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Caldeirão da Bolsa

FMI e Governo de Portugal

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

O defice

por Thomas Hobbes » 23/3/2004 19:47

ter defíce em paises como o nosso, nem é um problema grave, já que todos os governos o tiveram excepto o do Dr. Oliveira Salazar, que o conseguiu evitar a custa das colónias.

O problema no nosso país é o descontrolo que a despesa do estado tem tido, e a fobia acéfala que este governo tem acerca do incumprimento da meta dos 3%.

Lá continuamos a poupar no farelo para gastar na farinha, faze-se contabilidade criativa e vende-se património do estado para obter receitas extraordinárias. No entanto não se fecham as torneiras aos gastadores na função pública, continua-se a apostar em projectos megalómanos.

Falta rigor e controlo, no que se gasta e principalmente onde se gasta. e sobretudo não há coragem nem meios de ir cobrar a quem deve, além de se continuar a dar benesses incompreensiveis ao nível fiscal aos grandes grupos portugueses e àsa sgps.

Enfim, Portugal continua a ser o país do caciquismo, e nada mudou desde a contituição de 1832. como dizia Eça, "Portugal não passa de um sitio mal frequentado"
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por Lion_Heart » 23/3/2004 14:40

Atenção que eu nao critico só o Governo e as empresas publicas deste problema.Acho que em Portugal por ser um país pequeno sempre foi muito dado a clientelismos e lobbies que são muito fortes i impedem que certas reformas acontecam.E isso fez muita gente enriquecer e a outros manter o poder que agora não o querem deixar fugir,e isso esta a levar Portugal a ruina.
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por zé povinho » 23/3/2004 12:14

só para dar um exemplo de como andan os serviços públicos.

uma pessoa de família, com 74 anos e problemas de coração a viver a 80 Kms de Lisboa, precisa de uma consulta de cardilogoia em S. José em Agosto.

para marcar a consulta, tentou faze-lo por telefone...não pode ser, o doente ou alguém terá que lá ir com o cartão de utente durante o mês de Abril para poder marcar a tal consulta.

ou seja os serviços públicos dispoêm da vida dos cidadãos a seu belo prazer porque não estão ali para servirem ninguém: estão só para se servirem e abusarem dos cidadãos.
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Medidas do djovarius

por Negocios Mendes » 23/3/2004 12:08

De facto as medidas que deixou explanadas no seu post, sao no essencial os pontos criticos onde mais se faz sentir a falta de pulso dos sucessivos governos em Portugal. Sao no essencial os pontos criticos, onde certamente a fuga ao fisco iria diminuir consideravelmente.

Estou de acordo em muitos dos pontos mas talvez referisse que nao sao os únicos que deveriam ser reformados em Portugal. De acordo com o post do Lion, e como muito bem diz, enquanto nao houver vontade politica para reformar a funcao publica (como empregos artificiais ou desajustados da realidade), este país nao vai a lado nenhum.
O estado deveria comportar-se como uma empresa privada, onde o empregado que nao rende, deveria saltar fora e dar o lugar a outro se se justificar. Quantas pessoas que nao tem emprego gostariam de estar nas posicoes desses senhores que nao fazem a ponta de um cauda, existem em Portugal?
Porque é que ha casos em Portugal, onde os que mandam sao mais do que aqueles que executam as ordens?

Bem, fico por aqui, já que isto dá pano para mangas.

Cumprimentos,
Alex Tomás
Negocios Mendes
 

por zé povinho » 23/3/2004 12:01

vai ser preciso alguém com mão de ferro para nos lançar

mas a prática do dia a dia continua a mesma, e muitas vezes com a conivência dos serviços do Estado.

a última que descobri foi com os subsídios à plantação de vinhas novas

anda tudo a "sacar" de qualquer maneira, e o futuro que se lixe.
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por djovarius » 23/3/2004 11:52

Para grandes males, grandes remédios !!

Repetindo uma ideia antiga:

Descida imediata do IRC para 10% para todas as empresas que têm as suas obrigações perante o Estado em dia. As restantes ficariam a 15% até regularizarem situações pendentes. Para as SGPS da UE que transfiram a sua sede principal para o nosso país, apenas 8% !!

Fim das mais-valias no mercado financeiro e isenção de impostos para todas as entidades não-residentes, igualmente no mercado financeiro.

Fim do Imp. Automóvel e susbtituição do mesmo por um aumento IVA para 25% até 1.400 c.c e 30% acima dessa cilindrada.

Fim de retenção na fonte em sede de IRS para todos os trabalhadores que aufiram menos de 2 salários mínimos.

Diminuição da contribuição empresarial da taxa social única.

Pacto de regime alargado: último perdão fiscal para todos os contribuintes em falta para liquidação de dívidas até ao ano base 2001 até ao final de 2005.
Dívidas até 2004, pagas até 2006 !! Compromisso político do pacto: fim dos perdões após final do Plano. Acordo político com a Banca sediada em Portugal para garantir operações em que o contribuinte dela necessita para liquidar as dívidas ao Estado, as quais teriam juros especiais.

Aumento da taxa normal de IVA para 20% !!

Fim de taxas e impostos cujos custos burocráticos sejam maiores do que a Receita total dos mesmos.

Desculpem, mas não vejo outra maneira de sair do marasmo

dj
Cuidado com o que desejas pois todo o Universo pode se conjugar para a sua realização.
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FMI e Governo de Portugal

por Lion_Heart » 23/3/2004 11:33

Mais uma vez o FMI vem dizer que o nosso deficit sera este ano a volta de 5% o Governo diz que nao e que sera no limiar dos 3%. A verdade e que o deficit é e será sempre acima de 3% enquanto as medidas necessarias para o por abaixo deste valor sejam tomadas.E porque é que essas medidas não sao tomadas?Porque o Estado não quer admitir que errou,que o nosso preoceeso de aproximação a média Europeia foi mal feito ,que o país nao se reestruturou e nao se tornou competitivo.Ao contrario dos nossos vizinhos que o ano passado foram a melhor economia Europeia e continuam fortes,e porque?Porque nao tiveram medo de ter cerca de 20% de desempregados ,mas a coragem de os despedir e depois modernizar a industria os serviços,por a maquina a funcionar,enfim utilizar os fundos Europeus de forma correcta.Nós não,durante anos demos o exemplo de Espanha como um mau exemplo ,eles tinham quase 20% de desempregados nós nem 4% ,só que nós tinhamos uma economia a viver artificialmente ,com salarios baixos,mao de obra explorada ,a subsidiar tudo e todos para não fecharem as portas.O probelma é agora: o dinheiro esta acabar ,as empresas que exploravam os subsidios vao embora,as reformas não foram feitas e o desemprego dispara.A grande questão é: existirá coragem para assumir os erros e ainda tentar por Portugal no trilho da Europa?Para bem de todos espero que sim.
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