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Caldeirão da Bolsa

A mudança para o «traders’» market

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por JN » 24/5/2004 14:47

é caso para dizer, mais vale tarde do que nunca :lol:
Um abraço
JN
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A mudança para o «traders’» market

por TRSM » 24/5/2004 14:37

A mudança para o «traders’» market
--------------------------------------------------------José Martins Soares------------------------


Até há bem pouco tempo, os mercados apresentavam subidas contínuas com o optimismo a regressar após três anos de um esvaziamento da bolha tecnológica que rapidamente se alastrou a todos os sectores e que teimava em parar.
Até há bem pouco tempo, os mercados apresentavam subidas contínuas com o optimismo a regressar após três anos de um esvaziamento da bolha tecnológica que rapidamente se alastrou a todos os sectores e que teimava em parar. As fusões e aquisições começaram a tornar-se mais frequentes, a Europa e os EUA ameaçavam sair da recessão ou fraco período de crescimento – o que ainda acontece. Desde Fevereiro do ano passado, ponto mínimo destes últimos anos de muitas bolsas mundiais, índices como o Nasdaq ou o PSI-20 valorizaram 44% e 38,97% cada um. No mercado encontravam-se os grandes compradores, como os fundos de investimento mobiliário ou os fundos de pensões. Verificava-se o que se chama o «buyers’ market», ou seja, o mercado dos compradores.

O fim do «buyers’» market

Hoje em dia, o «momentum» é diferente. Passámos de um «buyers’ market» para um «traders’ market». Os grandes compradores já tomaram as suas posições e o movimento geral de subida dos mercados accionistas tem vindo a estagnar. Desde 11 de Março, o Dow Jones cedeu 1,58% e o alemão DAX recuou 1,87%. O principal índice nacional já se encontra nos níveis de meados de Fevereiro, tendo desvalorizado 4,52% desde o atentado que fez mais de 100 mortos. Desde o início do ano, o PSI-20 acumula um ganho de 7,5%, já longe dos 17,86% alcançados até 8 de Março, o ponto mais alto do ano, dia em que atingiu os 7.952,52 pontos. As maiores incertezas vêm da frente macroeconómica: uma retoma global que demorou a arrancar vê agora mais complicado um verdadeiro «take-off». A escalada do petróleo levou o ouro negro acima dos 40 dólares, um fenómeno que já se começa a repercutir na vida dos cidadãos, com os preços dos combustíveis a subir mais de uma vez por semana. Os alertas não páram e a iminência de um choque pode condicionar a evolução da economia mundial. A culminar estes fenómenos, a ameaça do terrorismo continua a confirmar-se, com os sucessivos alertas dos Governos, num ano em que Portugal é palco de dois grandes eventos à escala mundial. Neste contexto, para aqueles que querem olhar para o longo prazo, começam a surgir oportunidades de encontrar valor no mercado. Para esses, deveria uma maior apetência para empresas de qualidade, independemente do sector. Empresa em sectores importantes, com boa posição no mercado em que actuam, com potencial de revisões em alta dos seus resultados. No curto prazo, é natural que, num «traders’» market, a apetência seja por papéis mais líquidos, cuja avaliação seja interessante. Como são os casos da PT e EDP.

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