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Caldeirão da Bolsa

Fundos de Retorno Absoluto

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Fundos de Retorno Absoluto

por TRSM » 20/7/2004 9:33

Fundos de Retorno Absoluto

É unânime que o investimento em acções deverá ser sempre considerado numa perspectiva de médio/longo prazo de modo a obter todo o seu potencial, sendo necessário suportar eventuais flutuações de curto prazo. Enquanto um investidor com propensão a investimentos em acções considera as flutuações de curto prazo como um elemento natural da sua tomada de decisão, já o investidor com menor propensão ao risco dá preferência a activos com menor volatilidade, como é o caso das obrigações (em rigor, refira-se que o investimento em obrigações incorpora diferentes níveis de risco em função da especificidade de cada categoria, p.e. taxa fixa, taxa variável, obrigações corporate, obrigações High Yield, entre outras).

De forma a conciliar a potencialidade dos fundos de acções, por um lado, e a estabilidade dos fundos de obrigações, por outro, recentemente foram criados os fundos de retorno absoluto ou fundos de gestão flexível, cujo objectivo é obter rendibilidades positivas independentemente da evolução dos mercados accionistas. Para tal, utilizam abordagens mais ou menos quantitativas aos investimentos, limitando o uso de acções na carteira.

Para melhor ilustrar este tipo de gestão, analisámos a performance anual dos mercados de acções e de obrigações desde 1995, conforme documenta o gráfico seguinte:



Tomando em consideração dois índices de referência para cada uma das classes de activos, nomeadamente o índice de acções DAX30 e o índice de obrigações JP Morgan Global Govn Bond EMU, verificámos que, desde 1995, houve 5 anos em que o desempenho do mercado de acções superou a performance do mercado de obrigações, mais concretamente no período entre 1996 e 1999 e no ano de 2003. Por seu turno, o mercado de obrigações superou por 4 vezes o mercado de acções nos anos de 1995 e de 2000 a 2002.

Na medida em que os gestores dos fundos de retorno absoluto ou de gestão flexível procuram acima de tudo o investimento nos mercados accionistas nos melhores momentos, ainda que de forma limitada, e procuram o refúgio em instrumentos dos mercados obrigacionistas e/ou monetários em momentos eventualmente menos favoráveis dos mercados de acções, teoricamente teriam uma maior exposição aos mercados accionistas entre 1996 e 1999 e em 2003, e uma menor exposição em 1995 e entre 2000 e 2002.

Realça-se, no entanto, que dado não ser possível antecipar todos os movimentos dos mercados, os gestores deste tipo de fundos tendem a investir de uma forma mais moderada no segmento accionista. Por conseguinte, a rendibilidade esperada é mais baixa que o investimento puro em acções e, em teoria, com um risco também menos acentuado.

Em resumo, os gestores dos fundos de retorno absoluto ou de gestão dinâmica procuram diminuir a sua exposição a acções quando os mercados accionistas estão mais voláteis e aumentá-la quando os mercados estão mais estáveis e com alguma tendência positiva, mantendo alguma estabilidade e procurando gerar anualmente uma rendibilidade positiva.

Quem pretende o rendimento de médio e longo prazo proporcionado pelos mercados accionistas, deve manter os seus investimentos em fundos de acções, pois só nestes fundos poderá acompanhar, na totalidade, a subida destes mercados. Num fundo de gestão flexível ou de retorno absoluto, só pontualmente o gestor estará muito exposto aos mercados accionistas.
Como investir em Fundos de Retorno Absoluto

Através do ActivoBank7, tem já disponíveis fundos de investimento de Retorno Absoluto ou de Gestão Flexível, que lhe permitirão tirar partido das vantagens acima referidas. Pelas suas características, destacamos o Schroder ISF European Absolute Return B e o Millennium Gestão Dinâmica Fundo Flexível.

O fundo Schroder ISF European Absolute Return B foi lançado em Novembro de 2002, e conta com a prestigiada gestão da Schroder Investment Management Ltd. O objectivo do fundo é proporcionar crescimento de capital, concentrando os seus investimentos no continente europeu, nas várias classes de activos disponíveis (acções e outros títulos de taxa fixa ou variável).

O fundo apresentava, no final de Maio de 2004, uma posição de 40 % em instrumentos de tesouraria e de 60 % noutros activos, incluindo acções. A exposição do fundo às acções foi gradualmente diminuindo a partir de Fevereiro de 2004. A taxa de rendibilidade bruta obtida no último ano foi de 4,19%*, a qual compara favoravelmente com a taxa de rendibilidade média obtida por fundos congéneres, bem como com a taxa de referência do mercado monetário.

O fundo Millennium Gestão Dinâmica Fundo Flexível foi o primeiro fundo de retorno absoluto lançado por uma entidade nacional, em Março de 2004. É gerido pela sociedade AF Investimentos, a qual detém a posição de liderança no mercado português de fundos de investimento mobiliário, tendo sido eleita em 2004 como a Melhor Sociedade Gestora Global do Ano (Fundos Domésticos) pela Standard & Poor's e Diário Económico.

O fundo procura proporcionar aos participantes um nível de rendibilidade absoluta positiva a longo prazo, dirigindo o seu investimento preferencialmente para acções. No entanto, sempre que a situação do mercado e oportunidades de investimento o aconselhem, o gestor do fundo poderá variar a proporção de investimento nos vários tipos de activos (acções, obrigações, instrumentos do mercado monetário, depósitos) entre 0 % e 100 %, procurando assim atingir sempre retorno positivo independentemente da tendência dos mercados accionistas. O objectivo será alcançar, a longo prazo, um retorno anual (sem garantia) de 2 % acima da Euribor a 3 meses.

(*) As rendibilidades passadas não são garantia de rendibilidades futuras. A rendibilidade de cada fundo varia de acordo com as condições do mercado e com o preço dos activos que o compõem. A rendibilidade refere-se ao período de 04 de Julho de 2003 a 02 de Julho de 2004 e representa a rendibilidade de um investimento efectuado durante a totalidade do período referido. Os rendimentos obtidos estão sujeitos a retenção na fonte à taxa liberatória de 20%. Não dispensa a consulta dos prospectos dos Fundos.










PSI20 termina a semana em contraciclo

Apesar dos mercados accionistas europeus terem recuperado dos mínimos nos últimos dias, terminaram a semana em terreno negativo. Em plena época de apresentação de resultados, os números decepcionantes da Nokia e da Intel foram os que mais penalizaram os índices, tendo o sector tecnológico liderado as perdas, com o EuroStoxx Technology a registar uma queda superior a 6%. O indicador “Earnings Optimism” (Millennium bcp investimento) que mede as revisões de estimativas dos resultados das empresas do S&P500 (rácio de revisões de resultados em alta/totalidade das revisões nas últimas quatro semanas) caiu de 60,5% para 54,7%, revelando alguma queda no optimismo das empresas para os próximos meses. Mercado Accionista Variação Semanal

PSI 20 0,97 %
DJ EuroStoxx50
-2,27 %
DAX30
-2,00 %
S&P500
-1,03 %
Nasdaq
-3,25 %
Entre 09 de Julho e 16 de Julho de 2004


Mais uma vez, a escalada do preço do petróleo acabou por penalizar o sentimento, com o preço por barril (NYMEX), a registar novos máximos históricos ao atingir os $41,90, encerrando a semana a subir quase 3%. As interrupções nas exportações de alguns dos principais países produtores e a expectativa, cada vez mais forte, de que as eleições presidenciais norte-americanas possam vir a ser alvo de sabotagem por organizações terroristas estiveram na base desta subida. O Euro subiu 0,3% face ao Dólar para os 1,245, mantendo a tendência das últimas semanas.

Esta semana foi ainda bastante rica em termos de indicadores macro-económicos, com destaque para os índices de preços nos Estados Unidos. Apesar do índice de preços no produtor e do consumidor (excluindo energia e alimentação) revelarem uma pequena subida em termos homólogos no mês de Junho, não acusaram um aumento significativo das pressões inflacionistas. Assim, sendo a inflação uma das variáveis observadas com mais atenção por parte da Reserva Federal, os receios de que Alan Greenspan opte por uma subida agressiva das taxas de juro diminuíram, tendo a yield das obrigações a 10 anos registado uma queda de 10 p.b. na semana para 4,35%. Os Fed funds (contratos de Agosto, Setembro e Novembro) também aliviaram um pouco.

Dos principais índices europeus, o alemão e o holandês foram os que mais perderam, com quedas na ordem dos 2%. O sector segurador seguiu o tecnológico nas perdas da semana, espelhando o aumento da instabilidade geo-política e a queda dos mercados accionistas. A limitar as quedas na semana esteve o sector dos recursos naturais que beneficiou da subida dos preços de algumas matérias primas, nomeadamente do cobre.

O PSI20 contrariou o sentimento negativo que se viveu na Europa, terminando com um ganho de 0,97%. A Semapa (+6,7%) liderou os ganhos, recuperando das perdas da semana anterior. A Sonaecom igualou esta performance, reflectindo expectativas de que a empresa apresente bons resultados, a 28 Junho. Destaque ainda para a EDP, que terminou a semana com uma valorização de 3,5%. A limitar a subida do índice estiveram a Sonae (-1,2%), a Portugal Telecom (-0,6%) e o BCP (-0,5%).









Recomendações de Bolsa

Face às circunstâncias do mercado, o Millennium bcp investimento apresenta as seguintes recomendações para a Euronext Lisboa:


Empresas Preço Alvo Fecho(*) Recomendação
J Martins 10,20 9,61 Neutral
EDP 2,80 2,36 Compra
Sonae 1,08 0,84 Compra
P Telecom 10,35 8,49 Compra
* Fecho do dia 19 Julho 2004


Tendo presente as relações de Grupo, o Millennium bcp investimentos não efectua análises e recomendações sobre o Banco Comercial Português, pelo que passamos a publicitar as opiniões de entidades externas ao Grupo sobre a acção do BCP:

Fonte Recomendação Preço Alvo Data da
recomendação
Deutsche Bank Hold 2,10 21 Abr 04
UBS Warburg Neutral 2,10 21 Abr 04
JP Morgan Neutral 1,90 21 Abr 04


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