Saiba como fazer arbitragem entre as acções e os direitos da
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Saiba como fazer arbitragem entre as acções e os direitos da
Saiba como fazer arbitragem entre as acções e os direitos da ParaRede
A ParaRede começou hoje a negociar direitos do aumento de capital. O Canal de Negócios fez os cálculos para o valor teórico dos direitos, e mostra como se pode lucrar aproveitando os desequilíbrios momentâneos. A quantidade negociada terá de ter uma dimensão suficiente para cobrir os custos da operação que poderão ascender a mais de oito euros.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
A ParaRede começou hoje a negociar direitos do aumento de capital. O Canal de Negócios fez os cálculos para o valor teórico dos direitos, e mostra como se pode lucrar aproveitando os desequilíbrios momentâneos. A quantidade negociada terá de ter uma dimensão suficiente para cobrir os custos da operação que poderão ascender a mais de oito euros.
A ParaRede [Cot] começou hoje a negociar em bolsa os direitos relativos ao aumento de capital, sendo que a negociação em bolsa far-se-á até ao próximo dia 1 de Junho.
O período para o exercício dos direitos de subscrição da ParaRede também teve início hoje, estendendo-se até ao dia 7 de Junho. As acções da empresa liderada por Paulo Ramos começaram no passado dia 19 de Maio a negociar destacadas dos direitos de subscrição, tendo o papel na altura sofrido um ajuste técnico de dois cêntimos.
A negociação dos direitos insere-se num reforço de capital da ParaRede, no âmbito da realização de uma operação harmónio. Depois de reduzir o capital em 43,8 milhões de euros, a empresa aumentará o capital social de 21,9 para 30 milhões de euros, através da emissão de um total de 81 milhões de novas acções.
As acções serão emitidas a 0,30 euros, permitindo à empresa um encaixe de 23,3 milhões de euros, já que a subscrição total está garantida, depois do Banco Espírito Santo ter tomado firme a operação.
Por cada acção, os accionistas da ParaRede recebem um direito, que permite subscrever 0,3698630137 novas acções. Ou seja, por cada lote de 73 acções detidas, os accionistas têm o direito a subscrever 27 novas acções, mediante o pagamento adicional de 8,1 euros (27 vezes 0,30 euros, que é o preço de subscrição das acções).
Relação de preços
ParaRede Direitos
0,33 0,011
0,34 0,015
0,35 0,018
0,36 0,022
0,37 0,026
0,38 0,030
0,39 0,033
0,40 * 0,037
0,41 0,041
0,42 0,044
0,43 0,048
0,44 0,052
0,45 0,055
* Cotação de fecho sexta-feira
Fonte: Canal de Negócios
Lucro isento de riscos se a operação for simultânea
Na tabela em anexo, o Canal de Negócios apresenta o valor teórico dos direitos [Cot] para várias cotações de mercado da ParaRede. Por exemplo, na sexta-feira, as acções da empresa fecharam nos 0,40 euros. Para esse preço, o valor teórico dos direitos corresponde a 0,037 euros.
Caso o valor teórico dos direitos não esteja em equilíbrio com o valor das acções, os accionistas poderão aproveitar as diferenças de preço para realizar operações de arbitragem.
Esta operação procura tirar proveito de variações na diferença de preços entre dois activos, neste caso acções e direitos, mas para ser eficaz e isenta de risco, a compra de acções (e venda de direitos) ou a venda de acções (e compra dos direitos) terá de ser feita simultaneamente.
Direitos baratos e acções caras ...
Considerando o valor de fecho de sexta-feira (0,40 euros), o valor teórico dos direitos deveria cotar em 0,037 euros. Caso os direitos marcassem, ao invés, 0,030 euros, poderá abrir-se para o investidor uma oportunidade de arbitragem.
Como os direitos estão «baratos», a estratégia passará por comprar direitos e vender acções. No momento inicial, o investidor poderá comprar, por exemplo, 73 direitos (gastando 2,19 euros), e vender 27 acções (encaixando 10,8 euros), ficando com um saldo positivo em carteira de 8,61 euros.
Posteriormente, quando os direitos e as acções regressarem a um ponto qualquer de equilíbrio, o investidor poderá fechar ambas as posições. Considerando que a ParaRede, por exemplo, cai para 0,33 euros, o valor teórico dos direitos ajusta para os 0,011 euros.
Vendendo os 73 direitos, o investidor encaixa 0,81 euros e gasta 8,91 euros na recompra das acções, com um saldo negativo de 8,10 euros. Como no início da operação tinha encaixado 8,61 euros, o lucro final em carteira, sem risco, será de 0,51 euros.
Neste exemplo, no momento inicial, o investidor vendeu acções da ParaRede. Caso não as tenha em carteira, poderá ter de recorrer ao mercado de empréstimos de valores mobiliários, tendo neste caso de se adicionar o custo da taxa Repo até ao momento de venda e entrega das acções.
... acções baratas e direitos caros
Regressando aos teóricos de valores de sexta-feira (ParaRede a 0,40 euros e direitos a 0,037 euros), pode dar-se o caso das acções estarem fora do equilíbrio, a cotar, por exemplo, nos 0,39 euros.
Neste caso, a estratégia será inversa, ou seja, vender 73 direitos (com um encaixe de 2,70 euros) e comprar 27 acções a 0,39 euros (com um custo de 10,53 euros). O saldo inicial será negativo em 7,83 euros. Quando as acções da ParaRede regressarem a um ponto de equilíbrio (por exemplo acções a 0,34 euros e direitos a 0,015 euros), o investidor poderá recomprar os direitos (gastando 1,08 euros) e alienar acções (encaixando 9,18 euros), com um saldo de 8,10 euros. O lucro final queda-se em 0,27 euros.
Acções da ParaRede em seis meses
Nem todas as quantidades justificam fazer arbitragem
Em ambos os exemplos, estamos a ignorar o facto do investidor ter de pagar ao intermediário financeiro um custo para introduzir as ordens. Note-se que o novo tarifário da Euronext Lisbon penaliza as transacções em pequenas quantidades.
Considerando que o «broker» adoptou o preçário de transição (não se paga a introdução de ordens e o custo por negócio é de 2 euros) e que cobra ao investidor o mesmo valor, este gastará um total de 8 euros para abrir e fechar as posições em acções e direitos.
Logo, o lucro com a operação de arbitragem terá ser, pelo menos, superior aos 8 euros. No primeiro exemplo apresentado (em que o investidor obtinha lucros de 0,51 euros), este terá de negociar mais de 1.145 direitos (e 424 acções) para cobrir o custo de 8 euros. No segundo exemplo (em que obtinha um lucro de 0,27 euros), o investidor terá de transaccionar 2.163 direitos e 800 acções da ParaRede.
Segundo a Euronext Lisbon, o custo médio unitário para negociar acções em bolsa, até ao final de Fevereiro, era de 1,91 euros. Note-se que os intermediários que não aderiram pelo pacote de transição terão de suportar, adicionalmente, um custo de 0,30 euros pela inserção das ordens no sistema.
As acções da ParaRede negociavam hoje em queda de 2,63% para 0,37 euros, com 2,76 milhões de títulos movimentados. Os direitos cotavam em 0,02 euros, tendo passado pelo mercado 3,7 milhões de direitos
A ParaRede começou hoje a negociar direitos do aumento de capital. O Canal de Negócios fez os cálculos para o valor teórico dos direitos, e mostra como se pode lucrar aproveitando os desequilíbrios momentâneos. A quantidade negociada terá de ter uma dimensão suficiente para cobrir os custos da operação que poderão ascender a mais de oito euros.
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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt
A ParaRede começou hoje a negociar direitos do aumento de capital. O Canal de Negócios fez os cálculos para o valor teórico dos direitos, e mostra como se pode lucrar aproveitando os desequilíbrios momentâneos. A quantidade negociada terá de ter uma dimensão suficiente para cobrir os custos da operação que poderão ascender a mais de oito euros.
A ParaRede [Cot] começou hoje a negociar em bolsa os direitos relativos ao aumento de capital, sendo que a negociação em bolsa far-se-á até ao próximo dia 1 de Junho.
O período para o exercício dos direitos de subscrição da ParaRede também teve início hoje, estendendo-se até ao dia 7 de Junho. As acções da empresa liderada por Paulo Ramos começaram no passado dia 19 de Maio a negociar destacadas dos direitos de subscrição, tendo o papel na altura sofrido um ajuste técnico de dois cêntimos.
A negociação dos direitos insere-se num reforço de capital da ParaRede, no âmbito da realização de uma operação harmónio. Depois de reduzir o capital em 43,8 milhões de euros, a empresa aumentará o capital social de 21,9 para 30 milhões de euros, através da emissão de um total de 81 milhões de novas acções.
As acções serão emitidas a 0,30 euros, permitindo à empresa um encaixe de 23,3 milhões de euros, já que a subscrição total está garantida, depois do Banco Espírito Santo ter tomado firme a operação.
Por cada acção, os accionistas da ParaRede recebem um direito, que permite subscrever 0,3698630137 novas acções. Ou seja, por cada lote de 73 acções detidas, os accionistas têm o direito a subscrever 27 novas acções, mediante o pagamento adicional de 8,1 euros (27 vezes 0,30 euros, que é o preço de subscrição das acções).
Relação de preços
ParaRede Direitos
0,33 0,011
0,34 0,015
0,35 0,018
0,36 0,022
0,37 0,026
0,38 0,030
0,39 0,033
0,40 * 0,037
0,41 0,041
0,42 0,044
0,43 0,048
0,44 0,052
0,45 0,055
* Cotação de fecho sexta-feira
Fonte: Canal de Negócios
Lucro isento de riscos se a operação for simultânea
Na tabela em anexo, o Canal de Negócios apresenta o valor teórico dos direitos [Cot] para várias cotações de mercado da ParaRede. Por exemplo, na sexta-feira, as acções da empresa fecharam nos 0,40 euros. Para esse preço, o valor teórico dos direitos corresponde a 0,037 euros.
Caso o valor teórico dos direitos não esteja em equilíbrio com o valor das acções, os accionistas poderão aproveitar as diferenças de preço para realizar operações de arbitragem.
Esta operação procura tirar proveito de variações na diferença de preços entre dois activos, neste caso acções e direitos, mas para ser eficaz e isenta de risco, a compra de acções (e venda de direitos) ou a venda de acções (e compra dos direitos) terá de ser feita simultaneamente.
Direitos baratos e acções caras ...
Considerando o valor de fecho de sexta-feira (0,40 euros), o valor teórico dos direitos deveria cotar em 0,037 euros. Caso os direitos marcassem, ao invés, 0,030 euros, poderá abrir-se para o investidor uma oportunidade de arbitragem.
Como os direitos estão «baratos», a estratégia passará por comprar direitos e vender acções. No momento inicial, o investidor poderá comprar, por exemplo, 73 direitos (gastando 2,19 euros), e vender 27 acções (encaixando 10,8 euros), ficando com um saldo positivo em carteira de 8,61 euros.
Posteriormente, quando os direitos e as acções regressarem a um ponto qualquer de equilíbrio, o investidor poderá fechar ambas as posições. Considerando que a ParaRede, por exemplo, cai para 0,33 euros, o valor teórico dos direitos ajusta para os 0,011 euros.
Vendendo os 73 direitos, o investidor encaixa 0,81 euros e gasta 8,91 euros na recompra das acções, com um saldo negativo de 8,10 euros. Como no início da operação tinha encaixado 8,61 euros, o lucro final em carteira, sem risco, será de 0,51 euros.
Neste exemplo, no momento inicial, o investidor vendeu acções da ParaRede. Caso não as tenha em carteira, poderá ter de recorrer ao mercado de empréstimos de valores mobiliários, tendo neste caso de se adicionar o custo da taxa Repo até ao momento de venda e entrega das acções.
... acções baratas e direitos caros
Regressando aos teóricos de valores de sexta-feira (ParaRede a 0,40 euros e direitos a 0,037 euros), pode dar-se o caso das acções estarem fora do equilíbrio, a cotar, por exemplo, nos 0,39 euros.
Neste caso, a estratégia será inversa, ou seja, vender 73 direitos (com um encaixe de 2,70 euros) e comprar 27 acções a 0,39 euros (com um custo de 10,53 euros). O saldo inicial será negativo em 7,83 euros. Quando as acções da ParaRede regressarem a um ponto de equilíbrio (por exemplo acções a 0,34 euros e direitos a 0,015 euros), o investidor poderá recomprar os direitos (gastando 1,08 euros) e alienar acções (encaixando 9,18 euros), com um saldo de 8,10 euros. O lucro final queda-se em 0,27 euros.
Acções da ParaRede em seis meses
Nem todas as quantidades justificam fazer arbitragem
Em ambos os exemplos, estamos a ignorar o facto do investidor ter de pagar ao intermediário financeiro um custo para introduzir as ordens. Note-se que o novo tarifário da Euronext Lisbon penaliza as transacções em pequenas quantidades.
Considerando que o «broker» adoptou o preçário de transição (não se paga a introdução de ordens e o custo por negócio é de 2 euros) e que cobra ao investidor o mesmo valor, este gastará um total de 8 euros para abrir e fechar as posições em acções e direitos.
Logo, o lucro com a operação de arbitragem terá ser, pelo menos, superior aos 8 euros. No primeiro exemplo apresentado (em que o investidor obtinha lucros de 0,51 euros), este terá de negociar mais de 1.145 direitos (e 424 acções) para cobrir o custo de 8 euros. No segundo exemplo (em que obtinha um lucro de 0,27 euros), o investidor terá de transaccionar 2.163 direitos e 800 acções da ParaRede.
Segundo a Euronext Lisbon, o custo médio unitário para negociar acções em bolsa, até ao final de Fevereiro, era de 1,91 euros. Note-se que os intermediários que não aderiram pelo pacote de transição terão de suportar, adicionalmente, um custo de 0,30 euros pela inserção das ordens no sistema.
As acções da ParaRede negociavam hoje em queda de 2,63% para 0,37 euros, com 2,76 milhões de títulos movimentados. Os direitos cotavam em 0,02 euros, tendo passado pelo mercado 3,7 milhões de direitos
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