EDP - Recuperação em Bolsa
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EDP - Recuperação em Bolsa
Mercado aplaude mudanças introduzidas na gestão
Ana Maria Gonçalves, in diario economico
A adopção de uma nova estratégia de gestão, tendo por base uma nova política energética, ajudou a impulsionar os títulos da eléctrica.
Uma das primeiras medidas aplaudidas pelo mercado de capitais, com reflexo imediato na cotação da EDP, foi a mudança da liderança da EDP, em Maio passado.
Concertada entre o Estado e os accionistas privados, a nova filosofia de gestão procurou distanciar-se da anterior imagem de empresa com forte influência governamental, apostando agora numa cultura de ‘transparência’. É assim criada a figura de presidente da comissão executiva, entregue a João Talone, o homem que o Ministro da Economia, Carlos Tavares, escolheu para desenhar os contornos da reestruturação do sector energético nacional. Sinal que o mercado interpretou como a aproximação de tempos de bonança. Os investidores vinham penalizando o título desde que o regulador para o sector eléctrico tinha, ainda durante o mandato socialista, decidido alterar as condições tarifárias pré-definidas na privatização.
Para o lugar de presidente do conselho de administração é chamado o ex-presidente da empresa, Francisco Sánchez, uma nomeação que é vista como um prémio pela condução do processo de aquisição da eléctrica espanhola Hidrocantábrico.
Outro dos principais sinais de mudança dá-se três meses depois, quando o regulador decide autorizar a EDP a repercutir nas tarifas os custos com a reestruturação do seu quadro de pessoal. Uma reivindicação antiga que contava com o apoio do ministro da Economia, mas que foi, durante muito tempo, ignorada por Viegas Vasconcelos.
Segue-se uma exaustiva acção de ‘marketing’ da nova administração junto dos investidores nacionais e, sobretudo, internacionais, com vista à divulgação do novo plano estratégico da EDP para os próximos três anos, traduzida na definição de ambiciosos ‘targets’ operacionais e financeiros, bem como uma generosa política de dividendos.
Mais recentemente, a EDP e Eni, parceira estratégica da Galp, chegam a acordo para a transferência dos activos gasistas deste último grupo para o universo da eléctrica. O controlo desta nova área de negócio permite-lhe ganhar massa crítica para enfrentar o futuro Mercado Ibérico de Electricidade, operacional a partir de 20 de Abril próximo.
A confirmar os ventos de mudança está, mais recentemente, a divulgação da performance da eléctrica no exercício de 2003.
Os lucros consolidados da EDP superaram as expectativas do mercado, ao registarem uma subida de 14%, fixando-se em 382 milhões de euros, invertendo assim a tendência de quedas dos dois anos anteriores.
O culminar deste processo ocorre com a clarificação do prazo para a quinta fase de reprivatização da EDP. O primeiro-ministro, Durão Barroso, garante que tal ocorrerá até ao final do primeiro trimestre de 2005
Ana Maria Gonçalves, in diario economico
A adopção de uma nova estratégia de gestão, tendo por base uma nova política energética, ajudou a impulsionar os títulos da eléctrica.
Uma das primeiras medidas aplaudidas pelo mercado de capitais, com reflexo imediato na cotação da EDP, foi a mudança da liderança da EDP, em Maio passado.
Concertada entre o Estado e os accionistas privados, a nova filosofia de gestão procurou distanciar-se da anterior imagem de empresa com forte influência governamental, apostando agora numa cultura de ‘transparência’. É assim criada a figura de presidente da comissão executiva, entregue a João Talone, o homem que o Ministro da Economia, Carlos Tavares, escolheu para desenhar os contornos da reestruturação do sector energético nacional. Sinal que o mercado interpretou como a aproximação de tempos de bonança. Os investidores vinham penalizando o título desde que o regulador para o sector eléctrico tinha, ainda durante o mandato socialista, decidido alterar as condições tarifárias pré-definidas na privatização.
Para o lugar de presidente do conselho de administração é chamado o ex-presidente da empresa, Francisco Sánchez, uma nomeação que é vista como um prémio pela condução do processo de aquisição da eléctrica espanhola Hidrocantábrico.
Outro dos principais sinais de mudança dá-se três meses depois, quando o regulador decide autorizar a EDP a repercutir nas tarifas os custos com a reestruturação do seu quadro de pessoal. Uma reivindicação antiga que contava com o apoio do ministro da Economia, mas que foi, durante muito tempo, ignorada por Viegas Vasconcelos.
Segue-se uma exaustiva acção de ‘marketing’ da nova administração junto dos investidores nacionais e, sobretudo, internacionais, com vista à divulgação do novo plano estratégico da EDP para os próximos três anos, traduzida na definição de ambiciosos ‘targets’ operacionais e financeiros, bem como uma generosa política de dividendos.
Mais recentemente, a EDP e Eni, parceira estratégica da Galp, chegam a acordo para a transferência dos activos gasistas deste último grupo para o universo da eléctrica. O controlo desta nova área de negócio permite-lhe ganhar massa crítica para enfrentar o futuro Mercado Ibérico de Electricidade, operacional a partir de 20 de Abril próximo.
A confirmar os ventos de mudança está, mais recentemente, a divulgação da performance da eléctrica no exercício de 2003.
Os lucros consolidados da EDP superaram as expectativas do mercado, ao registarem uma subida de 14%, fixando-se em 382 milhões de euros, invertendo assim a tendência de quedas dos dois anos anteriores.
O culminar deste processo ocorre com a clarificação do prazo para a quinta fase de reprivatização da EDP. O primeiro-ministro, Durão Barroso, garante que tal ocorrerá até ao final do primeiro trimestre de 2005
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Rsousa
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