Banco de Portugal alerta
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obg
Stratega Escreveu:Ñ encontrei no INE, na pág. do BDP no canto superior direito, em "indicadores económicos" está o rendimento deiponivel dos particulares de 2000 a 2002.
Ñ é muito mas parece q é o q há...
Obrigado pela dica

nao tava nessa tabela mas dp fui ver ao Relatório Anual de 2002 e encontrei!!
os textos referentes a este assunto estao na pg 106
- Anexos
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Néscio
endividamento das familias
boa tarde
já que tem a ver com o tema ...
Alguem sabe onde se podem consultar os dados sobre a evolucao do endividamento das familias(em relacao ao pib)..e outros dados similares ?
(provavelmente é no site do Bdp mas eu nao consegui encontrar
)
já que tem a ver com o tema ...
Alguem sabe onde se podem consultar os dados sobre a evolucao do endividamento das familias(em relacao ao pib)..e outros dados similares ?
(provavelmente é no site do Bdp mas eu nao consegui encontrar

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Néscio
Acredito que no Algarve os preços tenham evoluído. Mas, aqui no Porto,sobretudo na área metropolitana, os preços estagnaram tendo mesmo "caído" em alguns concelhos, nomeadamente Valongo, Gondomar, Gaia (em algumas freguesias).Só em algumas zonas da cidade é que os preços efectivamente estagnaram ou subiram, caso concreto da Foz. A outra realidade é as habitações usadas à espera de compradores. Tenho conhecimento de situações que pedem menos 30% do que pediam à um ano atrás e ainda não as venderam, nem perspectivam quando.E nestas situações existem dois éncargos bancários - a "velha" habitação e a nova moradia ou apartamento, com créditos diferenciados, mas não deixam de ser 2 encargos financeiros quer com o banco Finanças etc. Isto é um grande problema.
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- Registado: 12/12/2002 13:10
Djovarius, existe um pequeno problema..
É mesmo muito raro haver bolhas de imobiliário.. raríssimo, e quando tal acontece, é preciso os preços das casas atingirem valores Parvos! E esses valores estão ainda longe de serem os que se praticam agora..
Não tem absolutamente nada a haver com políticas.. as Nações Democráticas Capitalistas e desenvolvidas na Europa e nos states sofrem do mesmo problema..
Olhem para Inglaterra, Estados Unidos da América, Espanha, etc..
O crescimento dos preços de Imobiliários acompanha a evolução de um país, ainda estamos longe de atingir os milhões que se costumam pedir em certas capitais Europeias e Americanas..
Talvez se considere uma mega-bolha daqui a umas décadas mas penso que a inflação e o crescimento económico poderá atrasar a tragédia..
É mesmo muito raro haver bolhas de imobiliário.. raríssimo, e quando tal acontece, é preciso os preços das casas atingirem valores Parvos! E esses valores estão ainda longe de serem os que se praticam agora..
Não tem absolutamente nada a haver com políticas.. as Nações Democráticas Capitalistas e desenvolvidas na Europa e nos states sofrem do mesmo problema..
Olhem para Inglaterra, Estados Unidos da América, Espanha, etc..
O crescimento dos preços de Imobiliários acompanha a evolução de um país, ainda estamos longe de atingir os milhões que se costumam pedir em certas capitais Europeias e Americanas..
Talvez se considere uma mega-bolha daqui a umas décadas mas penso que a inflação e o crescimento económico poderá atrasar a tragédia..
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Ertai-
Bem, caro Touro
Pode haver regiões em que haja estagnação de preços, mas aqui no Algarve, quase 4 anos após a minha saída, vejo outra realidade, agora que estou de volta.
E o que vejo?
Apartamentos de várias tipologias, conforme a localização, entre 30 a 70% mais caros.
Vivendas e terrenos entre 30 a 50% mais caras.
Resultado: não se conseguem vender como dantes.
O mercado acabará com a bolha, inevitavelmente.
Posso até falar de um exemplo:
na parte mais afastada do litoral do concelho de Albufeira, os terrenos para construção valiam pouco até há alguns anos atrás.
Hoje, um pequeno terreno em que mal cabe uma moradia, chega a valer 500% a mais do que há 5 a 6 anos atrás...
Se isto não é o auge da bolha (por aqui), então não sei como tudo isto vai acabar !!!
Abraço
bom fds
dj
Pode haver regiões em que haja estagnação de preços, mas aqui no Algarve, quase 4 anos após a minha saída, vejo outra realidade, agora que estou de volta.
E o que vejo?
Apartamentos de várias tipologias, conforme a localização, entre 30 a 70% mais caros.
Vivendas e terrenos entre 30 a 50% mais caras.
Resultado: não se conseguem vender como dantes.
O mercado acabará com a bolha, inevitavelmente.
Posso até falar de um exemplo:
na parte mais afastada do litoral do concelho de Albufeira, os terrenos para construção valiam pouco até há alguns anos atrás.
Hoje, um pequeno terreno em que mal cabe uma moradia, chega a valer 500% a mais do que há 5 a 6 anos atrás...
Se isto não é o auge da bolha (por aqui), então não sei como tudo isto vai acabar !!!
Abraço
bom fds
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Re: Habitação...a minha opinião
Anonymous Escreveu:Existe um incentivo para arrendamento dedicado a jovens com menos de 30 anos que chega a atingir 70% do valor da renda, para continuar a existir mercado de habitação em Portugal esse incentivo vai ter que ser aberto a todas as idades (...)
Conheço os apoios do IAJ. Beneficiei deles quando saí da Universidade e já tinha rendimentos no modelo 22.
Não vou discutir a sua mensagem, mas vou colocar-lhe uma questão relacionada com a citação acima.
Mas porque é que o Estado tem de comparticipar as rendas ("até 70%), em vez de comparticipar nos juros pagos ao banco? Só para que o dinheiro (de todos nós), em vez de ir para os bancos, possa ir para os que já têm uma segunda propriedade? E mesmo assim, todos tinham de passar recibo de renda, coisa que não acontece (na maior parte das vezes).
Eu, sinceramente, não vejo qual a razão desta atitude acusatória para com quem tem o desejo de ter alguma coisa sua. É certo que há gente que tem mais olhos que barriga, mas não falo por estes. Falo por mim e por todos aqueles que estão na minha situação.
Prefiro ter uma divida, pagá-la normalmente e amortizando-a extraordinariamente, com um sistema de poupança que impûs a mim mesmo. No fim, deixarei algo concreto aos meus filhos, em vez de um monte de facturas/recibos de uma renda paga a um terceiro.
É só esta a minha opinião.
PS-Os juros a subir? E depois? Se o mercado, em geral, está estagnado há 4 anos, há 4 anos os juros estavam no dobro de hoje.
Crédito pessoal? Esse é que é o problema....
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Visitante
Habitação...a minha opinião
Politica de habitação em Portugal foi um erro que começou em 86 com Cavaco Silva e continuou com todos os governos que lhe seguiram, estimulando na população a aquisição, em vez de se criarem condições no arrendamento, alias como é usual em práticamente todos os países europeus, Actualmente 65% das familias adquiriu casa própria, existem cerca de 1 milhão de habitações devolutas, que o mercado já não absorve, estima-se que a população portuguesa em 2050 seja de 8 500 000, continua-se a construir, para quem?... Para os pobres? Para os imigrantes de leste? A maioria das pessoas quando chegar à reforma tem finalmente a casa paga, no entanto com as actualizações do valor patrimonial, as taxas a pagar pela antiga contribuição autarquica vão ser penalizantes para os pobres reformados, as obras a que estão sujeitos os edificios, alguns deles na altura terão 30 e mais anos, como vão ser pagas? Afinal o regime de propriedade horizontal, obriga a que as despesas sejam distribuidas por todos, e aquelas familias que não puderem suportar despesas de monta na conservação dos edificios, como vão as suas reformas suportar tal despesa?...
Ser proprietário em Portugal é muito caro, criou-se não sei porque carga de água que a compra de casa é um bom investimento!.. Foi!...entre 86 e 99, por via da especulação que existia e que enriqueceu muita gente, hoje tenho sérias duvidas. Existe um incentivo para arrendamento dedicado a jovens com menos de 30 anos que chega a atingir 70% do valor da renda, para continuar a existir mercado de habitação em Portugal esse incentivo vai ter que ser aberto a todas as idades e, aí sim...teremos possibilidade de escoar a habitação disponivel neste país, caso contrário o valor das casas vai continuar a cair, só que existe um grande problema, os BANCOS,...não deixam que as coisas possam evoluir por esse lado, porque seriam eles os grandes perdedores.
Ser proprietário em Portugal é muito caro, criou-se não sei porque carga de água que a compra de casa é um bom investimento!.. Foi!...entre 86 e 99, por via da especulação que existia e que enriqueceu muita gente, hoje tenho sérias duvidas. Existe um incentivo para arrendamento dedicado a jovens com menos de 30 anos que chega a atingir 70% do valor da renda, para continuar a existir mercado de habitação em Portugal esse incentivo vai ter que ser aberto a todas as idades e, aí sim...teremos possibilidade de escoar a habitação disponivel neste país, caso contrário o valor das casas vai continuar a cair, só que existe um grande problema, os BANCOS,...não deixam que as coisas possam evoluir por esse lado, porque seriam eles os grandes perdedores.
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Visitante
comentário
Caro Touro
És um homem de boa vontade e também lúcido....se me permites este juizo...mas dizes tu que as pessoas se tiveram dívidas relativas ao investimento imobiliário que fizeram, não vão fazer outras despesas, dada a restrição de rendimentos a que ficam sujeitas.....seria bom isso meu amigo.....mas todos os dias e a todas as horas....somos estimulados (autenticamente agredidos) nos nossos in stintos básicos pela publicidade dos meios de comunicação que utilizam até à saciedade todos os métodos estudados na psicologia e na sociologia. Como podem as pessoas parar de consumir...sem se ferirem a si próprias?....Como podem fugir deste cerco?
Somos colocados em 180 m3 e ficamos totalmentes entregues ao "sistema" de emparedamento que faz de nós escravos.....e daqui só para um lazareto de tormes....da 3ª idade......e havemos todos de ir à piscina da zona.....encher-nos de cloritos .....e de outras coisas.....e vamos ao hiper a comprar com cartão....e arranjaremos todos os cartões que forem possíveis....para nos enlearmos mais....e daqui não saímos.....futebóis.......rocks in rio......bandeirinhas......força protugal!!!!......e hoje foi obtido um acordo para aprovação da constituição "oropeia"......como é...meu amigo?.....Que me dizes?...Onde estamos?....O que vem aí?.
Se toda a gente parasse para pensar. De nada adianta embicarmos na onda... para esquecer....temos de perguntar para onde nos querem levar..... e depois..parece que aproveitam o auge do circo....para fazerem passar facilmente a construção da coisa mais antinatural dos tempos contemporâneos.....como se a "orópa"...fosse um santuário.....e a sua construção nada tivesse a ver com o resto da humanidade.
Estas velhas tias da europa....metem-me medo, pelo cinismo que demonstram.
Quem lhes outorgou o direito de me representarem nessa vontade sem me dizerem nada?
O caraças!!!!
Estamos tramados.!!!
cumps.
És um homem de boa vontade e também lúcido....se me permites este juizo...mas dizes tu que as pessoas se tiveram dívidas relativas ao investimento imobiliário que fizeram, não vão fazer outras despesas, dada a restrição de rendimentos a que ficam sujeitas.....seria bom isso meu amigo.....mas todos os dias e a todas as horas....somos estimulados (autenticamente agredidos) nos nossos in stintos básicos pela publicidade dos meios de comunicação que utilizam até à saciedade todos os métodos estudados na psicologia e na sociologia. Como podem as pessoas parar de consumir...sem se ferirem a si próprias?....Como podem fugir deste cerco?
Somos colocados em 180 m3 e ficamos totalmentes entregues ao "sistema" de emparedamento que faz de nós escravos.....e daqui só para um lazareto de tormes....da 3ª idade......e havemos todos de ir à piscina da zona.....encher-nos de cloritos .....e de outras coisas.....e vamos ao hiper a comprar com cartão....e arranjaremos todos os cartões que forem possíveis....para nos enlearmos mais....e daqui não saímos.....futebóis.......rocks in rio......bandeirinhas......força protugal!!!!......e hoje foi obtido um acordo para aprovação da constituição "oropeia"......como é...meu amigo?.....Que me dizes?...Onde estamos?....O que vem aí?.
Se toda a gente parasse para pensar. De nada adianta embicarmos na onda... para esquecer....temos de perguntar para onde nos querem levar..... e depois..parece que aproveitam o auge do circo....para fazerem passar facilmente a construção da coisa mais antinatural dos tempos contemporâneos.....como se a "orópa"...fosse um santuário.....e a sua construção nada tivesse a ver com o resto da humanidade.
Estas velhas tias da europa....metem-me medo, pelo cinismo que demonstram.
Quem lhes outorgou o direito de me representarem nessa vontade sem me dizerem nada?
O caraças!!!!
Estamos tramados.!!!
cumps.
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
Sun Tzu
Sun Tzu
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Népias Escreveu:Aconselho o livro sobre a corrida dos ratos com o título "O meu pai rico e o meu pai pobre".
Compra-se na FNAC!
Sem comentários!
Cumpts.
Se puder fazer aqui um pequeno resumo do livro seria interessante, pelo menos para saber qual é a sua posição.
Cumprimentos,
Touro
Touro
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djovarius Escreveu:Além do mais, as bolhas de imóveis não são como as acções. Em vez de perderem valor, as casas poderão estabilizar. Uma bolha que se esvazia em tempo e não pelos preços.
Djovarius, estou 100% de acordo com a tua afirmação acima. Agora quanto à bolha não estou totalmente de acordo, pois os preços da habitação, de uma forma geral, estão estagnados há cerca de 4 anos. Naturalmente que, atendendo à especificidade do mercado imobiliário, haverá zonas em que os preços têm subido, mas pessoalmente tenho conhecimento de zonas em que os preços e as vendas estão estagnados e outras em que se vai vendendo mantendo os preços.
Por isso, não concordo que estejamos no auge da bolha do imobiliário, isso aconteceu como disse há 4 ou 5 anos atrás. O grande aumento dos preços foi até 1999/2000.
Candyman, não partilho nada do seu pessimismo, pois não acredito no cenário catastrófico que apresenta. O excesso de oferta provocado pelos bancos a querer reaver o dinheiro emprestado já aconteceu, salvo erro na Inglaterra, mas agora não creio que seja possível tal situação uma vez que o mercado é global, e bastaria apenas mudar a legislação para ser atractivo aos fundos de investimento imobiliário adquirir essas casas. Não terá de ser o mercado interno a absorver esse suposto excesso de oferta. Mas isto é numa situação extrema que, repito, tem baixíssima probabilidade de acontecer.
Quanto à virtudes do crédito não fui eu que inventei isso, não é uma opinião minha, qualquer economista, coisa que eu não sou, lhe dirá qual o interesse do crédito (endividamento saudável) na economia. O Soros também defende o endividamento para investimento no livro 'Crise do Capitalismo Global'
Queria que ficasse claro, no entanto, que não defendo o endividamento para consumo. Aquilo que defendo é o crédito para investimento, que não é mais do que o negócio dos bancos. E por sinal bem lucrativo.
Quanto aos estratagemas de que o Djovarius falou para conseguir mais dinheiro para comprar casa através de crédito pessoal também não me aflige, se fosse ao contrário era pior. É mais grave pedir crédito à habitação para comprar carro e ir de férias.
Para terminar, é um facto que o país está a viver acima das suas possibilidades, consumimos mais do que a riqueza que geramos. Temos que produzir mais, consumir menos e exportar mais. Por isso, Djovarius, se as famílias estiverem endividadas, e com isso diminuir o consumo interno, até é favorável.
Cumprimentos,
Touro
Touro
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sim, excesso de endividamento é uma bomba-relógio
O problema é que os Portugueses habituaram-se mal... Antigamente poupava-se vários anos para comprar casa própria, e outros bens... agora... recorre-se imediatamente ao crédito, porque o juro está "baixo".
Porque razão a taxa de juro tem de aumentar lentamente, numa banda estreita, como diz o "touro"?... Os aumentos de taxas de juros são uma medida de prevenção contra a inflacção. E o que observamos em termos de inflacção? Petróleo e matérias-primas a subir quase todos os dias!!...
Além disso, como muito bem diz a Stratega, quando a bomba rebentar, as pessoas não estão a perder simplesmente "um investimento" a favor dos bancos, estão a perder o telhado sobre as suas cabeças... para onde vão morar estas pessoas? Já tou a ver os tumultos sociais que isto vai implicar...
Além disso, o que os bancos vão fazer com tantas casas devolutas? O valor do imobiliário desce a pique com o excesso de oferta, assim, quem quiser vender a sua habitação por já não suportar o juro, talvez tenha de se contentar em obter uma menos-valia!
Isto não tá assim tão bom e pacífico como parece!
Há razões para preocupação... o "endividamento é bom" ??? diz o touro... O imobiliário é um investimento de risco nesta conjuntura, por isso, investir no imobiliário com dinheiro emprestado nunca pode ser positivo. A expressão "endividamento é bom", contradiz todas as minhas crenças nos princípios da boa economia.
Aos endividados, só tenho a acrescentar...: Boa sorte para esses "entalados" com dívidas, e façamos "figas" para que a bomba não rebente, mas sim, que esvazie devagarinho, muito devagarinho...
Porque razão a taxa de juro tem de aumentar lentamente, numa banda estreita, como diz o "touro"?... Os aumentos de taxas de juros são uma medida de prevenção contra a inflacção. E o que observamos em termos de inflacção? Petróleo e matérias-primas a subir quase todos os dias!!...
Além disso, como muito bem diz a Stratega, quando a bomba rebentar, as pessoas não estão a perder simplesmente "um investimento" a favor dos bancos, estão a perder o telhado sobre as suas cabeças... para onde vão morar estas pessoas? Já tou a ver os tumultos sociais que isto vai implicar...
Além disso, o que os bancos vão fazer com tantas casas devolutas? O valor do imobiliário desce a pique com o excesso de oferta, assim, quem quiser vender a sua habitação por já não suportar o juro, talvez tenha de se contentar em obter uma menos-valia!
Isto não tá assim tão bom e pacífico como parece!
Há razões para preocupação... o "endividamento é bom" ??? diz o touro... O imobiliário é um investimento de risco nesta conjuntura, por isso, investir no imobiliário com dinheiro emprestado nunca pode ser positivo. A expressão "endividamento é bom", contradiz todas as minhas crenças nos princípios da boa economia.
Aos endividados, só tenho a acrescentar...: Boa sorte para esses "entalados" com dívidas, e façamos "figas" para que a bomba não rebente, mas sim, que esvazie devagarinho, muito devagarinho...
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candyman
Totalmente de acordo com a Stratega embora o Touro tenha alertado para uma realidade.
Uma coisa é crédito ao consumo, outra é aquisição de património.
Só que, infelizmente, há uma bolha do imobiliário que começou aí em torno de 1995 - 1997 tendo acelerado para níveis impressionantes nos últimos tempos, não se sabendo quando chegará (?) ao fim.
Além do mais, as bolhas de imóveis não são como as acções. Em vez de perderem valor, as casas poderão estabilizar. Uma bolha que se esvazia em tempo e não pelos preços.
O mal é crédito para adquirir um activo sobrevalorizado, sobretudo se o seu valor estagnar durante algum tempo. Nesse quadro, uma subida de juros é preocupante.
Mas o pior problema (tenho um grande amigo numa forte imobiliária e outro no sector de crédito de um Banco) são os esquemas para aquisição de imóveis por parte de quem não teria rendimentos para tamanhos empréstimos. Aí começam os problemas, pois muita gente vai buscar ao Banco X de crédito à habitação até ao limite mais Y de crédito pessoal para completar o valor em falta para comprar a casa.
Então temos pessoas que estão a pagar mais de 80% dos seus rendimentos ao Banco. Se estiverem a comprar carro, vai aos 90 a 95%.
Depois passam a vida à espera dos subsidios de férias e natal para pagar dívidas e comem umas latinhas de qualquer coisa compradas nos supermercados mais popularuchos.
No entanto, viajam numa bela viatura e moram num belo apartamento...
A questão de fundo é esta: que qualidade de vida pode ter a população, e que consumo pode haver neste país, se os rendimentos pessoais estão comprometidos com a Banca !!!???
Dá que pensar...
Um abraço
dj
Uma coisa é crédito ao consumo, outra é aquisição de património.
Só que, infelizmente, há uma bolha do imobiliário que começou aí em torno de 1995 - 1997 tendo acelerado para níveis impressionantes nos últimos tempos, não se sabendo quando chegará (?) ao fim.
Além do mais, as bolhas de imóveis não são como as acções. Em vez de perderem valor, as casas poderão estabilizar. Uma bolha que se esvazia em tempo e não pelos preços.
O mal é crédito para adquirir um activo sobrevalorizado, sobretudo se o seu valor estagnar durante algum tempo. Nesse quadro, uma subida de juros é preocupante.
Mas o pior problema (tenho um grande amigo numa forte imobiliária e outro no sector de crédito de um Banco) são os esquemas para aquisição de imóveis por parte de quem não teria rendimentos para tamanhos empréstimos. Aí começam os problemas, pois muita gente vai buscar ao Banco X de crédito à habitação até ao limite mais Y de crédito pessoal para completar o valor em falta para comprar a casa.
Então temos pessoas que estão a pagar mais de 80% dos seus rendimentos ao Banco. Se estiverem a comprar carro, vai aos 90 a 95%.
Depois passam a vida à espera dos subsidios de férias e natal para pagar dívidas e comem umas latinhas de qualquer coisa compradas nos supermercados mais popularuchos.
No entanto, viajam numa bela viatura e moram num belo apartamento...

A questão de fundo é esta: que qualidade de vida pode ter a população, e que consumo pode haver neste país, se os rendimentos pessoais estão comprometidos com a Banca !!!???
Dá que pensar...
Um abraço
dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
Pois, Visitante, mas isso é para quem sabe fazer contas e sabe onde se está a meter...
A maior parte dos portugueses que compra habitação com crédito bancário, ñ tem a noção do que faz.
Corrijam-me se estou errada, mas o endividamento das familias era de cerca de 92%, certo?
Como o Touro diz e, muito bem, trata-se de investimento. No pior dos casos o imovel torna-se bem do credor. Os bancos.
Pois... O problema é q é investimento de particulares c/ poucos recursos. Se a bomba explode e deixa de poder pagar as prestações, fica sem a casa onde vive.
Todos sabemos q a maioria das pessoas q compra habitação c/ crédito banc. é pra viver nessa habitação. É malta q ñ conhece as reais dimensões do q está a fazer e quando fecham as fábricas é o q todos vemos no telejornal.
Eu tb gostava muito de ir morar pra uma casa minha, mas primeiro há q ganhar bem pra a poder pagar.
A maior parte dos portugueses que compra habitação com crédito bancário, ñ tem a noção do que faz.
Corrijam-me se estou errada, mas o endividamento das familias era de cerca de 92%, certo?
Como o Touro diz e, muito bem, trata-se de investimento. No pior dos casos o imovel torna-se bem do credor. Os bancos.
Pois... O problema é q é investimento de particulares c/ poucos recursos. Se a bomba explode e deixa de poder pagar as prestações, fica sem a casa onde vive.
Todos sabemos q a maioria das pessoas q compra habitação c/ crédito banc. é pra viver nessa habitação. É malta q ñ conhece as reais dimensões do q está a fazer e quando fecham as fábricas é o q todos vemos no telejornal.
Eu tb gostava muito de ir morar pra uma casa minha, mas primeiro há q ganhar bem pra a poder pagar.

Só receberás aquilo que és ou no que verdadeiramente te tornares.
Anonymous Escreveu:(...)comprei em dezembro passado, um apartamento por cerca de 160 mil euros.
Esqueci-me de dizer, que o comprei a esse preço, por contrato promessa, em Outubro de 2002. A escritura é que foi em Dezembro, por isso, só neste mês é que foi feito o grosso do investimento.
Hoje, em comparação com apartamentos iguais dentro do mesmo condominio, já tem uma valorização de cerca de 25%.
Por isso, mais uma vez concordo com o Touro.
Touro Escreveu:Eu ficaria preocupado é se os portugueses não aproveitassem estes níveis tão baixos das taxas de juro. Devemos considerar o endividamento como algo positivo.
(...) Reparem: quem tiver um empréstimo à taxa Euribor + 0.5%, condiderando a inflacção média de 2,6%, está a pagar uma taxa real de apenas 0.1%!
(...)Por outro lado, quem tiver um depósito a prazo a receber 2% de juro está a perder em termos reais 0.6%.
-
Visitante
Concordo com o Touro. A grande "fatia" do endividamento é para a habitação, logo, é "investimento". Se as coisas derem para o torno, sempre temos a possibilidade de vender a habitação, com a possibilidade de alguma mais-valia, por mais pequena que seja.
O contrário é o arrendamento, ou seja, dar dinheiro a outros, sem hipotese algum de recuperação do dinheiro pago.
Eu, da minha parte, comprei em dezembro passado, um apartamento por cerca de 160 mil euros. Para "protecção" minha, estou a "pagar" as prestações a uma taxa euribor 6M + 1.75%, quando o spread contratado foi de 0.75%. O que me leva a separar cerca de 95 euros mensais a mais, que no final do ano, junto com as poupanças-habitação, servirão para abater no capital em divida.
Por isso, como estou "imune" a uma subida das taxas (subidas até 1%), estou "calmo e tranquilo".
O contrário é o arrendamento, ou seja, dar dinheiro a outros, sem hipotese algum de recuperação do dinheiro pago.
Eu, da minha parte, comprei em dezembro passado, um apartamento por cerca de 160 mil euros. Para "protecção" minha, estou a "pagar" as prestações a uma taxa euribor 6M + 1.75%, quando o spread contratado foi de 0.75%. O que me leva a separar cerca de 95 euros mensais a mais, que no final do ano, junto com as poupanças-habitação, servirão para abater no capital em divida.
Por isso, como estou "imune" a uma subida das taxas (subidas até 1%), estou "calmo e tranquilo".
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Visitante
Não concordo. Grande parte do endividamento foi para bens duradouros (onde está à cabeça a habitação) e portanto o dinheiro foi investido em património.
Não tenho os números, mas para além de ter a ideia que não estamos assim tão mal em termos de endividamento geral relativamente à média europeia, grande parte desse endividamento foi investido.
Eu ficaria preocupado é se os portugueses não aproveitassem estes níveis tão baixos das taxas de juro. Devemos considerar o endividamento como algo positivo.
Depois há outra questão que as pessoas confundem e que eu queria esclarecer. Quando se fala em aumento de taxas, pensa-se que as taxas vão para os níveis dos 2 dígitos. Nada mais errado do que isso, as variações de taxas vão ser numa banda muito estreita e, mesmo com os aumentos, as taxas de juro vão permanecer baixas.
Estes níveis, considerados por muitos demasiadamente baixos, não podem permanecer, pois originam taxas reais próximas de zero, ou até mesmo negativas. Reparem: quem tiver um empréstimo à taxa Euribor + 0.5%, condiderando a inflacção média de 2,6%, está a pagar uma taxa real de apenas 0.1%!
Por outro lado, quem tiver um depósito a prazo a receber 2% de juro está a perder em termos reais 0.6%.
Não tenho os números, mas para além de ter a ideia que não estamos assim tão mal em termos de endividamento geral relativamente à média europeia, grande parte desse endividamento foi investido.
Eu ficaria preocupado é se os portugueses não aproveitassem estes níveis tão baixos das taxas de juro. Devemos considerar o endividamento como algo positivo.
Depois há outra questão que as pessoas confundem e que eu queria esclarecer. Quando se fala em aumento de taxas, pensa-se que as taxas vão para os níveis dos 2 dígitos. Nada mais errado do que isso, as variações de taxas vão ser numa banda muito estreita e, mesmo com os aumentos, as taxas de juro vão permanecer baixas.
Estes níveis, considerados por muitos demasiadamente baixos, não podem permanecer, pois originam taxas reais próximas de zero, ou até mesmo negativas. Reparem: quem tiver um empréstimo à taxa Euribor + 0.5%, condiderando a inflacção média de 2,6%, está a pagar uma taxa real de apenas 0.1%!
Por outro lado, quem tiver um depósito a prazo a receber 2% de juro está a perder em termos reais 0.6%.
Cumprimentos,
Touro
Touro
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bomba relogio
O xico tem razão.
Quanto aos portugueses, vão-se lixar fortemente com este nível de endividamento, assim que as taxas de juro começarem a subir.
É só uma questão de tempo. É uma bomba-relógio.
Quanto aos portugueses, vão-se lixar fortemente com este nível de endividamento, assim que as taxas de juro começarem a subir.
É só uma questão de tempo. É uma bomba-relógio.
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Visitante
É tema para o Sociólogos, mas aquando da notícia do aumento da percentagem dos milionários em Portugal, eu estou plenamente de acordo com o Dj, estamos a ficar como o Brasil, os ricos + ricos e os pobres+ pobres e classe média neste !!!
Eu incluído
Eu incluído

Xico
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Pois ,pois , o pior é quando elas ( as taxas ) aumentarem ,aí quero ver .
Não tem emenda ,isto tem mesmo que bater no fundo e vai é só uma questão de tempo .
Depois andam para aí a dizer que isto está mal??? está é muito bom
Cmpts
Não tem emenda ,isto tem mesmo que bater no fundo e vai é só uma questão de tempo .
Depois andam para aí a dizer que isto está mal??? está é muito bom

Cmpts
grão a grão enche a galinha o papo
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Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim...
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Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim...
Banco de Portugal alerta
Banco de Portugal alerta
Portugueses continuam pedir mais empréstimos para habitação e consumo
O crédito a particulares aumentou10,1% em Abril, uma taxa de crescimento que o Banco de Portugal considera elevada. O crédito concedido para aquisição de habitação e para o consumo mantiveram o ritmo de crescimento, com os portugueses a aproveitarem a descida das taxas de juro.
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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt
O crédito a particulares aumentou10,1% em Abril, uma taxa de crescimento que o Banco de Portugal considera elevada. O crédito concedido para aquisição de habitação e para o consumo mantiveram o ritmo de crescimento, com os portugueses a aproveitarem a descida das taxas de juro.
Nos indicadores de Conjuntura de Maio deste ano o Banco de Portugal diz que ao contrário do crédito ao sector privado não financeiro, «os empréstimos a particulares continuaram a apresentar uma taxa de crescimento elevada, de 10,1%, após 9,9% em Março».
O banco central português explica que «esta evolução foi determinada, principalmente, pelo crédito bancário concedido para aquisição de habitação, cuja taxa de variação anual foi de 12%, em Abril, 0,2 pontos percentuais acima do valor do mês anterior.
O crédito à habitação tinha crescido 11,8% em Março e 11,6% em Fevereiro, apesar da situação de fraca actividade económica que se vice em Portugal.
A instituição liderada por Vitor Constâncio já tinha alertado, o mês passado, que o crédito aos particulares estava a aumentar a taxas elevadas em Março, situação que acabou por se agravar no mês posterior.
Em Abril o crédito para consumo e outros fins manteve o ritmo de crescimento do mês precedente, com uma subida de 3,3%.
A explicar esta situação de os portugueses continuarem a pedir mais empréstimos à banca estará o facto de as taxas de juro continuarem a baixar, apesar de as perspectivas apontarem agora para uma subida na taxa de referência do Banco Central Europeu e a Euribor estar em trajectória ascendente.
Segundo o Banco de Portugal a taxa de juro média sobre os saldos de operações bancárias diminuiu em todos os segmentos de actividade.
No caso dos empréstimos a taxa de juro média era no final de Abril 7 pontos base inferior ao valor de Março quer no segmento relativo a sociedades não financeiras quer no de empréstimos a particulares destinados a outras finalidades que não aquisição de habitação.
No caso do crédito à habitação, a taxa sobre saldos reduziu-se 3 pontos base face ao final de Março. Também a taxa média sobre saldos de depósitos a prazo era, no final de Abril, 3 pontos base inferior à do mês anterior, de acordo com o Banco de Portugal.
Portugueses continuam pedir mais empréstimos para habitação e consumo
O crédito a particulares aumentou10,1% em Abril, uma taxa de crescimento que o Banco de Portugal considera elevada. O crédito concedido para aquisição de habitação e para o consumo mantiveram o ritmo de crescimento, com os portugueses a aproveitarem a descida das taxas de juro.
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Nuno Carregueiro
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O crédito a particulares aumentou10,1% em Abril, uma taxa de crescimento que o Banco de Portugal considera elevada. O crédito concedido para aquisição de habitação e para o consumo mantiveram o ritmo de crescimento, com os portugueses a aproveitarem a descida das taxas de juro.
Nos indicadores de Conjuntura de Maio deste ano o Banco de Portugal diz que ao contrário do crédito ao sector privado não financeiro, «os empréstimos a particulares continuaram a apresentar uma taxa de crescimento elevada, de 10,1%, após 9,9% em Março».
O banco central português explica que «esta evolução foi determinada, principalmente, pelo crédito bancário concedido para aquisição de habitação, cuja taxa de variação anual foi de 12%, em Abril, 0,2 pontos percentuais acima do valor do mês anterior.
O crédito à habitação tinha crescido 11,8% em Março e 11,6% em Fevereiro, apesar da situação de fraca actividade económica que se vice em Portugal.
A instituição liderada por Vitor Constâncio já tinha alertado, o mês passado, que o crédito aos particulares estava a aumentar a taxas elevadas em Março, situação que acabou por se agravar no mês posterior.
Em Abril o crédito para consumo e outros fins manteve o ritmo de crescimento do mês precedente, com uma subida de 3,3%.
A explicar esta situação de os portugueses continuarem a pedir mais empréstimos à banca estará o facto de as taxas de juro continuarem a baixar, apesar de as perspectivas apontarem agora para uma subida na taxa de referência do Banco Central Europeu e a Euribor estar em trajectória ascendente.
Segundo o Banco de Portugal a taxa de juro média sobre os saldos de operações bancárias diminuiu em todos os segmentos de actividade.
No caso dos empréstimos a taxa de juro média era no final de Abril 7 pontos base inferior ao valor de Março quer no segmento relativo a sociedades não financeiras quer no de empréstimos a particulares destinados a outras finalidades que não aquisição de habitação.
No caso do crédito à habitação, a taxa sobre saldos reduziu-se 3 pontos base face ao final de Março. Também a taxa média sobre saldos de depósitos a prazo era, no final de Abril, 3 pontos base inferior à do mês anterior, de acordo com o Banco de Portugal.
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