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Ameaça de concorrência na banda larga reduz avaliação da PT

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Ameaça de concorrência na banda larga reduz avaliação da PT

por TRSM » 2/6/2004 16:35

Ameaça de concorrência na banda larga reduz avaliação da PT
A avaliação das acções da Portugal Telecom (PT) foi revista em baixa pela Morgan Stanley, que desceu o preço alvo dos anteriores 10 euros para os actuais 9,3 euros, considerando Portugal como um dos países europeus onde o risco de concorrência no segmento de banda larga é maior.

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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt


A avaliação das acções da Portugal Telecom (PT) foi revista em baixa pela Morgan Stanley, que desceu o preço alvo dos anteriores 10 euros para os actuais 9,3 euros, considerando Portugal como um dos países europeus onde o risco de concorrência no segmento de banda larga é maior.

A descida de 7% na avaliação da operadora de telecomunicações foi essencialmente motivada pelo risco de uma maior concorrência de derivante da liberalização no mercado de Internet de banda larga, um serviço que em Portugal é fornecido pela tecnologia ADSL (que usa as linhas telefónica convencionais) ou através da rede de cabo.

Num estudo emitido hoje sobre as operadoras e telecomunicações na Europa, a equipa liderada por Paul Marsch publica uma lista dos países onde o risco de uma maior concorrência neste segmento de mercado é maior. Portugal é o terceiro na classificação, só ultrapassado pela Bélgica e pela Espanha.

Actualmente, a PT [Cot] «tem uma maior quota de mercado face às congéneres na Europa em virtude do arranque tardio na liberalização do mercado», conseguindo conservar 94% do mercado, com a perda de quota a não exceder os 15% a 20% estimados pela Morgan Stanley.


A casa de investimento avança que a liberalização do mercado de banda larga necessita ainda de «algum estímulo por parte da entidade reguladora. Consideramos que Portugal tem um atraso em termos de ameaça competitiva», esperando que o impacto total da liberalização da banda larga e do VoIP (Voice over Internet Protocol) se faça sentir apenas em 2009/10.

Este atraso face aos restantes países na Europa torna Portugal, segundo Paul Marsch, numa atracção para novos concorrentes. No entanto, a Morgan Stanley desvenda um ponto a favor da PT.

A operadora nacional (através da participação de 54% na PT Multimédia) controla 80% da rede de TV por Cabo em Portugal, um factor que poderá reduzir o impacto da ameaça de uma concorrência mais feroz no fornecimento de banda larga através da tecnologia DLS. e do VoIP através do cabo.

Logo, a maior perda de quota de mercado na banda larga deverá, segundo a Morgan Stanley, derivar das ofertas dos serviços DLS e não pela via do cabo.

No mesmo estudo, a Morgan Stanley reviu em baixa a estimativa para a taxa de penetração da banda larga em Portugal de 60% para 50% até 2010.

A Anacom anunciou em Março que o número de clientes de Internet por banda larga em Portugal chegou ao meio milhão no final do ano passado, valor que representa uma taxa de penetração de 5% e que quase duplica o registado em 2002.

As acções da Portugal Telecom seguiam a subir 0,72% para os 8,36 euros
 
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