Artigo-Pessimismo invest em Acções
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Caro Martins
A minha opinião é diferente, e tenho a certeza( se é que isso existe) que se houver um ataque nos USA do tipo do 11 Set2001 as bolsas cairão fortemente. Quanto cairam em Set2001? É verdade que depois subiram mas hoje a questão é diferente.
Se isso acontecesse,significaria que o terrorrismo estava mais vivo que nunca e o preço do petróleo dispararia porque está "indexado" aos Árabes. Acredito que caso acontecesse teriamos então o cenário da G.Saches com a retoma em 2012
Era bom que estivesse enganado
cpts
Se isso acontecesse,significaria que o terrorrismo estava mais vivo que nunca e o preço do petróleo dispararia porque está "indexado" aos Árabes. Acredito que caso acontecesse teriamos então o cenário da G.Saches com a retoma em 2012
Era bom que estivesse enganado
cpts
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Ramiro
Bem se todas as teorias sobre os acordos do Busch com os árabes se verificarem antes das eleições americanas na baixa do preço do petróleo, baixas significativas, todas as teorias destes bancos vão ser alteradas e a versão já sabemos qual vai ser: « dados os baixos preços do petróleo…lá,lá, larálá»
E lá vamos nós verificar índices a subir, o que significa que o petróleo é o factor a ter em conta.
R. Martins
E lá vamos nós verificar índices a subir, o que significa que o petróleo é o factor a ter em conta.
R. Martins
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Visitante
Ah, outra coisa que tem sido alvo de rumores:
Ao que pareçe, muitos Fundos norte-americanos terão tido este ano perdas muito fortes que as obrigam a vender para atender aos resgates de clientes insatisfeitos.
Fala-se até em hedge funds com perdas de até 30% do capital, nos mercados de acções, renda fixa e cambial.
É possível também que assistamos a uma venda de activos em vários mercados e a repatriações de capital, se tal for verdade.
Um abraço
dj
Ao que pareçe, muitos Fundos norte-americanos terão tido este ano perdas muito fortes que as obrigam a vender para atender aos resgates de clientes insatisfeitos.
Fala-se até em hedge funds com perdas de até 30% do capital, nos mercados de acções, renda fixa e cambial.
É possível também que assistamos a uma venda de activos em vários mercados e a repatriações de capital, se tal for verdade.
Um abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Ramiro Escreveu:Neste momento só tenho uma relutância em entrar a 100% nos mercados : é a devida ao terrorrismo.
Não fosse isso era agora que investia fortemente em vez dos 30% que tenho investidos
Caro Ramiro
Por absurdo que parece e relativo ao terrorismo é na minha opinião factor de subidas e não descidas.
Posterior a grandes atentados a Bolsa sobe...
R. Martins
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Visitante
"Goldman Sachs reduz nas acções"
De facto, há coisas que não se entendem.
Este artigo poderia ter sido escrito por um perma-bear como os dos sites prudentbear e assim, mas vindo de tão conceituada casa parece estranho, pois previsões com vista a 2012 soam a exagero.
Penso que é muito difícil analisar com vista a mais de 2 a 3 anos e...e...é muito !!
Em relação ao que se passa nos mercados, muitos de nós temos discutido o assunto aqui mesmo no Caldeirão.
Acredito que não era novidade esta queda a partir do momento em que o mercado teria de descontar nos preços alguns factores entretanto conhecidos. Crescimento dos lucros em topo, arrefecimento económico desde Maio, o qual se poderá prolongar pelo Verão fora, até ao começo do 4º trimestre, riscos acrescidos de ataques terroristas e um factor político sempre fortíssimo como as Presidenciais dos EUA.
Posto isto, nada de espantoso o que se passa agora. Veremos, pois, até onde o mercado vai. Mais à frente se verá se isto é algo mais do que essa correcção relacionada com o que disse acima, ou apenas mais um obstáculo no caminho pedregoso dos mercados.
Outra coisa que é prática dos elementos dessas Casas e que é o seguinte: correndo o risco de errar, como qualquer um de nós, o melhor é arriscar numa teoria que a mais ninguém lhe ocorreu. Assim, se estiver errada, fica no esquecimento, mas se estiver certa, o analista é elevado à categoria de guru. É isso !!
Um abraço
djovarius
De facto, há coisas que não se entendem.
Este artigo poderia ter sido escrito por um perma-bear como os dos sites prudentbear e assim, mas vindo de tão conceituada casa parece estranho, pois previsões com vista a 2012 soam a exagero.
Penso que é muito difícil analisar com vista a mais de 2 a 3 anos e...e...é muito !!
Em relação ao que se passa nos mercados, muitos de nós temos discutido o assunto aqui mesmo no Caldeirão.
Acredito que não era novidade esta queda a partir do momento em que o mercado teria de descontar nos preços alguns factores entretanto conhecidos. Crescimento dos lucros em topo, arrefecimento económico desde Maio, o qual se poderá prolongar pelo Verão fora, até ao começo do 4º trimestre, riscos acrescidos de ataques terroristas e um factor político sempre fortíssimo como as Presidenciais dos EUA.
Posto isto, nada de espantoso o que se passa agora. Veremos, pois, até onde o mercado vai. Mais à frente se verá se isto é algo mais do que essa correcção relacionada com o que disse acima, ou apenas mais um obstáculo no caminho pedregoso dos mercados.
Outra coisa que é prática dos elementos dessas Casas e que é o seguinte: correndo o risco de errar, como qualquer um de nós, o melhor é arriscar numa teoria que a mais ninguém lhe ocorreu. Assim, se estiver errada, fica no esquecimento, mas se estiver certa, o analista é elevado à categoria de guru. É isso !!
Um abraço
djovarius
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
«Os catalisadores para as acções esgotaram-se. O crescimento dos lucros atingiu o pico, nas taxas de juro iniciou-se um novo ciclo de subidas e as bolsas perderam o fôlego para novos ganhos. Para a Goldman Sachs está na altura de diminuir o peso das acções no portefólio.»
Compreendemos que esta rapaziada dos Bancos tem que dizer alguma coisa. Aliás muitos deles tem filhos em casa e estes comem todos os dias. Os serviços exigem gravatas e boa apresentação. O patrão paga e o serviço tem que aparecer, mas tanta falta de fantasia nas afirmações acima descritas, é demais…
Poverinos. Dá-me quase vontade de lhe perguntar: Então invisto no que?… Em depósitos a prazo?…
Saco de gatunos!!!
R. Martins
Compreendemos que esta rapaziada dos Bancos tem que dizer alguma coisa. Aliás muitos deles tem filhos em casa e estes comem todos os dias. Os serviços exigem gravatas e boa apresentação. O patrão paga e o serviço tem que aparecer, mas tanta falta de fantasia nas afirmações acima descritas, é demais…
Poverinos. Dá-me quase vontade de lhe perguntar: Então invisto no que?… Em depósitos a prazo?…
Saco de gatunos!!!
R. Martins
Quem não conhece o «CALDEIRÃO» não conhece este mundo
- Mensagens: 1611
- Registado: 5/11/2002 9:23
«Só assistiremos a um novo bull market provavelmente em 2012», afirmou no final de Junho.
São comentários destes, dos analistas da Goldman Sachs, que deitam por terra muito do que eles dizem..
Históricamente falando, as ditas cujas recomendações destes bancos têm estado constantemente erradas.. (algumas vezes acertam, mas também não é assim tão difícil acertar algumas..)
Agora dizer que só assistiremos a um novo bull market em 2012..
Isto é melhor que Tarologia!
Quem pensa que artigos destes afectam o mercado está a ser ingénuo.. talvez a curto prazo (algumas semanas) o mercado sinta a "pressão" destes artigos, mas passados uns meses... mas rapidamente se vão esquecer disto...
De facto cairam
Desde que estes artigos foram publicados os mercados já cairam e bem.Por aqui se vê o poder de influência que os grandes bancos têm nos mercados. A vida deles são os mercados,mexer no " soro" é a sua profissão.Daqui resultam logo uma série de interrogações......
Querem(?) desejam(?) que as bolsas se afundem para lhes estragar o negócio ou para lhes melhorar o negócio?
Para onde vai o dinheiro? Há um que diz que deve ir para os depósitos.....mas se for,alguém vai lucrar com ele,não o depositante.
Enfim, são opiniões, só que vindas de onde vêem provocam mossas grandes.É o poder do dinheiro a funcionar.
Nota-se uma grande azáfama nos USA para as bolsas caírem, quando os resultados das empresas,em geral, têm sido extraordinários.
É a preparação do final de Verão e Outono quentes?
Querem(?) desejam(?) que as bolsas se afundem para lhes estragar o negócio ou para lhes melhorar o negócio?
Para onde vai o dinheiro? Há um que diz que deve ir para os depósitos.....mas se for,alguém vai lucrar com ele,não o depositante.
Enfim, são opiniões, só que vindas de onde vêem provocam mossas grandes.É o poder do dinheiro a funcionar.
Nota-se uma grande azáfama nos USA para as bolsas caírem, quando os resultados das empresas,em geral, têm sido extraordinários.
É a preparação do final de Verão e Outono quentes?
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Ramiro
( cont... )
Chegou a hora de vender? (cont.)
20-07-2004, André Veríssimo e Mafalda Anjos
Crescimento dos resultados abranda
Entrados na época de resultados do segundo trimestre, os analistas vaticinam que o forte crescimento dos lucros registado até aqui está a chegar ao fim. Depois de aumentarem 36% no primeiro trimestre, os lucros das empresas cotadas americanas deverão subir 21% no segundo. A estimativa é da Thomson First Call, a empresa de referência na antevisão de resultados. Ainda assim, será o quarto trimestre consecutivo de crescimento acima dos 20%. Mas, diz a empresa, será o último. Nos próximos meses este ritmo vai abrandar.
O valor dos lucros em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) americano está ao nível mais elevado dos últimos 40 anos. No primeiro trimestre, os lucros correspondiam a 10,7% do PIB. Numa nota publicada esta semana, o banco de investimento americano JPMorgan afirma que aquele valor ¿está muito perto do pico, devendo descer a partir daí¿.
O abrandamento do ritmo de crescimento dos lucros é unânime. Abby Joseph Cohen, presidente do comité de investimento da Goldman Sachs, afirma numa nota citada pelo site da CNNMoney que espera «um abrandamento do crescimento dos lucros na segunda metade de 2004». E avança a explicação: «Valores homólogos muito altos, custos mais elevados com energia, salários e financiamento, e um menor benefício de um dólar fraco vão contribuir para a desaceleração».
Em 2005, este abrandamento será ainda mais pronunciado. É o que estima Patrick Mange, responsável pela estratégia de investimento do BNP Paribas Asset Management. Na sua nota mensal, que o caderno «Investir» publica esta semana, afirma que «após uma subida de 18,5% em 2004, os lucros das empresas do índice S&P 500 não deverão aumentar mais do que 9,4% em 2005». De acordo com a JPMorgan, nos próximos anos os lucros crescerão a um ritmo entre 5,5% e 6%, ligeiramente acima do PIB.
Na Zona Euro, o crescimento dos lucros será extraordinário, superando largamente os Estados Unidos. Note-se que a retoma no Velho Continente está atrasada em relação ao outro lado do Atlântico. A JPMorgan aponta para um aumento de 44% nos países da moeda única. Em 2005, o ritmo baixa para 9%. O consenso dos analistas aponta para um aumento de 30% em 2004 e de 15% no próximo ano.
20-07-2004, André Veríssimo e Mafalda Anjos
Crescimento dos resultados abranda
Entrados na época de resultados do segundo trimestre, os analistas vaticinam que o forte crescimento dos lucros registado até aqui está a chegar ao fim. Depois de aumentarem 36% no primeiro trimestre, os lucros das empresas cotadas americanas deverão subir 21% no segundo. A estimativa é da Thomson First Call, a empresa de referência na antevisão de resultados. Ainda assim, será o quarto trimestre consecutivo de crescimento acima dos 20%. Mas, diz a empresa, será o último. Nos próximos meses este ritmo vai abrandar.
O valor dos lucros em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB) americano está ao nível mais elevado dos últimos 40 anos. No primeiro trimestre, os lucros correspondiam a 10,7% do PIB. Numa nota publicada esta semana, o banco de investimento americano JPMorgan afirma que aquele valor ¿está muito perto do pico, devendo descer a partir daí¿.
O abrandamento do ritmo de crescimento dos lucros é unânime. Abby Joseph Cohen, presidente do comité de investimento da Goldman Sachs, afirma numa nota citada pelo site da CNNMoney que espera «um abrandamento do crescimento dos lucros na segunda metade de 2004». E avança a explicação: «Valores homólogos muito altos, custos mais elevados com energia, salários e financiamento, e um menor benefício de um dólar fraco vão contribuir para a desaceleração».
Em 2005, este abrandamento será ainda mais pronunciado. É o que estima Patrick Mange, responsável pela estratégia de investimento do BNP Paribas Asset Management. Na sua nota mensal, que o caderno «Investir» publica esta semana, afirma que «após uma subida de 18,5% em 2004, os lucros das empresas do índice S&P 500 não deverão aumentar mais do que 9,4% em 2005». De acordo com a JPMorgan, nos próximos anos os lucros crescerão a um ritmo entre 5,5% e 6%, ligeiramente acima do PIB.
Na Zona Euro, o crescimento dos lucros será extraordinário, superando largamente os Estados Unidos. Note-se que a retoma no Velho Continente está atrasada em relação ao outro lado do Atlântico. A JPMorgan aponta para um aumento de 44% nos países da moeda única. Em 2005, o ritmo baixa para 9%. O consenso dos analistas aponta para um aumento de 30% em 2004 e de 15% no próximo ano.
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Artigo-Pessimismo invest em Acções
STOP
Goldman Sachs reduz nas acções
Chegou a hora de vender?
20-07-2004, André Veríssimo e Mafalda Anjos
Os catalisadores para as acções esgotaram-se. O crescimento dos lucros atingiu o pico, nas taxas de juro iniciou-se um novo ciclo de subidas e as bolsas perderam o fôlego para novos ganhos. Para a Goldman Sachs está na altura de diminuir o peso das acções no portefólio.
Vamos olhar friamente para os números: as bolsas subiram 47% em 16 meses, os lucros das empresas aumentaram ao ritmo mais elevado dos últimos 40 anos, e as taxas de juro estão no nível mais baixo em cinco décadas, tendo iniciado o ciclo de subidas. A questão que muitos investidores nos mercados accionistas colocam agora é se terá chegado a hora de vender, uma vez que, aparentemente, as condições tocaram no melhor dos cenários, e daqui para a frente tenderão a deteriorar-se.
A resposta veio esta semana da Goldman Sachs, a primeira das grandes casas de investimento a recomendar, oficialmente, uma redução da exposição às acções. Na sua coluna semanal ¿Strattegy Matters¿, a gestora americana veio rever em baixa a recomendação para esta classe de activos de ¿overweight¿, ou sobreponderar, para ¿neutral¿. A razão para esta decisão, que põe fim a um ciclo de optimismo para os mercados accionistas, prende-se com o que o banco designou de ¿armadilha do mercado ¿flat¿¿. Com isto, os analistas querem dizer que esperam que as acções se mantenham nos próximos meses monotonamente estáveis, sem uma tendência assumida, como um mar sem ondas, tal como se verificou nos principais mercados ao longo do primeiro semestre.
Com efeito, os principais índices registam variações muito reduzidas desde Janeiro. O pan-europeu EuroStoxx50 recua 1,15%, enquanto nos Estados Unidos o S&P500 perde 0,04% e o tecnológico Nasdaq desvaloriza 3,53%.
São várias as causas que, na opinião destes analistas, determinarão a continuação da lateralização dos mercados e que fazem ¿arrefecer¿ as perspectivas para as acções.
Bons números de indicadores económicos, são normalmente considerados boas notícias para os investidores, já que aumentam as perspectivas de lucros. No entanto, são por vezes vistos como negativos, uma vez que podem antecipar uma subida nas taxas de juro ou futuros ritmos de crescimento mais baixos. Muito excepcionalmente, todos os dados são interpretados pelo mercado como boas notícias, como aconteceu na época da bolha especulativa do final da década de 90. Na opinião da Goldman Sachs, os investidores parecem hoje mais inclinados para interpretar todas as notícias como más para o mercado. Fortes dados macroeconómicos são vistos como indícios de pressões inflacionistas, e de subida das taxas de juro. Dados fracos são interpretados como comprometedores do crescimento futuro dos lucros das empresas e da actividade económica.
Diz-se muitas vezes que é melhor a viagem do que a chegada, e parece ser este o ponto da situação nos mercados bolsistas. Atingiu-se a tão esperada recuperação económica, primeiro nos Estados Unidos e depois na Europa. As margens de lucros nos Estados Unidos atingirão máximos históricos e as taxas de juro estão próximo do mínimo de sempre. Por isso, parece evidente que chegámos ou estamos perto do ponto de viragem nos ciclos de taxas de juro, inflação e lucros nas empresas. Para os agentes do mercado, as condições estão neste momento no melhor nível possível e daqui para a frente tenderão a piorar, o que nunca são boas notícias para as acções. É por este motivo que os analistas da Goldman Sachs esperam que as bolsas continuem apáticas na segunda metade do ano, sendo maiores os riscos de queda do que os potenciais detonadores de uma subida.
Esta opinião pouco optimista acerca do desempenho das acções foi recentemente desenvolvida por Alan Mudie, estratega do BNP Paribas Private Bank, em entrevista ao «Semanário Económico». Nesta conversa, o especialista deixou claro que os dias das vacas gordas nas acções chegaram ao fim e só deverão regressar dentro de vários anos, aconselhando a realizar mais-valias depois do Verão a pôr o dinheiro em depósitos. «Só assistiremos a um novo bull market provavelmente em 2012», afirmou no final de Junho.
Goldman Sachs reduz nas acções
Chegou a hora de vender?
20-07-2004, André Veríssimo e Mafalda Anjos
Os catalisadores para as acções esgotaram-se. O crescimento dos lucros atingiu o pico, nas taxas de juro iniciou-se um novo ciclo de subidas e as bolsas perderam o fôlego para novos ganhos. Para a Goldman Sachs está na altura de diminuir o peso das acções no portefólio.
Vamos olhar friamente para os números: as bolsas subiram 47% em 16 meses, os lucros das empresas aumentaram ao ritmo mais elevado dos últimos 40 anos, e as taxas de juro estão no nível mais baixo em cinco décadas, tendo iniciado o ciclo de subidas. A questão que muitos investidores nos mercados accionistas colocam agora é se terá chegado a hora de vender, uma vez que, aparentemente, as condições tocaram no melhor dos cenários, e daqui para a frente tenderão a deteriorar-se.
A resposta veio esta semana da Goldman Sachs, a primeira das grandes casas de investimento a recomendar, oficialmente, uma redução da exposição às acções. Na sua coluna semanal ¿Strattegy Matters¿, a gestora americana veio rever em baixa a recomendação para esta classe de activos de ¿overweight¿, ou sobreponderar, para ¿neutral¿. A razão para esta decisão, que põe fim a um ciclo de optimismo para os mercados accionistas, prende-se com o que o banco designou de ¿armadilha do mercado ¿flat¿¿. Com isto, os analistas querem dizer que esperam que as acções se mantenham nos próximos meses monotonamente estáveis, sem uma tendência assumida, como um mar sem ondas, tal como se verificou nos principais mercados ao longo do primeiro semestre.
Com efeito, os principais índices registam variações muito reduzidas desde Janeiro. O pan-europeu EuroStoxx50 recua 1,15%, enquanto nos Estados Unidos o S&P500 perde 0,04% e o tecnológico Nasdaq desvaloriza 3,53%.
São várias as causas que, na opinião destes analistas, determinarão a continuação da lateralização dos mercados e que fazem ¿arrefecer¿ as perspectivas para as acções.
Bons números de indicadores económicos, são normalmente considerados boas notícias para os investidores, já que aumentam as perspectivas de lucros. No entanto, são por vezes vistos como negativos, uma vez que podem antecipar uma subida nas taxas de juro ou futuros ritmos de crescimento mais baixos. Muito excepcionalmente, todos os dados são interpretados pelo mercado como boas notícias, como aconteceu na época da bolha especulativa do final da década de 90. Na opinião da Goldman Sachs, os investidores parecem hoje mais inclinados para interpretar todas as notícias como más para o mercado. Fortes dados macroeconómicos são vistos como indícios de pressões inflacionistas, e de subida das taxas de juro. Dados fracos são interpretados como comprometedores do crescimento futuro dos lucros das empresas e da actividade económica.
Diz-se muitas vezes que é melhor a viagem do que a chegada, e parece ser este o ponto da situação nos mercados bolsistas. Atingiu-se a tão esperada recuperação económica, primeiro nos Estados Unidos e depois na Europa. As margens de lucros nos Estados Unidos atingirão máximos históricos e as taxas de juro estão próximo do mínimo de sempre. Por isso, parece evidente que chegámos ou estamos perto do ponto de viragem nos ciclos de taxas de juro, inflação e lucros nas empresas. Para os agentes do mercado, as condições estão neste momento no melhor nível possível e daqui para a frente tenderão a piorar, o que nunca são boas notícias para as acções. É por este motivo que os analistas da Goldman Sachs esperam que as bolsas continuem apáticas na segunda metade do ano, sendo maiores os riscos de queda do que os potenciais detonadores de uma subida.
Esta opinião pouco optimista acerca do desempenho das acções foi recentemente desenvolvida por Alan Mudie, estratega do BNP Paribas Private Bank, em entrevista ao «Semanário Económico». Nesta conversa, o especialista deixou claro que os dias das vacas gordas nas acções chegaram ao fim e só deverão regressar dentro de vários anos, aconselhando a realizar mais-valias depois do Verão a pôr o dinheiro em depósitos. «Só assistiremos a um novo bull market provavelmente em 2012», afirmou no final de Junho.
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