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Caldeirão da Bolsa

Noticias de 18 de Fevereiro de 2004

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por TRSM » 18/2/2004 20:44

Moeda europeia em queda face ao dólar
Representantes europeus colocam travão aos ganhos do euro
A euforia matinal dos mercados, que levou o euro a um máximo histórico frente ao dólar, acalmou depois de representantes europeus terem vindo a público condenar a excessiva volatilidade dos mercados de câmbios, levando a moeda europeia a entrar em queda face à moeda norte-americana.

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Ruben Bicho
rbicho@mediafin.pt



A euforia matinal dos mercados, que levou o euro a um máximo histórico frente ao dólar, acalmou depois de representantes europeus terem vindo a público condenar a excessiva volatilidade dos mercados de câmbios, levando a moeda europeia a entrar em queda face à moeda norte-americana.

O euro [Cot] seguia a perder 0,45% para os 1,2783 depois de esta manhã ter tocado nos 1,2929 dólares, um novo máximo histórico.

O euro começou o dia a subir impulsionado pelas declarações de Guy Quaden, membro do Banco Central Europeu (BCE), que afirmou que a instituição não estabeleceu nenhum valor a partir do qual intervirá para travar os ganhos do euro face ao dólar.

Estas palavras fizeram o euro disparar, e o seu avanço só foi travado pelo comissário europeu dos assuntos monetários, Pedro Solbes, que manifestou preocupações sobre a volatilidade cambial. O travão aos ganhos da moeda europeia também foi aplicado pelo Governo francês, através do seu porta-voz, Jean-François Cope, que afirmou que o avanço do euro está a ser seguido «atentamente» pelos líderes europeus.

«A relação entre o dólar e o euro pode ser um problema», afirmou Jean-François Cope.

Da Alemanha também surgiram sinais de preocupação em relação aos ganhos do euro, com o director do instituto económico IFO, Hans-Werner Sinn, a referir que o fortalecimento do euro ameaça o crescimento económico da Zona Euro.

«Temos de estar vigilantes para impedir que o euro ultrapasse os 1,30 dólares. De acordo com os estudos que fizemos, essa é uma marca limite para a recuperação», afirmou, citado pela Bloomberg.

Com estes sinais de aviso em relação ao avanço da moeda europeia frente à divisa dos Estados Unidos, os mercados acalmaram e o euro inverteu a tendência, entrando em queda face ao dólar. No entanto, os economistas contactados pela Bloomberg continuam a apostar na valorização do euro face ao dólar.

Na apresentação de resultados trimestrais feita hoje, a Volkswagen disse que os lucros caíram 60% nos últimos três meses de 2003, devido aos ganhos do euro
 
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por TRSM » 18/2/2004 18:59

CGD lucra o mesmo que em 2002 (act)
O Grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou, em 2003, um resultado líquido consolidado de 667,3 milhões de euros, praticamente inalterado em relação ao ano anterior.

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Sílvia de Oliveira
so@mediafin.pt



O Grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou, em 2003, um resultado líquido consolidado de 667,3 milhões de euros, praticamente inalterado em relação ao ano anterior.

Em 2002, o banco estatal lucrou menos 0,3%, anunciou hoje a instituição.

À semelhança do que ocorreu ao longo de todo o ano de 2003, a área seguradora, concentrada na Fidelidade-Mundial, suportou, de forma significativa, os resultados do grupo CGD.

«A área seguradora do grupo CGD registou a melhor rentabilidade do sector, com o resultado líquido consolidado a atingir 61,1 milhões de euros, mais que quadriplicando o de 2002», acrescenta o comunicado.

A rubrica resultados de empresas associadas e filiais excluídas de consolidação totalizou, no final do ano passado, 112,6 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 180,3% face a 2002.

Para além do contributo da Fidelidade-Mundial, a CGD sublinha ainda a melhoria significativa dos resultados de outras participadas, como a REN e o Unibanco, no Brasil, empresas cujas contas são consolidadas pelo método da equivalência patrimonial.

Por sua vez, os resultados antes de impostos situaram-se nos 815,6 milhões de euros, um valor superior em 34,5 milhões de euros (4,4%) ao de 2002.

A margem financeira registou uma quebra de 12,9%, o que, segundo a CGD, se ficou a dever «às sucessivas descidas das taxas de juro, que penalizaram mais intensamente os juros de crédito do que os juros dos depósitos».

Um facto que ganha, na opinião da CGD, uma particular relevância no caso das instituições de crédito que, como o banco estatal, «financiam integralmente o crédito que concedem com depósitos de clientes».

A margem complementar acabou, porém, por compensar grande parte daquela redução, ao registar uma subida de 21,1%, sobretudo, à custa do comportamento das comissões (+25,8 milhões de euros) e do saldo dos lucros e prejuízos em operações financeiras (+87,9 milhões de euros.

Os outros proveitos de exploração também contribuíram, tendo aumentado 20,6 milhões de euros em relação a 2002.

Ainda assim, o produto bancário (a soma da margem financeira e da margem complementar) acabou por sofrer, em 2003, um decréscimo de 3,1% para ao 1,931 mil milhões de euros.

Ao nível dos custos, verificou-se uma redução de seis milhões de euros (-0,6%), totalizando 994,4 milhões de euros.

Em termos de balanço, os créditos sobre clientes registaram um decréscimo de 0,6%, para os 44,105 mil milhões de euros, o que levou à redução do seu peso na estrutura do balanço de 66,6% para 59,5%.

O total dos recursos de clientes captados e dos activos sob gestão alcançou 61,076 mil milhões de euros, ou seja, mais 4,5% em termos anuais.

Deste total, 45,660 mil milhões de euros dizem respeito a depósitos.

Ao nível da rentabilidade, a rentabilidade do activo (ROA) fixou-se em 1%, inalterada face a 2002. Quanto ao ROE (rentabilidade dos capitais próprios), também se manteve igual nos 20%.

«As rentabilidades do Activo (1%) e dos Capitais próprios (20%) mantiveram-se dentro dos objectivos já atingidos em 2002. Desta forma a CGD manteve uma clara liderança em todos os indicadores de rentabilidade», frisou a instituição através de comunicado.
 
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por TRSM » 18/2/2004 18:57

PT Multimédia vai investir 25 milhões em produção de cinema e televisão
A PT Multimédia vai investir um total de 25 milhões de euros ou cinco milhões de euros por ano em produção de cinema e de televisão na sequência de um acordo assinado com o Ministério da Cultura para a criação de um Fundo de Investimento para as Artes Cinematográficas e do Audivisual.

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Bárbara Leite
bl@mediafin.pt



A PT Multimédia vai investir um total de 25 milhões de euros ou cinco milhões de euros por ano em produção de cinema e de televisão na sequência de um acordo assinado com o Ministério da Cultura para a criação de um Fundo de Investimento para as Artes Cinematográficas e do Audivisual.

Segundo a Lusa, a empresa do grupo Portugal Telecom assume-se como o primeiro parceiro do ministério que criou um fundo para apoiar as áreas de cinema e do audiovisual.

Este Fundo para as Artes Cinematográficas e do Audivisual que foi criado em 4 de Fevereiro está aberto a entidades privadas, contando com receitas de operadores de televisão e de distribuidores.

Este investimento da PT Multimédia [Cot] é uma «aposta clara no cinema português», permitindo o reforço dos «conteúdos nacionais» tanto para os canais da TV Cabo como para as salas de cinema Lusomundo, que integram os activos da companhia, referiu Zeinal Bava, presidente da PTM.

O objectivo do investimento é que 80 a 90 mil espectadores vejam filmes de produção nacional.

O projecto-lei que cria o Fundo de Investimento ainda não foi discutido na Assembleia da República.
 
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por TRSM » 18/2/2004 18:56

Em nove meses
Buffett duplica investimento na Petrochina
A instituição financeira Berkshire Hathaway, do investidor multi-milionário Warren Buffett, manteve a participação na Petrochina ao longo do final de 2003, mais que duplicando o valor das acções para 1,37 mil milhões de dólares em nove meses.

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Bernardo Meira
bmeira@mediafin.pt


A instituição financeira Berkshire Hathaway, do investidor multi-milionário Warren Buffett, manteve a participação na Petrochina ao longo do final de 2003, mais que duplicando o valor das acções para 1,37 mil milhões de dólares em nove meses.

A Berkshire Hathaway, uma das maiores accionistas estrangeiras Petrochina, detinha 1,33% das acções da maior petrolífera chinesa, ou 13,3% dos títulos no mercado, a 31 de Dezembro de 2003, segundo a Bloomberg.

"Rendibilidades como esta encorajam investidores como Warren Buffett a diversificar a sua carteira para fora do seu mercado doméstico, como o mercado chinês", afirmou Michael Lee, analista da UOB-Kay Hian, em Hong Kong.

No mesmo período de nove meses, a Berkshire Hathaway investiu na Coca-Cola com um ganho de 25% e na Amercian Express com um ganho de 45%.

No ano passado, enquanto o índice industrial Dow Jones subiu 25%, o índice Hang Seng China Enterprises, que segue 32 empresas chinesas, em Hong Kong, subiu 150% em 2003.
 
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por TRSM » 18/2/2004 15:29

Tecnológicas em alta
Reditus e Compta disparam e ParaRede lidera ganhos no PSI-20
As acções da Compta disparavam um máximo de 45,95%, e os valores da Reditus estavam mais caros em 26,32%. A ParaRede comandava os ganhos no PSI-20, e desde o início de 2004 já valorizou 50%.

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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt



As acções da Compta disparavam um máximo de 45,95%, e os valores da Reditus estavam mais caros em 26,32%, numa altura em que as empresas de índole tecnológica lideravam os ganhos nas bolsas europeias. A ParaRede comandava os ganhos no PSI-20, e desde o início de 2004 já valorizou 50%
 
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por TRSM » 18/2/2004 13:47

Eléctrica em novos máximos
ES Research sobe ponderação da EDP em carteira
O ES Research aumentou o peso da Electricidade de Portugal (EDP) na sua «carteira modelo», citando o impacto, que poderá ser positivo, com o fim dos contratos de aquisição de energia (CAE’s).

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Pedro Carvalho
pc@mediafin.pt


O ES Research aumentou o peso da Electricidade de Portugal (EDP) na sua «carteira modelo», citando o impacto, que poderá ser positivo, com o fim dos contratos de aquisição de energia (CAE’s).

A Morgan Stanley sugere um preço alvo de 2,60 euros, numa nota em que defende que as acções da eléctrica estão «prontas para arrancar».

Os valores da Electricidade e Portugal (EDP) [Cot] negociavam em subida de 0,45% para os 2,25 euros, depois de ter estabelecido um novo máximo nos 2,26 euros, níveis de Maio de 2002.

A edição de hoje do Jornal de Negócios avança que a EDP ao fechar ontem aos 2,24 euros, igualou o preço a que foi feita a primeira fase de privatização, em Junho de 1997.

O Espírito Santo Research (ESR), numa nota a clientes, diz ter retirado a Unión Fenosa do seu «portfolio» modelo (por ter alcançado o preço alvo de 17,11 euros), distribuindo a ponderação de 2% para as acções da Endesa e da EDP.

A casa de investimento nacional acredita que o sistema de regulamentação irá permitir à EDP fazer o fim dos contratos de aquisição de energia para com um resultado final «positivo». O banco tem uma recomendação de «comprar» e um preço alvo de 2,45 euros.

No âmbito da criação do Mercado Ibérico da Electricidade (Mibel), a EDP deixará de vender energia no sistema de monopólio do PPA (Power Purchase Agreements) ou CAE, ou seja, contratos de longo prazo entre as produtoras e a REN, passando para um sistema de compensações designado por Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC).

Num estudo publicado esta semana, os analistas da Morgan Stanley sugeriram para a EDP uma recomendação de «overweight» e um preço alvo de 2,60 euros, defendendo que a eléctrica «entrou numa nova era», depois da entrada da nova gestão, da reestruturação do sector energético em Portugal e do reconhecimento dos custos assumidos com as reformas antecipadas.

Os riscos para a eléctrica liderada por João Talone são a «exposição à América Latina», ou seja, o risco de uma variação cambial adversa, e o facto do Governo ainda deter uma parcela de 30% na empresa, o que poderá vir a criar um risco de excesso de oferta no mercado, pressionado a cotação.

As incertezas sobre o desfecho do processo que pretende acabar com os PPA poderá, na opinião da Morgan Stanley, constituir um facto de adicional de risco.

As acções da EDP cotavam nos 2,25
 
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por TRSM » 18/2/2004 12:56

Bolsa nacional lidera ganhos na Europa e PSI-20 atinge novo máximo desde Maio de 2002

Bolsa nacional lidera ganhos na Europa e PSI-20 atinge novo máximo desde Maio de 2002
A bolsa nacional seguia a liderar os ganhos da Europa, com o índice de referência a atingir o valor mais elevado de 21 meses, com sete títulos a fixarem novos máximos anuais. O PSI-20 avançava 1,17%.

O PSI-20 [PSI20] cotava nos 7.539,61 pontos, com 14 acções em subida, quatro em queda e as restantes duas inalteradas. Entre as acções que fixaram novos máximos encontram-se aquelas que têm o maior peso no índice: Portugal Telecom, Banco Comercial Português, Electricidade de Portugal (EDP) e Banco Espírito Santo.

Os títulos do Banco Comercial Português (BCP) [BCP] seguiam a somar 3,59% para os 2,02 euros, o valor mais elevado desde Janeiro de 2003.

As acções seguiam impulsionadas pela revisão em alta do preço-alvo para o papel, por parte do Santander, que subiu o preço-objectivo para um período de 12 meses em 10,53%, ao passar para os 2,10 euros por acção, contra os anteriores 1,90 euros.

Os investidores parecem estar a ignorar a revisão em baixa da recomendação para o BCP, que desceu de «comprar» para «manter».

Nos restantes títulos da banca, o Banco Português de Investimento (BPI) [BPIN] apreciava 0,63% para 3,18 euros por acção e o Banco Espírito Santo [BESNN] fixou um novo máximo desde Setembro de 2001, ao apreciar 0,50% para os 14,07 euros por acção. O banco liderado por Ricardo Salgado foi o que acolheu a análise mais positiva do estudo elaborado pelo Santander para a banca nacional.

A Electricidade de Portugal (EDP) [EDP] avançava 0,45% para os 2,25 euros, mantendo-se acima do preço praticado na primeira fase de privatização (os 2,24 euros ontem atingidos). título já valorizou 7,66 % este ano, animado pela reestruturação do sector energético na Península Ibérica.

A Portugal Telecom (PT) [PTC] seguia a avançar 1,0% para 8,33 euros, com mais de 1,8 milhões de valores a mudarem de carteira. A operadora de telecomunicações portuguesa continua a beneficiar da melhoria de resultados da participada brasileira Telesp Celular Participações.

As acções da ParaRede [PARA] disparavam 8,33% para os 0,39 euros, o valor mais elevado desde Maio de 2002, com mais de 9 milhões de títulos negociados. Desde que a Portugal Telecom anunciou que ia adjudicar três novos projectos tecnológicos à ParaRede, o interesse pelas acções cotadas no PSI-20 com o preço mais baixo parece ter sido renovado.

Bolsas na Europa seguem mistas, depois do euro ter atingido um novo máximo contra o dólar

As praças na Europa seguiam mistas na manhã em que a moeda partilhada pelas 12 economias da Zona Euro fixou um novo máximo face à norte-americana, ao tocar nos 1,2928 dólares.

O euro voltou a ganhar impulso depois de Guy Quaden, membro do BCE, ter afirmado que a instituição não terá nenhuma taxa em mente a partir da qual tenha que vender euros ou reduzir a taxa de juro para «afrouxar» a subida do euro.

O Dow Jones Stoxx 50 seguia em queda de 0,11%, para 2.740,13 pontos, com a farmacêutica Bayer e a retalhista Ahold a liderar as perdas do índice europeu.

O DAX [DAX] apreciava 0,13% a marcar 4.101,01 pontos, com a desvalorização do Commerzbank a impedir o índice alemão de acumular ganho mais avultados. O Commerzbank recuava 1,7% para os 15,63 euros, depois de, inesperadamente, ter apresentado prejuízos relativos ao quarto trimestre de 2003. A animar o DAX estava a Volkswagen, que seguia com um ganho de 3,00% para os 40,50 euros.

Na praça londrina, o FTSE 100 [FTSE] seguiam praticamente inalterados, a recuar 0,05% para 4.459,30 pontos, com a intermediária imobiliária Bradford & Bingley, que intermedeia cerca de um quarto do negócio imobiliário do Reino Unido, a liderar as perdas do índice ao recuar 2,3% para os 305,69 pences.

Em Paris, o CAC 40 [CAC] recuava 0,03% para 3.702,89 pontos, com os valores da Cap Gemini liderarem com um ganho de 1,0% para os 37,96 euros, sem compensarem as quedas de 0,6% da EADS e de outros 0,6% da cadeia de televisão TF1.

O AEX de Amesterdão avançava 0,12% para 361,47 pontos. As acções da KPN disparavam 5,90% para os 7,00 euros e as da Ahold a recuarem 1,20% para os 6,60 euros.

Em Madrid, o IBEX 35 [IBEX] negociava em subida de 0,15% para 8.271,00 pontos, com o grupo de media Sogecable a liderar as valorizações com uma apreciação de 3,4% para os 37,98 euros, seguida da empresa de páginas amarelas TPI a somar 3,2% para os 5,84 euros
 
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por TRSM » 18/2/2004 12:26

Commerzbank apresenta prejuízo inesperado no quarto trimestre de 2003

Presidente executivo admite fusãoCommerzbank apresenta prejuízo inesperado no quarto trimestre de 2003
O Commerzbank, terceiro maior banco alemão por activos, registou um prejuízo inesperado, no quarto trimestre de 2003, impulsionado por pagamentos elevados de impostos. O presidente executivo admite envolver o banco em processos de consolidação.

O prejuízo foi de 88 milhões de euros, contra os 243 milhões de euros de prejuízo do mesmo período do ano passado, disse o porta-voz do banco alemão, Peter Pietsch. Os analistas consultados pela Bloomberg esperavam que o banco apresentasse lucros.

Antes de impostos, o Commerzbank ganhou 71 milhões de euros. O banco alemão e os seus concorrentes, nomeadamente o HVB Group, têm sido prejudicados por insolvências recorde e por três anos de declínio nas acções, que puseram em causa o valor dos seus investimentos.

O director financeiro, Eric Strutz, disse aos analistas que o ano teve um «início promissor» e que o banco espera, este ano, um aumento dos resultados.

Presidente executivo do Commrzbank admite fusão

Por outro lado, o presidente executivo do Commerzbank, Klaus-Peter Mueller, disse, hoje, num discurso distribuído depois de uma conferência de imprensa, que está aberto a conversações acerca de possíveis fusões ou aquisições.

«É inteiramente do interesse dos nossos accionistas, clientes e empregados, que permaneçamos abertos a soluções razoáveis que envolvam outros, quer ao nível nacional, quer internacional», explicou o presidente executivo do banco.

Os executivos dos dois outros maiores bancos alemães também já disseram que a fusão é uma possibilidade. O presidente executivo do Deutsche Bank AG, Josef Ackermann, disse este mês que o banco está a analisar as suas possibilidades de fusões.

Já o presidente executivo do HVB Group, Dieter Rampl disse, em Janeiro, que o segundo maior banco alemão está disposto a uma combinação ou com o Commerzbank ou com um banco internacional.

Os bancos europeus estão sobre um aumento de pressão para se fundirem para continuarem a concorrer com os maiores bancos dos Estados Unidos da América. A J.P. Morgan Chase & Co., acordou o mês passado comprar o Bank One Corp por 55,1 mil milhões de dólares, três meses depois do Bank of América Corp. ter anunciado a sua compra, no valor de 47 mil milhões de dólares, do FleetBoston Financial Corp.

No entanto, o presidente executivo do Commerzbank, que disse o mês passado que não está envolvido em conversações sobre uma eventual fusão e «continua a planear a sua estratégia sozinho».

As acções do Commerzbank seguiam a cair 1,57% para os 15,68 euros.

2004
 
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por TRSM » 18/2/2004 11:51

Em 2003
Lucros da Volkswagen caem 57% com a valorização do euro face ao dólar
Os lucros da Volkswagen, maior fabricante de automóveis da Europa, caíram 57% em 2003, uma vez que o euro subiu relativamente ao dólar e a empresa fez uma reavaliação em baixa dos activos.

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Ana Filipa Rego
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Os lucros da Volkswagen, maior fabricante de automóveis da Europa, caíram 57% em 2003, uma vez que o euro subiu relativamente ao dólar e a empresa fez uma reavaliação em baixa dos activos.

A fabricante alemã pretende, depois da redução dos lucros, cortar a atribuição de dividendos em 19%, na primeira redução em 11 anos.

Os resultados líquidos anuais baixaram para os 1,12 mil milhões de euros, ou 2,84 euros por acção, contra os 2,6 mil milhões de euros, ou 6,72 euros por acção, de 2002, disse a Volkswagen em comunicado.

Os lucros excederam os 1,04 mil milhões de euros estimados pelos analistas consultados pela Bloomberg. As vendas aumentaram 0,2% para os 87,2 mil milhões de euros, de 86,9 mil milhões de euros.

As acções da VW seguiam a subir 2,47% para os 40,32 euros
 
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por TRSM » 18/2/2004 11:08

Euro em novo máximo com declarações de Guy Quaden
A moeda da Zona Euro atingiu, esta manhã, um novo máximo desde a sua criação, ultrapassando os 1,29 dólares, depois de Guy Quaden, membro do BCE, ter afirmado que a instituição não terá nenhuma taxa em mente a partir da qual tenha que vender euros ou reduzir a taxa de juro para «afrouxar» a subida do euro.

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Bárbara Leite
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A moeda da Zona Euro atingiu, esta manhã, um novo máximo desde a sua criação, ultrapassando os 1,29 dólares, depois de Guy Quaden, membro do Banco Central Europeu (BCE) ter afirmado que a instituição não terá nenhuma taxa em mente a partir da qual tenha que vender euros ou reduzir a taxa de juro para «afrouxar» a subida do euro.

O euro chegou a atingir os 1,2928 dólares, com uma valorização de 0,67%, subida que leva a moeda europeia a quebra um novo máximo desde 1999, ano em foi criada.

Esta valorização seguiu as declarações de Guy Quaden que admitiu que «uma significativa apreciação no euro não é desejável», mas que não existe taxa de câmbio que altere completamente a direcção da moeda ou um limiar que a partir do qual a «dor se torne insoportável».

Numa conferência em Bruxelas, citado pelo Bloomberg, Quaden destacou ainda que o BCE «não tem nenhuma taxa em mente a partir da qual considere vender euros ou reduzir as taxas de juro» para impedir a valorização da moeda europeia.

Nesta semana, Jean-Claude Trichet, presidente do BCE referiu que a actual taxa de juro na Europa de 2% é a adequada e que a apreciação do euro não estaria a prejudicar a recuperação económica europeia
 
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por TRSM » 18/2/2004 11:07

Pela primeira vez em oito meses
Preços no produtor alemão caíram inesperadamente em Janeiro
Os preços no produtor alemão caíram inesperadamente em Janeiro, pela primeira vez em oito meses, sugerindo que uma apreciação do euro face ao dólar está a ajudar a deter a inflação na maior economia da Europa.

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Ana Filipa Rego
arego@mediafin.pt


Os preços no produtor alemão caíram inesperadamente em Janeiro, pela primeira vez em oito meses, sugerindo que uma apreciação do euro face ao dólar está a ajudar a deter a inflação na maior economia da Europa.

Os custos dos bens que vão desde a borracha às máquinas baixaram 0,2% face a Dezembro, disse o Instituto Oficial de Estatísticas.

Em termos homólogos, os preços aumentaram 0,2%, em Janeiro, correspondendo às expectativas dos economistas consultados pela Bloomberg.

A valorização de 20% da moeda única europeia face ao dólar, no ano passado, está a baixar o custo dos bens importados. Os preços das importações caíram, em Dezembro, o máximo em sete meses.

A economia cresceu 0,2% no quarto trimestre face ao terceiro, no mesmo ritmo dos últimos três meses, impedindo a capacidade das empresas em aumentar os preços.

«Nos próximos meses a inflação vai abrandar novamente», disse Juergen Michels, economista no Citigroup em Londres. Este responsável estima que a inflação vá rondar os 1,2%, este ano.

O euro atingiu hoje o valor mais elevado desde o seu início, em 1999, nos 1,2928 dólares. O aumento da moeda reduz o montante de euros necessário para comprar importações cotadas em dólares.

Em Janeiro, os preços no consumidor aumentaram 0,1% face a Dezembro e ganharam 1,2% durante 2003, uma vez que a valorização do euro face ao dólar compensou um aumento nos custos com os cuidados com a saúde.
 
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por TRSM » 18/2/2004 9:51

Bolsas norte-americanas encerram a valorizar impulsionadas por concentrações

Bolsas norte-americanas encerram a valorizar impulsionadas por concentrações
As bolsas norte-americanas terminaram a sessão de hoje a valorizar, com o Dow Jones a subir 0,82% e o Nasdaq a avançar 1,30%, impulsionados pela aquisição da AT&T Wireless pela Cingular Wireless, por 41 mil milhões de dólares (31,94 mil milhões de euros).

O Dow Jones [INDU] fechou nos 10.714,88 pontos, a subir 0,82% enquanto o Nasdaq [CCMP] encerrou nos 2.080,35 pontos, a valorizar 1,30%.

As acções norte-americanas avançaram hoje impulsionadas por vários movimentos de concentração, o mais visível dos quais envolvendo a compra da AT&T Wireless, terceira maior operadora móvel dos EUA, por 41 mil milhões de dólares (31,9 mil milhões de euros) em dinheiro, pela Cingular Wireless, controlada pela SBC Communications e pela BellSouth.

A AT&T Wireless subiu 16,33%, para 13,75 dólares (10,71 euros), enquanto a SBC caiu 0,76% e a BellSouth recuou 1,66%, para 24,86 dólares (19,36 euros) e 29,06 dólares (22,64 euros), respectivamente. A Vodafone, que também estava na corrida para a compra da norte-americana anunciou hoje a sua desistência, o que levou a maior operadora de telecomunicações móveis do mundo a subir 4,53%, para 138,5 pences (2,05 euros) na praça londrina.

A notícia acabou por impulsionar todo sector das telecomunicações, com a operadora Sprint a ganhar 7,48%, para 9,91 dólares (7,72 euros).

Também o grupo Provident Financial aumentou 11,11%, depois do maior banco do estado do Ohio, o National City, ter afirmado que irá pagar 2,1 mil milhões de dólares (1,64 mil milhões de euros), em acções, por aquela entidade bancária. O National caiu 2,32%, para 34,57 dólares (26,93 euros).

Por outro lado, o North Fork Bancorp, acordou comprar o GreenPoint Financial, por 6,3 mil milhões de dólares (4,91 mil milhões de euros), um preço abaixo do valor de fecho de sexta-feira passada. As acções do North Fork caíram 0,78%, para 43,41 dólares (33,82 euros), enquanto os títulos do GreenPoint recuaram 3,37%, para 45,25 dólares (35,26 euros).

Já a Disney, que rejeitou hoje a oferta de compra da operadora de televisão por cabo Comcast, por 54,1 mil milhões de dólares (42,13 mil milhões de euros) perdeu 0,19 %, para 26,87 dólares (20,93 euros). A Comcast valorizou 2,84%, para 30,75 dólares (23,96 euros).

Quem beneficiou igualmente das notícias de concentrações foram os bancos de investimento, nomeadamente Merrill Lynch a valorizar 3,25%, e a Morgan Stanley a crescer 1,61%, para 62,52 dólares (48,70 euros) e 60,71 dólares (47,30 euros), respectivamente.

Hoje saiu apenas um dado macroeconómico relevante nos EUA, ainda assim positivo. A produção industrial dos Estados Unidos da América cresceu 0,8% em Janeiro deste ano, face a Dezembro último, anunciou hoje a Reserva Federal norte-americana.

O aumento de 0,8% corresponde às expectativas dos economistas consultados pela Bloomberg e seguiu-se a um mês de Dezembro sem alteração.

O american depositary receipt (ADR) da Portugal Telecom (PT) [PTC] aumentou 1,84% para 11,63 dólares (9,06 euros), enquanto em Lisboa as acções da operadora de telecomunicações subiram 2,27%, para 9,03 euros.

O ADR da Electricidade de Portugal (EDP) [EDP] aumentou 1,90% para 29 dólares (22,59 euros), enquanto em Lisboa a empresa viu os seus títulos encerrarem nos 2,24 euros, a subir 0,45%. Cada ADR equivale a 10 acções da eléctrica nacional.

2004/02/17
 
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Noticias de 18 de Fevereiro de 2004

por TRSM » 18/2/2004 9:50

Rácios de capital limitam potencial de crescimento do BCP
O BCP tem um «grande potencial» de crescimento, mas a sua actividade está limitada pela fragilidade dos rácios de capital e pelo atraso na venda da unidade de seguros, uma delonga que começa a por em causa a credibilidade da gestão de Jardim Gonçalves, diz o Santander num estudo em que baixou a recomendação do banco para «manter».

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Ricardo Domingos
rd@mediafin.pt



O BCP tem um «grande potencial» de crescimento, mas a sua actividade está limitada pela fragilidade dos rácios de capital e pelo atraso na venda da unidade de seguros, uma delonga que começa a por em causa a credibilidade da gestão de Jardim Gonçalves, diz o Santander num estudo em que baixou a recomendação do banco para «manter».

Os resultados líquidos deverão crescer dos 438,1 milhões de euros em 2003 para os 599,1 milhões de euros em 2006 -considerando a consolidação integral do Bank Millennium na Polónia (o BCP detém 50%)- valores que traduzem um crescimento anual dos lucros a uma taxa de 11%.

No entanto, defende o analista Manuel Preto - que anteriormente defendia a «compra» das acções do BCP - esta evolução deverá resultar mais de uma recuperação da economia portuguesa do que propriamente da estratégia definida pelo banco.

Além disso, os lucros previstos permitirão apenas um reforço «limitado» dos capitais próprios, uma vez que os mesmos terão que ser canalizados para o provisionamento do malparado e para a amortização de perdas registadas pelo fundo de pensões, defende a mesma fonte.

«Consideramos que o BCP não conseguirá gerar uma quantidade significativa de capital através dos resultados nos próximos dois anos, dadas as perdas substanciais que precisam de ser contabilizadas contra a solvência, devido a menos valias e à amortização de ‘goodwill’», afirma o Santander.

Venda da Seguros & Pensões e redução de custos são essenciais

A alienação de activos não estratégicos - nomeadamente da Seguros & Pensões - e a redução de custos, deverão tornar-se, por isso, numa prioridade para o BCP, que conta com um rácio de capital base nos 3,2%, segundo os cálculos do Santander, um valor «bem abaixo dos 5% oficialmente anunciados pelo BCP».

«A venda de activos não estratégicos pode fazer toda a diferença, libertando capital e potencialmente gerando mais valias que poderiam ser usadas para compensar o efeito das provisões e amortizações», ressalva o analista.

O banco deverá apostar, também, na redução de custos para atingir o seu potencial, uma vez que o seu rácio de eficiência – que mede a percentagem dos custos sobre os proveitos – se encontrava nos 62,5% no final de 2003, o que constitui o segundo valor mais alto dos cinco maiores bancos nacionais.

A extinção e fusão das várias marcas comerciais do BCP – Nova Rede, SottoMayor, Mello e BCP – sob a designação única de Millennium bcp, poderiam igualmente abrir as portas para algumas poupanças, com a eliminação de balcões e uma consequente redução de pessoal.

Apesar de uma medida desta natureza «fazer sentido», os custos imediatos associados impedem que esta «seja uma opção (válida), a menos que a mesma fosse financiada por um aumento de capital», argumento Manuel Preto.

Segundo a mesma fonte, acresce ainda o facto da gestão do BCP ter tido um «sucesso limitado nas tentativas de redução de custos que se seguiram às aquisições do Banco Mello e do Banco Pinto & Sotto Mayor.


Preço alvo aumenta em 10,53%

O preço alvo para os títulos do BCP foi aumentado em 10,53% porque, apesar das limitações acima referidas, a venda da Seguros & Pensões pode ocorrer a qualquer momento e os «fortes resultados» do último trimestre de 2003 evitaram uma queda, em termos absolutos, dos lucros anuais.

O novo preço de referência a 12 meses subiu dos 1,90 euros para os 2,10 euros por acção, o que incorpora um potencial de valorização de 16,7% face à cotação do banco no dia em que o estudo foi realizado, ou seja, a 16 de Fevereiro, nos 1,80 euros.

Paralelamente, a concretização efectiva de uma parceria para o mercado internacional entre o BCP e a Caixa Geral de Depósitos, cuja discussão foi recentemente admitida por ambos os líderes das instituições, poderia diluir os custos do banco de Jardim Gonçalves na Polónia, ao mesmo tempo que daria uma maior dimensão externa ao banco estatal.

Estas medidas «permitiriam ao banco aumentar as suas opções estratégicas em termos de crescimento do crédito concedido ou de redução de custos», salienta Manuel Preto.

As acções do BCP seguiam nos 1,96 euros, a subir 0,51%.
Editado pela última vez por TRSM em 19/2/2004 10:56, num total de 1 vez.
 
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