-Qaeda...

Nunca mais me esqueço, quando era puto e tomei consciência do que era um míssil nuclear, do pavor que era ouvir falar em Pershing II e SS-20 de um e outro lado da cortina de ferro.

Um abraço,

MozHawk
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