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Caldeirão da Bolsa

SONAE

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

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por Visitante » 16/8/2004 14:29

Investir em histórias específicas

16/08/2004 14:10

Investir em histórias específicas
Muitos investidores podem preferir esperar alguma estabilização para voltar a investir. Mas para os que têm um perfil de risco mais elevado e queiram aproveitar as avaliações mais atractivas depois das quedas, o conselho é investir em histórias cujo comportamento seja específico da empresa em questão. Os resultados para o mercado português continuam a ser melhores que o esperado. O agregado do crescimento de resultados que esperamos é de 17% para 2004 e o P/E 2005 do mercado esperado é de 13,4x. A Espanha com um P/E de 12,4x, por exemplo, pode parecer mais barata depois das recentes quedas, mas o crescimento de resultados esperados é de apenas 10%. A avaliação da soma de todas as companhias aponta para uma sub-avaliação de cerca de 20%.

O mercado accionista português parece ter uma avaliação atractiva. Existe, no entanto, o risco de que continue a ser afectado pelo aumento da aversão ao risco, e aí, o mercado possa ainda cair mais. É arriscado tomar a perspectiva de que o mercado vá subir já só porque parece atractivo. É também arriscado continuar com uma postura demasiadamente pessimista - é nas alturas de maior risco que se conseguem por vezes melhores retornos. O que são, então, histórias específicas?

Por vezes existem empresas que, devido a algum evento corporativo ou uma melhoria significativa de perspectivas, conseguem subir num mercado a cair (tal como o contrário), porque são histórias independentes de mercado, mudanças importantes de expectativas que ainda não estão incorporadas nas cotações. Uma história assim pode ser a da Sonae SGPS. Existem duas razões pelas quais a história nos parece interessante:

1. Todas as subsidiárias estão a melhorar o desempenho operacional. Basta olhar para os resultados da SonaeCom e Indústria e é nossa expectativa que o resto não desaponte; é por vezes difícil que todas estejam em sintonia como agora; e

2. Com uma estrutura da «holding» simplificada, o desconto da soma de partes que tipicamente estas empresas multi-negócio acarreta poderia diminuir, implicando um ganho para além da melhoria operacional. Uma recapitalização da Sonae Indústria tornaria um «spinoff» desta divisão provável, o que, combinado com a venda dos 25% da Portucel à Semapa, tornaria a Sonae SGPS uma carteira de activos bastante menos diversificada, logo merecedora de um desconto substancialmente menor à sua soma de partes. É por isso, importante estar atento. Porque para ganhar é preciso arriscar e, nesta altura, o risco não parece ser muito alto.

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