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Caldeirão da Bolsa

Sociedade: Novo Código da Estrada tem multas a doer

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por zé povinho » 7/5/2004 20:02

Alex

foi o que foi afirmado no programa que referi num post anterior, sobre as auto estradas alemãs.

nunca conduzi por lá, o erro é do Canal História que divulga coisas sem as confirmar.
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por Thomas Hobbes » 7/5/2004 17:05

Ming Escreveu:
Alías, isso parece-me compreensível, visto que quem toma as decisões sobre as regras do código e as respectivas punições circula pelas estradas no banco de trás de bons carros, conduzidos por chofer, frequentemente com batedores da polícia à frente (e em qualquer caso as regras de transito não se lhes aplicam...).


Isso não justifica carta branca para qualquer cidadão violar o código da estrada :!:

Pena que em Portugal a mentalidade das classes sociais ainda estar tão viva.

Já que primeiro temos os doutores, engenheiros arquitectos e afins e depois temos o pessoal do povo....... :evil:
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O problema é...

por Visitante » 7/5/2004 14:05

...que isto não é uma pena temporária, é definitiva e um dia vamos sentir a sua injustiça.
Visitante
 

por Ming » 7/5/2004 14:01

O pessoal so aprende a levar porrada.

Acho que sim, porrada no pessoal, então.

Até podem condenar a uns valentes anos de prisão quem ultrapassar os 120 km/h nas autoestradas, ou for apanhado a falar ao telemóvel, etc..
Alías, isso parece-me compreensível, visto que quem toma as decisões sobre as regras do código e as respectivas punições circula pelas estradas no banco de trás de bons carros, conduzidos por chofer, frequentemente com batedores da polícia à frente (e em qualquer caso as regras de transito não se lhes aplicam...).
Earthlings? Bah!
 
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por Visitante » 7/5/2004 13:44

O pessoal so aprende a levar porrada.

Pena é que vai haver alguns senhores da nosa praça que não lhes vai acontecer nada
Visitante
 

...

por Negocios Mendes » 7/5/2004 12:56

Zé Povinho,

nao, nao é perseguicao...

Só para dizer que o valor das multas na Alemanha sao fixas e nao dependem do rendimento de cada um como antes disseste.

O que depende do rendimento de uma pessoa é a indemnizacao que o culpado de um acidente tem de dar ao inocente(s) desse mesmo acidente.

Cumprimentos,
Alex Tomás
Negocios Mendes
 

por Incognitus » 7/5/2004 11:53

Continuo a dizer que se o sistema não permitir velocidades acima das legais "by design", pelo menos o excesso de velocidade (acima do legal) deixa de existir. Isso faz-se mais facilmente se o carro não ultrapassar a velocidade X consoante o local, do que com milhões de campanhas e controlos e leis a dizer ao condutor para não ultrapassar essa velocidade.

E se calhar, até podiamos ter limites ligeiramente mais elevados se isto fosse implementado.

Volto a dizer, a tecnologia para o fazer é relativamente acessível, e podia até ser imposta a quem quisesse vender autos em portugal. Com a substituição do parque automóvel ao longo do tempo, estava este problema resolvido.

O problema que não estava resolvido, é que tb existe muita gente a conduzir muito mal, a fazer manobras muito perigosas, e a conduzir demasiado devagar.
 
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por Thomas Hobbes » 7/5/2004 11:47

Não querendo fugir à questão, mas ainda se lembram do episódio da garrafa de vidro do Sr. Sousa Cintra, aquando de uma entrevista de rádio?

Ou então do caso doa Mulher do Sr. Major Valentim Loureiro?

Estes episódios só vieram demonstrar que Às vezes quem conduz carros topo de gama é pior de quem conduz carros da "tanga"
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por zé povinho » 7/5/2004 11:36

Pata

por isso, numa intervenção neste tópico, aplaudi as medidas contra o desrespeito dos peões.

mas por cá, e sempre que os "especialistas" abordam a questão do trânsito a 1ª coisa que vem à baila são os limites de velocidade, e aquilo que quase sempre surge como 1ª causa dos acidentes: a velocidade excessiva.

parecendo a mesma coisa, são bem diferentes.
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por Pata-Hari » 7/5/2004 11:23

zé povinho, se calhar a ideia é diminuir a mortalidade, acima de diminuir os acidentes. É que a mortalidade diminui com a diminuição de velocidade, apesar do número de acidentes até poder nem diminuir. Além do mais, se calhar as medidas a tomar são mais importantes em tudo o que diz respeito a condução em aglomerados já que aparentemente a mortalidade nos acidentes em grande parte é feita por atropelamento (que não existe certamente em autoestada, certo?).
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por zé povinho » 7/5/2004 11:11

o que percebi sobre a Auto Van e o baixo indice de sinistralidade tem a ver com:

projecto e construção de muita qualidade
manutenção impecável e constante
vigilância permanente, com especial atenção em duas manobras perigosas:
-ultrapassar pela direita
-perseguidores

na Alemanha as multas também depemdem do rendimento de cada um.
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por DGCI » 7/5/2004 10:47

Mas acham razoavel, por a pessoa se esquecer dos documentos no outro casaco ter uma multa do montante acima referido... é de loucos!!!
Comigo, o vosso dinheiro está em boas mãos... hehehehehe!!!!
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por Pata-Hari » 7/5/2004 10:39

Hobbes, mas essa educação cívica é feita à custa das penalidades e da noção de que as faltas e incumprimentos são levadas a sério e punidas exemplarmente. Um finlandês sabe que vai para à cadeia se é apanhado a conduzir bebado e sabe que os controles são feitos em qualquer lugar e a qualquer momento. A maior parte dos finlandeses que conheço, na finlandia, quando vão jantar fora vão de taxi para poderem beber vinho ao jantar já que os riscos de serem apanhados a conduzir com alguma alcool no sangue, são enormes e severamente punidos. Uma vez assiti a todos os carros numa estrada serem parados e os condutores serem feitos soprar nos balões a meio de uma tarde de domingo, por volta das três da tarde. Ora diz lá se não é desmotivador de transgressão...

O mesmo para os excessos de velocidade que são extremamente controlados e sempre. Agora coloca um condutor finlandês em portugal e vê se a educação cívica não desaparece logo. Ou guia igual a um português ou é incapaz de se meter no transito e guiar no meio do caos.

A educação cívica faz-se com penalidades. É triste, mas a natureza humana é assim. Se não há penalidades, não se aprende a não transgredir. A desculpa de que a lei é parva e portanto não se cumpre, não faz qualquer sentido. Se a lei é parva, faz-se por que seja alterada, não se transgride.
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por zé povinho » 7/5/2004 10:17

neste momento o Canal História está a passar uma reportagem sobre a Auto Van, onde não existem limites de velocidade

e o estudo conclui que é das auto estradas onde há menos acidentes

porquê é o que vou tentar perceber.
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Pata...

por Thomas Hobbes » 7/5/2004 9:57

Bom dia,

Concordo consigo, que os condutores dos paises nórdicos têm um cuidado enorme a conduzir, mas isso como nós sabemos tem apenas a ver com a educação civica que eles têm.

Temos que admitir que educação civica é o que mais falta no nosso pais.
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por Pata-Hari » 7/5/2004 9:51

"Em Portugal até se podia implementar a indexação do valor das multas ao dos rendimentos (como nos paises nórdicos), mas neste caso tenho a impressão que os condutores de carros de alta cilindrada ainda iriam receber subsidios para as multas de trânsito" Granto-te que por lá os condutores têm um cuidado ENORME e sim, isso tem um efeito psicológico enorme!!

Agora, o mesmissimo condutor mudado para um país como portugal, tem o mesmo ou quase o mesmo comportamento que um português. Ou então recusa-se a guiar.
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Só mais uma achega...

por Thomas Hobbes » 7/5/2004 9:44

Em Portugal até se podia implementar a indexação do valor das multas ao dos rendimentos (como nos paises nórdicos), mas neste caso tenho a impressão que os condutores de carros de alta cilindrada ainda iriam receber subsidios para as multas de trânsito. :mrgreen: :mrgreen:

Agora a sério,

A medida parece-me justa, e fará alguns condutores pensar duas vezes antes de tomarem um conjunto de atitudes.

Penso também que só terá efeitos práticos, quando alguns condutores sofrerem na pele/carteira as ditas multas.

Gostaria de relembrar que a uma maior liberdade implica uma maior responsabilidade, e num pais onde a maioria dos condutores conduz como ladrões de automóveis. Acho que cada um de nós pode tirar as suas conclusões.
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por zé povinho » 7/5/2004 9:37

isso é mais um sinal de que a sociedade portuguesa caminho para condições de país do 3º mundo, com o desaparecimento das classes médias, ou seja o extremar dos níveis sociais.
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por Incognitus » 7/5/2004 9:30

Impressionante ... já sabia que a Mercedes, bem como BWM e Audi, estavam a vender bem, mas de forma nenhuma pensava que a Mercedes tinha vendido mais que a Fiat ...
 
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Bem...

por Visitante » 7/5/2004 0:48

...num país onde no mês de Abril a Mercedes vende 1082 carros e a Fiat vende 886 carros, é perfeitamente legítimo que os nossos governantes nívelem as multas por cima. Eu acho justo.
Visitante
 

A sinistralidade...

por O Rei das Ondas » 6/5/2004 23:05

...entre muintas, têm como base uma principal- A hipoteca do triunvirato.
A Escola ausente
Projecto de sociedade
Realização individual
...
Ausentes estes factores, são coerentes medidas púnitivas, visando tão só, aumento de impostos sob o pretexto sublime da segurança dos cidadãos.
...

R.d.O
 
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por JN » 6/5/2004 22:39

Desculpem-me mas esquecime desta que é a que mais me inrrita :twisted: :twisted: ,

Nos dias de chuva e/ou nevoeiro, muitos, mas mesmo muitos condutores usam os minimos para poupar energia!!! :twisted: :twisted:
Um abraço
JN
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por JN » 6/5/2004 22:35

Não há quem pense neste país?
Somos uma cambada de irracionais?
Os nossos governantes vêm de onde?

Com relação a este tema vou só colocar algumas das irracionalidades que me lembro:

1-Até ha pouco tempo, nao sei se ainda é assim, só pagava multas de transito quem era tótó e não deixava arrastar a sua cobrança por mais de um ano.

2-A sinalização de transito em Portugal é de bradar aos ceus. Se eu fosse cumprir as regras de transito de casa para o emprego teria de ir a 30 Km/h durante mais de 8Km (cerca de 1/3 do precurso)

3-A policia de transito em Portugal só trabalha quando é aprtada (mas será só a policia?) vesaperas de Natal, Férias, etc.

4-Ultimamente tenho ouvido falar em n casos de acidentes em que um dos intervinientes não tinham seguro. Um desses casos pasou-se na minha empresa.

5-Depois de nao sei quantos anos a fazer inspecçoes aos carros é que chegaram à comclusao que afinal seria tambem necessario inspeccionar os condutores.

6-Segundo a minha observação diària em Portugal mais de 50% dos condutores não sabem circular numa rotunda com 2 ou mais faichas, não sabem que numa subida o carro precisa de uma mudança de força, fazem subidas em 5ª a 30Km/h

Vivemos no país do faz-de-conta.
fico-me por aqui
Um abraço
JN
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por Incognitus » 6/5/2004 22:04

A medida de que falo é melhor, porque não exige controlo. O carro só ia até 120 numa zona em que por rádio recebesse o limite 120, só ia até 50 numa zona em que por rádio recebesse o limite 50. É bastante simples de implementar. E se alguém alterasse o seu limitador, a ilegalidade tb seria óbvia, pois num sistema deste tipo a grande maioria dos carros tendem a andar à mesma velocidade (máxima permitida).

De resto, um sistema destes tb diminuiria as diferenças de velocidade entre carros, o que tb é bom do ponto de vista da segurança.
 
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Re:

por Pavel » 6/5/2004 21:34

Sem dúvida Pata, mas pela mesma lógica podemos discutir o limite de 120 e argumentar que se fosse 100 estaríamos todos mais seguros.

Ora, tem que haver razoabilidade nos limites impostos. Tem que haver um ajustamento ao traçado em causa e, quanto a mim, às condições meteorológicas.

E a verdade é esta, por que é que anda quase toda a gente anda pelo menos um pouco acima dos limites em auto-estrada? Porque é seguro. Num bom carro é perfeitamente seguro andar a 140/160. Eu penso que ninguém discutirá isto...

Ora, de acordo com a nossa lei é exactamente o mesmo andar a 160 na auto-estrada ou a 90 dentro de uma localidade. Por exemplo, dentro de uma cidade.

Eu pergunto, acham isto razoável?
Eu acho que não! É irresponsável e em alguns casos criminoso andar a 90 numa localidade. Há peões, podem ocorrer imprevistos. A própria natureza da via cria esses imponderáveis.
Em auto-estrada mtas vezes é seguro andar a 160. Embora também possa não ser seguro: admito que na A1, pelo imenso trânsito que tem, não é seguro.

No entanto o q é q temos?
Mortes por atropelamento, como diz o Thomas, são inúmeras, mas continuarão a ser pq as alterações propostas não combatem esses comportamentos.

A polícia faz controlo de velocidade em IP's ( e bem ) mas sobretudo em auto-estradas, e preocupa-se sobretudo em procurar os sítios onde mesmo o mais cuidadoso pode distrair-se um pouco e facilmente exceder o limite.
Em que medida é q isto contribui para a segurança rodoviária?
Eu acho q contribui muito pouco.

Quanto às multas em relação aos telemóveis, etc, inteiramente de acordo.

Mas que ninguém duvide de uma coisa: a polícia vai continuar ou reforçar o seu habitual comportamento e nem o condutor mais prudente está livre de se ver a pagar umas largas dezenas de contos (mínimo).
 
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