Interessados na TAP têm dois meses para se posicionarem

[Thomas Hobbes]

A SAG – Soluções Automóvel Globais registou resultados líquidos de 20,114 milhões de euros em 2003, uma quebra de 35,5% face ao ano antecedente. No mesmo período o EBITDA caiu 7,5%, para 83,931 milhões de euros e o volume de negócios recuou cerca de 14%, para 698,922 milhões de euros. A proposta de dividendo a distribuir é de 8,1 cêntimos de euro por acção.
Em comunicado hoje enviado ao mercado, a administração da SAG, que controla a SIVA, concessionária de marcas como a Volkswagen, a Audi e a Skoda em Portugal, destaca a «recessão económica», «a profunda crise» vivida pelo sector automóvel e o facto do volume de vendas de viaturas novas ter sido «o mais baixo dos últimos 14 anos».
Ainda assim, a mesma fonte afirma que em 2003, a «SAG confirmou o acerto da sua estratégia de aposta forte na área dos serviços e num plano de racionalização de custos». Segundo a administração da empresa, tal resultou «na evolução positiva da margem de EBITDA, de 11,2%, para 12,5%, isto apesar do EBITDA [ou «cash-flow» operacional] ter caído 7,5% em valor absoluto, para 83,931 milhões de euros» no mesmo período.
No ano de 2003, «os custos operacionais [da SAG] diminuíram 8,4%, para 103,4 milhões de euros».
«Perante os resultados registados», conclui a administração da companhia, «vai ser proposta uma distribuição de dividendos de 8,1 cêntimos por acção». Tal corresponde, segundo a mesma fonte, a um «pay out» de cerca de 60% e «um dividendo ‘yield’ de 5,2%» face á cotação do dia 15 de Março passado.
A quebra do volume de negócios quedou-se «abaixo dos 14%, para um total de 698,922 milhões de euros». Tendo a SIVA registado uma quebra de 24,2% das suas vendas de ligeiros de passageiros e comerciais ligeiros, para 31,022 mil viaturas. A SIVA manteve assim, segundo a mesma fonte «a liderança absoluta nas vendas dos veículos ligeiros de passageiros, com uma quota de mercado de 14,9%».
No total o volume de negócios da SIVA «decresceu apenas 18,5%», afirma administração da SAG sem contabilizar, sobretudo devido ao desempenho da área de peças, «cuja actividade registou um crescimento de 7,8%».
A área de retalho registou uma subida da margem operacional de 2,2%, para 3%.
Melhor teve a área de serviços automóvel, onde a participada Multirent registou um aumento de 36,7%, para 40,555 milhões de euros, crescendo a quota de mercado da empresa de 14,3%, para 17%, acrescenta a mesma fonte.
Já a Globalrent registou uma quebra de 20% do volume de negócios em 2003. A participada brasileira Unidas obteve um aumento de 22% das receitas globais, «destacando-se a contribuição da área de gestão de frotas, que apresentou um aumento superior a 46% da receitas gerada».
Na área de serviços financeiros, onde o grupo actua através do Interbanco, esta entidade registou uma quebra de 21,5% no número de contratos realizados, o que não impediu contudo que obtivesse um aumento de 10% dos seus lucros, que passaram para 8,567 milhões de euros no ano passado, avançou a SAG em comunicado.
As acções da SGA encerraram hoje a cair 1,29%, para os 1,53 euros. Os resultados anuais da empresa foram divulgados após o fecho da sessão

in: negocios.pt