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Empresas e Est. têm cooperar para centros decisão-Pres. BCP

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Empresas e Est. têm cooperar para centros decisão-Pres. BCP

por Not » 20/5/2004 18:08

Empresas e Estado têm cooperar para centros decisão-Pres. BCP

20/05/2004 17:55

LISBOA, 20 Mai (Reuters) - As empresas nacionais e o próprio Estado devem encetar estratégias de cooperação de interesses para manter os centros de decisão nacional em Portugal, essencial para o país se afirmar no exterior e ter coesão económica e social, disse Jorge Jardim Gonçalves.

O presidente do Banco Comercial Português (BCP) referiu que o país deveria "privatizar devagar, de maneira a que a capacidade nacional possa acudir" a esses processos, defendendo regras claras de Governance no país, com estabilidade de regras e "um gradualismo sensato em relação às empresas a privatizar".

Contudo, Jardim Gonçalves não se referiu especificamente ao processo de venda de uma posição mínima de 33,34 pct da Galp por parte da Parpublica, processo em que é 'adviser' do grupo nacional José de Mello que é um dos concorrentes.

Tão pouco se referiu à futura nova fase de privatização da EDP-Electricidade de Portugal , empresa em que o BCP detém cinco pct, bem como, não fez qualquer referência à eventual venda de parte da sua subsidiária Seguros e Pensões (SeP) à estatal Caixa Geral de Depósitos (CGD).

"Revela-se de fundamental importância a atracção e a preservação de centros de competência e dos centros de decisão (...) a manutenção dos centros de decisão nacionais dependerá da capacidade de cooperação dos interesses nacionais, incluindo o próprio Estado", disse na XVII Conferência do Semanário Económico.

Explicou que tal "dependerá sobretudo da existência da capacidade de gestão e de cooperação da comunidade empresarial portuguesa no sentido de mobilizar vontades e recursos para a preservação sob controlo nacional de sectores de actividade considerados estratégicos".

"A preservação de centros de decisão nacionais é essencial para o que o país adquira capacidades para defender os seus interesses no plano externo e para que se fortaleça a sua coesão económica e social", afirmou Jardim Gonçalves.

Lembrou o "crucial contributo para a preservação de capacidade de investimento nacional, para a manutenção de centros de competência e de actividades de valor acrescentado", bem como, o assegurar "a oferta de emprego qualificado, a difusão do saber e do conhecimento e o reforço da dinâmica económica e social regional. Jardim Gonçalves frisou que a existência ou não de centros de decisão nacionais influencia "onde se investe, quem se forma, quem gere, onde se investiga".

Acrescentou que Portugal não tem alternativa que não seja a União Europeia, adiantando: "para sermos alguém dentro da Europa, temos de ter uma economia clara de mercado e ter uma capacidade de gerir empresas de modo a atrair investimento de institucionais".

"Mas, não é atrair o investimento estratégico institucional (...) é atrair investidores institucionais, as companhias de seguros, os fundos de investimento", conclui.


((---Sérgio Gonçalves, Lisboa Editorial, 351-21-3509204 lisbon.newsroom@reuters.com; Reuters Messaging: sergio.goncalves.reuters.com@reuters.net))
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