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Société Générale prefere acções do BPI na banca portuguesa

16-07-2004 12:36 por Canal de Negócios

Prevê fusão do banco a médio prazo Société Générale prefere acções do BPI na banca portuguesa
A Société Générale iniciou a cobertura da banca portuguesa, escolhendo o Banco BPI como o «stock pick», já que é a instituição que, na opinião de Luis Peña, está mais alavancada para beneficiar da recuperação prevista nos negócios de banca a retalho e de investimento. O banco francês sugere uma nova tentativa de fusão BPI/BES.


Num estudo emitido hoje, a Société Générale considera o Banco BPI [BPIN] como o preferido no seio da banca portuguesa, devido à «alavancagem do banco à recuperação nas receitas nas unidades de banca a retalho e de investimento», acrescentando que o BPI apresenta rácios de avaliação (com base na actual cotação) abaixo da média do mercado.

Também esta semana, a Morgan Stanley iniciou a cobertura do BPI com uma recomendação de «overweight» e disse que o banco liderado por Fernando Ulrich é o «top pick» para o sector em Portugal. O BES e o BCP recebem uma recomendação de «equal weight».

A instituição liderada por Fernando Ulrich mereceu a assim uma recomendação de «compra», com um preço-alvo fixado nos 3,5 euros.

O Banco Comercial Português (BCP) [BCP] teve uma recomendação de «manter» e um preço-alvo de 2,10 euros, enquanto para o Banco Espírito Santo (BES) [BESNN] o preço justo queda-se nos 13,9 euros, uma avaliação que leva o analista Luis Peña a recomendar aos clientes a «venda» das acções do banco.

De acordo com a Société Générale a estrutura do sistema bancário em Portugal gira à volta da Caixa Geral de Depósitos (CGD), do BCP e do BES. «Pensamos que a médio prazo, o BPI poderá vir a ser adquirido por um dos maiores ‘players’ locais ou por um banco estrangeiro», sendo esta última hipótese «a menos provável», na visão de Luis Peña.

«Apesar da tentativa de fusão do BES e do BPI ter falhado, não pomos de lado uma nova tentativa», conclui o analista do banco de investimento francês.

As acções do BCP negociavam em queda 0,54% para 1,85 euros, o BES avançava 0,37% para 13,55 euros e as acções do BPI cotavam inalteradas nos 3,01 euros. A CGD, controlado pelo Estado, não está cotada.