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Caldeirão da Bolsa

Ele há dias assim...

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Mec* » 15/4/2004 14:09

Inflation: not so bad for stocks?

CPI news doesn't exactly have market analysts quaking in their boots about higher rates.
April 14, 2004: 2:59 PM EDT
By Mark Gongloff, CNN/Money senior writer



NEW YORK (CNN/Money) - Inflation. Rising rates. Historically, that's been a lethal combination for stocks. But this time around, investors are seeing the bright side.

On the news Wednesday morning of the surprise gain in the consumer price index (CPI), the market seemed unsure of how to react. Stock prices fell sharply at first, then recovered, then fell again, all in the course of less than an hour of early trading.

At first blush, the negative reaction would seem to be dead on. Higher inflation could be bad news for economic growth if it keeps consumers from spending. If the Federal Reserve raises rates to cool off the economy, that could be bad news for stocks, making financial conditions too tight for comfort. The last time the Fed went on a rate-hiking spree, in 1994, the S&P 500 had a down year.

On the other hand, a jump in inflation could mean that, after years of scary talk about disinflation and deflation, companies are finally getting a taste of pricing power, which could be good news for earnings. If inflation and higher rates are just the smoke that comes from a hot economy, then bring 'em on, some analysts said.

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"Once we get over the shock of the headline, I find it hard to argue that this is a negative," said Phil Dow, equity strategy director at Dain Rauscher Wessels.

"If we have a series of big moves up, that would be a shock to the system," Dow added, "but, considering where are from a historical perspective, they could go up more gradually and not be a terrible headwind for the market."

Sure enough, by mid-day, stocks were moving higher, though they fell again later in the afternoon.

The news was more clearly bad for Treasury bonds, which fell to their lowest levels of the year in early trading. Yields, which move opposite to prices, added to their earlier gains in the month, with the rate on the 10-year note up to to 4.41 percent.

"Where does the bond guy put his money now?" asked John Davidson, president and CEO of PartnerRe Asset Management. "Stocks can absorb inflation more readily than bonds, because you can come through with better pricing power and stronger earnings."

How fast will interest rates rise?
Some economists cautioned not to read too much into one report. Just as they did in March when non-farm payroll growth was far stronger than expected, they warned it was too soon for the Fed to man its battle stations against inflation -- the Fed will need to see at least a few more months of such data to begin that fight.


If payrolls and CPI lose steam -- as some economists think they might in the next couple of months -- then the Fed can be much more gentle about raising rates.

"Right now bonds are reacting, and perhaps overreacting, to employment and CPI," said Dorsey Farr, senior economist and market strategist for Wilmington Trust. "What we will probably see in the next couple of months is that we aren't as close to an interest-rate hike as those two reports might suggest."

Boost for the buck -- for now

For the time being, expectations of higher rates are a definite plus for the dollar, at least. Rising interest rates make U.S. investments more attractive, luring foreign investors to U.S. markets. To get in, they have to pay in greenbacks, so they dump their euros, yen and yuan, making the dollar more dear.



"Today's inflation figures have boosted the dollar across the board on accumulating chances that the Fed will raise interest rates as early as this summer," said Ashraf Laidi, chief currency analyst at MG Financial Group in New York.

Ironically, a strengthening dollar would put the brakes on inflation, giving consumers more buying power. But many analysts still believe the dollar has a ways to fall in the long run, thanks to the massive U.S. trade deficit with the rest of the world. A stronger dollar would slow exports, making that trade gap grow bigger, possibly raising the risk of a precipitous dollar fall.

In the nearer term, Wednesday's CPI report raises the risk -- however slight it may be -- that inflation and interest rates could blaze out of control, which would really put the kibosh on corporate profits, stock prices and the economy.

"I don't think the evidence supports the view that we will get there," said Michael Carty, stock market strategist at New Millennium Advisors. "But it's a situation that bears watching."

Sectors beware ... or don't
Rising rates have certainly got to make investors in rate-sensitive sectors nervous. Such sectors include financials and real estate investment trusts (REITs), which have thrived as rates have been at their lowest in a generation. REIT shares have fallen hard since the March payrolls report.

But they seemed to shrug off the CPI news on Wednesday, suggesting maybe the worst was already over for the sector. The biggest residential REIT, Equity Residential (EQR: Research, Estimates), was actually up by midday, as were other REITs, including Equity Office Properties (EOP: Research, Estimates) and Simon Property Group (SPG: Research, Estimates).

"Everybody has pretty much priced in the reality of a rate increase," said Kevin Tynan, who follows Equity Residential for Argus Research. "[Activity] now is based on fundamentals of the companies and sectors, as opposed to the prospect of the Fed stepping in to raise rates."

Home-building stocks, such as Pulte Homes (PHM: Research, Estimates) and Lennar (LEN: Research, Estimates), were also holding up -- but they, too, had already suffered in the wake of the March payrolls report.

Financial stocks, on the other hand, including Morgan Stanley (MWD: Research, Estimates), Merrill Lynch (MER: Research, Estimates) and Goldman Sachs (GS: Research, Estimates), did not take the CPI news well. Many of them had not taken such a hit after the payroll report.
Mec*
 

por Ming » 15/4/2004 13:55

semprefrio:
1.
Ainda bem que te motivei gargalhadas, e que te permití começar o dia satisfeito.
2.
Lamento, mas creio que não justificas uma continuação da discussão.
Earthlings? Bah!
 
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por semprefrio » 15/4/2004 11:13

Ming, como já terás percebido o visitante anterior sou eu.

Um abraço,
semprefrio
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por Visitante » 15/4/2004 11:11

Ming, antes de mais quero agradecer a tua resposta pois não há como uma boa gargalhada pela manhã :mrgreen: .

Ming Escreveu:Suponho que te referes a deflação e não inflação:


Dedução brilhante. Obrigado pela correcção.

Ming Escreveu:Isso é o (errado) argumento clássico.
No entanto, não são conhecidas (nem lógicas) deflações intensas (digamos de mais do que 2 ou 3% ao ano).


Em 1929 ainda estava a 40 anos de nascer.

Conta quem já se deu ao trabalho de estudar essas coisas que a nossa economia era tão fechadinha, tão fechadinha, e tão pobrezinha que quase não demos pela grande. Mas houve quem desse.

Quanto à intensidade, tu por acaso farás ideia do que significa um período de desinflação continuada e persistente de 2 ou 3% ao ano?

Deixo-te algumas pistas mais à frente.

Ming Escreveu:Uma deflação típica (como a que o Japão passou) não excede 1% ao ano.
Assim, quem é que vai adiar uma aquisição de um carro (por exemplo) por vários anos com o objectivo de poupar 1% por ano??? Isso seria um raciocínio semelhante a adiar a aquisição por achar que no ano seguinte estaria a ganhar mais 1 ou 2% em termos reais... :lol:
(É claro que um carro é um bem de consumo de "longo prazo", por vezes adiável. Ainda menos uma deflação justificaria o adiamento de compras do dia-a-dia, como por exemplo comida, CDs de música, roupas, etc..)


Aqui estás a escamotear um factor fulcral que condiciona e muito o comportamento do consumidor final: o medo.

Como explico mais à frente, um período de deflação é um período de grande incerteza face ao futuro e que tem como consequência imediata o aumento desproporcional do desemprego. Alguém com medo de perder o emprego estará certamente mais propenso à poupança. Ou não?

Por outro lado, uma deflação generalizada dos preços implica também a deflação dos activos não financeiros, logo, e por exemplo, do imobiliário.

No dia em que te vires a pagar um empréstimo de uma casa, mesmo a taxa de juro zero, em que o capital que te falta amortizar é duas ou três vezes superior ao valor do imóvel ... Caro Ming, adias o carro, adias os DVDs, as roupas. Se para além disso te vires na contigência de perder o emprego e não tiveres um rendimento fixo ou um património líquido que se veja e ainda por cima souberes que por muito baixo que compres estás sempre a comprar caro, então talvez adies os sapatos e as meias solas. :shock:

Uma vez que referes o Japão, aqui o preço do imobiliário caiu em termos médios de forma impressionante. Iamaginas uma desvalorização de 80%? Vê lá que neste panorama nem as tintas se safavam. :wink:

Não vale a pena desfiar mais factos. Mas consegues perceber o que significa uma carteira de garantias reais de uma economia bancária a desvalorizar 80%?

Ming Escreveu:Conclusão: Esquece este argumento clássico. Ele é simplesmente falso.


Sabes que existem argumento clássicos que ultrapassam em muito certos argumentos pós-modernistas. :wink:

Ming Escreveu:
E este estado de coisas não há aumento de IVA que resolva meu amigo. Porque como sabes o IVA entra, ou deve entrar , direitinho nos cofres do estado. Um aumento de preços induzido por um aumento de IVA não faz entrar mais dinheiro nos bolsos do produtor ... ou faz?

Bom, isto tambem está errado, por motivos óbvios: Em primeiro lugar, se o problema da deflação é adiar as compras dos consumidores com o objectivo de comprar mais barato mais tarde, e assim reduzir o consumo, então uma subida de preços, mesmo que gerada por uma subida de IVA altera essa perspectiva e destroi definitivamente esse argumento.
(Aliás isto nem é discutível: Preços a subir são inflação, não deflação...)


Esta, estou absolutamente convencido que ainda te vai grangear um Nobel da economia. :lol:

É pena os japoneses não terem lembrado de te consultar. Imagina o filme: o BOJ a conduzir as taxas de juro para zero na tentativa de estimular o consumo, o governo japonês a aumentar o IVA todos os dias para que a malta percebesse que eles não deixariam os preços cair mais, e para finalizar o príncipe num aviãozinho a espalhar yenes pela ilha.

Se a tua solução para um problema de deflação é o aumento do IVA, digamos uma estrutura de preço incluindo 80% IVA, deixa-me só dizer que é ainda pior do que as nacionalizações :? .


Ming Escreveu:Quanto ao argumento de os produtores terem de baixar os preços até não valer a pena produzir, isso decorre simplesmente de não conseguires imaginar realmente o que é deflação: Os preços descem todos em conjunto (em termos médios). Os custos de produção tambem descem, senão não estamos a falar de deflação generalizada mas apenas de esmagamento de margens ao nível de uma indústria específica.


Amigo Ming, esta nem parece de um zeloso trader de fundamentais. :|

Então acreditas mesmo nisto que escreveste? Olha que não se deve acreditar em tudo o que lê.

Uma deflação generalizada pressiona os preços em baixa e logo os custos de produção. No entanto certos custos de produção não se baixam assim de um dia para o outro.

O custo do trabalho é o mais evidente. O que a pressão de preços provoca é um aumento do peso dos custos com pessoal em qualquer empresa. Sabes, é que a baixa de salários nominais é algo muito complicado de se fazer. Logo este é um custo que apenas se consegue pela via do despedimento, com todas as consequências que daí advêm.

Parece que quem não consegue imaginar o que é um período de deflação é o amigo Ming. :mrgreen:

Ming Escreveu:Este argumento poderia tambem ser destruido por consideração da situação oposta: Será que uma subida de preços (inflação, a realidade de todas as nossas vidas...) se traduz de forma linear em aumentos de lucros para quem produz bens?
(Por exemplo: 1 carro custa 90 a produzir e é vendido por 100. Será que uma inflação de 10% significa que no ano seguinte o carro continua a ser produzido por 90 e já é vendido por 110, duplicando o lucro de quem o produz? :lol: )


Esta pérola final é tão genial que nem me atrevo a comementar.

Afinal devemos abster-nos de comentar aquilo que não percebemos. :)

Um abraço,
semprefrio
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Se assim é.....

por Batista » 14/4/2004 22:18

...então porque vendemos acções a perder para as comprar depois mais baratas? A isto não se chama deflação, ou nas bolsas não há deflação?

Com o aumento do IVA o meu vizinho foi à falência em pouco tempo e a subida foi só 2%. As linearidades em economia pagam-se caras
Batista
 

por Ming » 14/4/2004 21:44

semprefrio:

Em termo simples, um dos grandes problemas da inflação é a estagnação do consumo; o que acontece é sabendo-se que amanhã é possível comprar mais barato do que hoje, ninguém compra hoje. E amanhã acontece o mesmo e depois de amanhã também.


Suponho que te referes a deflação e não inflação:
Isso é o (errado) argumento clássico.
No entanto, não são conhecidas (nem lógicas) deflações intensas (digamos de mais do que 2 ou 3% ao ano).
Uma deflação típica (como a que o Japão passou) não excede 1% ao ano.
Assim, quem é que vai adiar uma aquisição de um carro (por exemplo) por vários anos com o objectivo de poupar 1% por ano??? Isso seria um raciocínio semelhante a adiar a aquisição por achar que no ano seguinte estaria a ganhar mais 1 ou 2% em termos reais... :lol:
(É claro que um carro é um bem de consumo de "longo prazo", por vezes adiável. Ainda menos uma deflação justificaria o adiamento de compras do dia-a-dia, como por exemplo comida, CDs de música, roupas, etc..)

Conclusão: Esquece este argumento clássico. Ele é simplesmente falso.



E este estado de coisas não há aumento de IVA que resolva meu amigo. Porque como sabes o IVA entra, ou deve entrar , direitinho nos cofres do estado. Um aumento de preços induzido por um aumento de IVA não faz entrar mais dinheiro nos bolsos do produtor ... ou faz?

Bom, isto tambem está errado, por motivos óbvios: Em primeiro lugar, se o problema da deflação é adiar as compras dos consumidores com o objectivo de comprar mais barato mais tarde, e assim reduzir o consumo, então uma subida de preços, mesmo que gerada por uma subida de IVA altera essa perspectiva e destroi definitivamente esse argumento.
(Aliás isto nem é discutível: Preços a subir são inflação, não deflação...)
Quanto ao argumento de os produtores terem de baixar os preços até não valer a pena produzir, isso decorre simplesmente de não conseguires imaginar realmente o que é deflação: Os preços descem todos em conjunto (em termos médios). Os custos de produção tambem descem, senão não estamos a falar de deflação generalizada mas apenas de esmagamento de margens ao nível de uma indústria específica.

Este argumento poderia tambem ser destruido por consideração da situação oposta: Será que uma subida de preços (inflação, a realidade de todas as nossas vidas...) se traduz de forma linear em aumentos de lucros para quem produz bens?
(Por exemplo: 1 carro custa 90 a produzir e é vendido por 100. Será que uma inflação de 10% significa que no ano seguinte o carro continua a ser produzido por 90 e já é vendido por 110, duplicando o lucro de quem o produz? :lol: )
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por semprefrio » 14/4/2004 20:42

Ming Escreveu:A deflacção nunca é problema.

(...)

De resto, se a deflacção fosse problemática, nada seria mais fácil do que resolve-la, por exemplo subindo impostos sobre o consumo (IVA, impostos sobre os combustíveis, etc.) ou desvalorizando as moedas respectivas por intervenções dos bancos centrais (por definição um banco central tem uma capacidade ilimitada de gerar imflacção/desvalorização, pois pode emitir moeda...).

(...)

Mas só os economistas mais tapados e os jornalistas mais impensantes é que de facto podem dizer que a deflacção é em sí um problema...


Ming, com todo o respeito que os teus comentários me merecem, há certas coisas que não entendo!!

Então a deflação não é problema?? :shock:

Em termo simples, um dos grandes problemas da inflação é a estagnação do consumo; o que acontece é sabendo-se que amanhã é possível comprar mais barato do que hoje, ninguém compra hoje. E amanhã acontece o mesmo e depois de amanhã também.

E este estado de coisas não há aumento de IVA que resolva meu amigo. Porque como sabes o IVA entra, ou deve entrar :wink: , direitinho nos cofres do estado. Um aumento de preços induzido por um aumento de IVA não faz entrar mais dinheiro nos bolsos do produtor ... ou faz? Isto significa que o fabricante ou prestador de serviços tem que continuar a baixar os preços dos seus produtos até não lhe valer a pena produzir. - O segundo grande problema da deflação que um aumento de impostos apenas piora. :(

Abraço,
semprefrio
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por Ming » 14/4/2004 14:54

Um outro aspecto fundamental, é que o motivo para termos tido esta última recuperação das bolsas (em especial nos USA) e para neste momento e ao longo dos últimos anos termos tido os mercados com multiplos tão elevados (em termos de PER, por exemplo) é precisamente o nível das taxas de juro.

Naturalmente, se a alternativa é ter obrigações a render 2.5% ou 3.0%, é melhor ter acções de um índice com um PER médio de 25, que corresponde a uma rentabilidade de 4%...

Mas quando as taxas subirem, como sempre foi inevitável que viesse a acontecer, os investidores no seu conjunto vão reagir a essa subida de rentabilidade nominal dos activos sem risco exigindo tambem maior rentabilidade dos investimentos accionistas: Ou seja, comprando só a PERs mais baixos.

Lembro-me que há poucos anos o WB publicou um excelente artigo em que comparava os níveis de taxas com os níveis dos PER médios dos mercados. A correlação (inversa, claro) era fantasticamente consistente.

Agora, o futuro parece-me muito claro: Os mercados preparam-se para retomar a longa tendência de correcção iniciada em 2000.
Vamos ver se tenho razão, mas este é um um casos em que não tenho muitas dúvidas... :|
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por Ming » 14/4/2004 14:40

Isto não é crítica nenhuma (directa nem indirecta) a ninguem.
Só que como o Ulisses lembrou que há uns tempos várias pessoas tinham a mania de agitar o papão da deflacção, pareceu-me oportuno relembrar coisas básicas que (infelizmente) por vezes aparecem de forma incorrecta em alguns textos académicos (e não só...).

A deflacção nunca é problema.
(Quando muito os factos da economia que geram deflação é que podem ser problemáticos, uma vez que a deflacção surge usualmente, embora não necessariamente, em economias que estão num processo de reajustamento às realidades, depois de euforias irracionais de consumo...)

De resto, se a deflacção fosse problemática, nada seria mais fácil do que resolve-la, por exemplo subindo impostos sobre o consumo (IVA, impostos sobre os combustíveis, etc.) ou desvalorizando as moedas respectivas por intervenções dos bancos centrais (por definição um banco central tem uma capacidade ilimitada de gerar imflacção/desvalorização, pois pode emitir moeda...).

É claro que se ouviu falar muito da deflacção como se fosse um papão, e se agitou o fantasma do Japão, etc..
Mas só os economistas mais tapados e os jornalistas mais impensantes é que de facto podem dizer que a deflacção é em sí um problema...
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re

por Info. » 14/4/2004 14:27

Ulisses... bem sabes que quem está counter-trend arranja sempre argumentos dispares... sejam eles ursos ou bulls.... é que o problema é sempre dos outros que andam errados ;)

mas a questão de hoje e no curto prazo.. e "reagindo a quente no mercado"... e como venho afirmando ultimamente... o que poderá fazer tremer esta últma subida é medo de subidas de tx mais cedo do que o esperado pela maioria e descalabro do iraque e.. o acrescento o "sempre à espreita" papão terrorismo.

Cump.
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por Ulisses Pereira » 14/4/2004 14:21

Info, percebo perfeitamente o teu ponto de vista e concordo com grande parte do que dizes, mas não deixa de ser curioso que há alguns meses atrás um dos argumentos mais poderosos usado pelos ursos era a deflação e agora seja a inflação. ;)

Um abraço,
Ulisses
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re

por Info. » 14/4/2004 14:12

merck.. parcialmente de acordo... economias sem inflação são problema´ticas.... agora a inflação não se deve somente a uma medida de pujança... tem lá muita mãozinha do valor do dollar... e + cedo ou + tarde a sua fraqueza tinha de vir ao de cima.

mas como dizia à pouco... a curto prazo nos states quase ninguém admitiria inflação muito acima de .2%/M~es... isto para o mercado não ter de descontar a expectativa que as tx se manterão assim por muuuiiito tempo..... nota que a capacidade de endividamento de quem consome está bem esticada... e são esses que têm a "obrigação" de manter a tal pujança da economia.

Cump.
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inflação- o sal da economia

por vmerck5 » 14/4/2004 14:03

a saida do dado CPI com inflação vem provar que o consumo esta pujante, assim ha necessidade de subir as taxas devido a existencia de cash em circulação gerando inflação uma vez que as empresas não estão a produzir para stocks( a politica de redução de stocks ao minimo deve acabar..)e não produzem o suficiente para o consumo fazendo subir o preço.As empresas assim vão ganhar mais dinheiro , para poderem investir numa maior produção...etc saiu-se di ciclo VICIOSO para um cicli VIRTUOSO. O mercado é financeiro interpreta isso num curto prazo como mau deviso a subida da taxa de juro todavia a longo prazo é um bom dado......se qq duvida
tecnicamente onde esta o problema do mercado cair até aos minimos do mes de março???. Um dax nos 3800 seria perfeitamente normal( aqui nem é minimo)...
vmerck5
 

Exportações disparam

por Visitante » 14/4/2004 13:58

Exportações sobem mais de 4%, maior subida desde Out. 1996...lá está, temos um arranque forte dos fundamentais da economia americana...agora já ninguém fala em crise...eu pessoalmente gosto mais dos dados assim.

Bons negócios.
Visitante
 

re

por Info. » 14/4/2004 13:53

Mec.. dados bons? dados péssimos no CPI!

o que o mercado menos precisa agora.. com a paranóia dos aumentos de taxas... seria indícios de aumento de inflação bem acima do "admissível" para ter o papão FED a querer subir taxas mais cedo do que andam a apregoar.
Se as sobe mais cedo não sei.. mas os mercados vivem de expectativas.. e com estes dados as expectativas é de subida mais cedo que o desejado

Cump.
Info.
 

Lá está...

por Mec* » 14/4/2004 13:43

Nova fase: DADOS BONS = Eventual subida de taxas de Juros = queda dos mercados.

Outra, o NDX não perdoa Gaps...
Mec*
 

Ele há dias assim...

por Mec* » 13/4/2004 22:40

Ao divagar por aí em busca de informação chego hoje a 2/3 tópicos essenciais que justifiquem de um modo globall a queda generalizada dos mercados norte-americanos:

:arrow: Os dados macro-economicos não bons mas optimos dos EUA que sairam às 13h30 levaram ao ponto onde a certeza de um aumento de taxas de juro no curto prazo aumenta.

:arrow: receios face ao earning report da Intc

:arrow: discurso do presidente acerca da situação no Iraque.

Ora, é nestas situações que me torno "fã" incondicional do gráfico, já que pelas informações surgem-me sempre duvidas que considero sempre pertinentes:

:?: Será que se os dados das 13h30 tivessem saído maus o mercado subiria?!? Será que a partir de agora vamos inversamente subir com resultados maus e descer com resultados bons?

:?: Se havia receios face aos resultados da Intc, porque é que ela até se manteve e fechou positiva ao longo do dia?!?!?

:?: O que é que o presidente terá a dizer sobre a situação no Iraque que seja novidade?!?

:?: Sei que academicamente um aumento de taxas de juro implica uma descida generalizada das bolsas (alternativas de financiamento / endividamento mais caro ou até o proprio conhecimento desse facto), mas no caso dos EUA, uma eventual subida de 0,25% na taxa, até será espelho da forte retoma economica que atravessam (ou ainda há duvidas), assim como o periodo de baixas de taxas até ao nivel de 1% se traduziu na "tomada do xarope" para a economia - resultou! Grande Greenspan!.
A par desse facto ainda me questiono: se o mercado HOJE desceu essencialmente com esse "receio", se por exempo amanhã subir (ou em alguma outra sessão até à tão esperada subida de txs) será porque os investidores já não vão ter essa certeza, ou porque se tornarão tempoariamente "esquecidos"?

:wink: Enfim, considero que há muitos investidores "perdidos" por aí com questoes deste genero (deparo-me com eles todos os dias) e a eles costumo afirmar de ombros encolhidos: "são os mercados..." Mas a verdade é que secretamente olho sempre para o grafico e daqui a uns meses este dia não passará de mais uma vela negra (se bem que pelo que aqui afirmei, quase que deveria ser "cinzenta") num oceano de velas (cada uma com a sua historia, seja ela branca, preta ou "cinzenta").

fica o "desabafo" - hoje perdi dinheiro e não tenho vergonha de o dizer.
Mec*
 


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