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[TRSM]

Enron abandona processo de falência 31 meses após escândalo financeiro
A Enron, uma corretora de energia eléctrica norte americana, recebeu hoje uma aprovação judicial para sair do processo de falência que está há 31 meses, depois de ter sido divulgado o escândalo financeiro que originou a segunda maior falência da história empresarial americana.

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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt


A Enron, uma corretora de energia eléctrica norte americana, recebeu hoje uma aprovação judicial para sair do processo de falência que está há 31 meses, depois de ter sido divulgado o escândalo financeiro que originou a segunda maior falência da história empresarial americana.

Arthur Gonzalez, um juiz de Manhattan, aprovou a proposta da Enron de alocar o que resta dos seus activos ao pagamento das dívidas aos credores, que ascendem a 74 mil milhões de dólares (59,7 mil milhões de euros).

Por cada dólar, os credores da Enron vão receber apenas 20 cêntimos, segundo a proposta da Enron, que está a negociar a redução das suas dívidas para 63 mil milhões de dólares (50,8 mil milhões de euros), menos de metade dos 130 mil milhões de dólares (105 mil milhões de euros) inicialmente reclamados.

No âmbito do escândalo contabilístico que «rebentou» em 2001, o então presidente da empresa, bem como o administrador financeiro, foram alvo de processos crime por parte do ministério Público dos Estados Unidos, estando os processos a decorrer nos tribunais.

A Enron diz que pretende começar a pagar as suas dívidas em 2005, com recurso aos encaixes obtidos com a venda dos activos que ainda controla. A empresa, que já chegou a ser a sétimo maior em termos de receitas dos Estados Unidos, já vendeu a maior parte dos seus activos durante o processo de falência.

A maior dos credores, entre os quais se encontram os bancos JP Morgan e o Citigroup, acordaram com o plano de recuperação da empresa.

Pelo menos 5.600 pessoas perderam os seus empregos com a falência da Enron, empresa que baixou a sua capitalização bolsista em 68 mil milhões de dólares (54,9 mil milhões de euros) depois da falência, originada através de fraudes contabilísticas.

A saída formal do processo de falência só deve ocorrer no final deste ano