Off-Topic: As nossas elites são uma m****!!!
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Posso dar-me...
ao luxo de perder um trade e ler um bom texto...só se perdem as que caem no chão...tu jumento não és o Patacôncio ???
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Inox
Off-Topic: As nossas elites são uma m****!!!
Mais um artigo do jumento.
in http://jumento.blogdrive.com/
As nossas elites são uma m****!!!
Quando comecei a idealizar este blog pensei em chamar-lhe o ‘o perplexo’, pois era esse o sentimento que me dominava, tal como manifesta Duarte Lima na sua coluna de opinião do Expresso; desisti deste nome, intelectualmente mais competitivo em relação aos grandes blogs cá da praça, porque o que se passa neste país já não justifica perplexidades.
Ontem fiz um ligeiro zurro ao ver a Somague passar a falar castelhano, e não fui mais longe porque com tanta gente a comer à conta dos espanhóis, receei que alguém pensasse que O Jumento afinal era a simbiose de uma célula vermelha com amigos de Olivença. É que neste país, onde uma boa parte dos líderes de opinião beneficiam de rendimentos de origem desconhecida, quando alguém é independente começa logo a levar sem saber de onde vêm.
Mas não foi só O Jumento a levantar a voz, foi também Nicolau Santos que no Expresso grita "Miséria de Elites". Nicolau Santos tem razão e só peca por defeito, o que nós temos, de facto, é uma ***** de elites, sejam económicas, sejam políticas, sejam culturais; e, pior do que isso, ainda se passeiam armados em finos, não se coibindo de exibir as suas mais recentes conquistas materiais e gozando com um povo que está desempregado, que passa fome, que não vê os seus filhos terem acesso a um ensino que lhes dê oportunidades de ultrapassar ciclos sucessivos de pobreza ou que espera meses ou anos para curar um mal que o faz sofrer hora a hora, dia a dia.
São os nossos políticos a beneficiar de segundos e terceiros empregos em fundações, em universidades privadas ou em empresas que os grupos financeiros criam par colocar os seus inúteis, são porta-vozes envolvidos em manobras financeiras estranhas, são políticos no desemprego a viver de bolsas, são partidos que num dia têm 500 contos nos cofres e um mês depois desencadeiam campanhas que custam milhões, são uma casta de cultos que vive de subsídios a produzirem cultura para eles próprios se masturbarem, são governantes a viajar em jactos particulares para passar o reveillon nos trópicos, são pediatras a defender vacinas que lhes proporcionam comissões, são câmaras municipais a dar de comer aos militantes do partido sob a capa de consultores jurídicos, enfim uma infinidade de situações a que assistimos no dia a dia.
Andamos todos a discutir se o Big Brother deve constar num livro de português, quando provavelmente os mapas dos livros de geografia (ao contrário, por exemplo, dos mapas militares – sabima?) reconhecem uma fronteira que a Constituição não aceita, e há mesmo uns palermas que andam por aí a dizer que Portugal é o país da Europa com as fronteiras mais antigas; são os livros de português e de história a omitir uma riquíssima herança árabe e um primeiro-ministro que, resolvido o problema da conquista de um tacho na Comissão (ou não é verdade que até á chegada de Vitorino o lugar na Comissão não passou de um tacho?), só se preocupa com a tradição judaico-cristã (quando o próprio Vaticano só há dois ou três anos abandonou o estigma sobre os judeus e em muitas terras deste país o Sábado da semana santa era o dia do judeu e comemorava-se queimando bonecos de palha), e que eu saiba nenhum governo português até hoje reconheceu o crime da expulsão dos judeus.
Mas não discutimos se com o ensino que temos o país não vai estar na mesma cepa torta daqui a vinte anos, e se em vez dos últimos em 15 passaremos a ser os últimos em 30 ou 40. Apregoam-se as virtudes da reforma da legislação laboral, mas não se questiona se não estamos a condenar os nossos jovens a serem futuros serventes de pedreiro, raparigas do shopping, funcionários da EMEL, guardas da PROSEGUR ou empregados de mesa, num país em que o único modelo de desenvolvimento que temos é a sua ausência de ideias.
Corta-se no orçamento das universidades, promete-se nada construir enquanto houver crianças em filas de espera para os hospitais ou pensões de miséria mas afinal há dinheiro para prolongar as linhas de TGV espanholas até Lisboa e Porto, e ainda sobra para nos armarmos em ricos e irmos dar um balúrdio por uma quota de um banco espanhol de sucesso duvidoso; esperemos que um dia destes a CGD não venda essa participação a algum dos nossos nacionalistas que de seguida a revende a espanhóis com as respectivas mais valias, para mais tarde se irem queixar a São Bento da transferência dos centros de poder para Madrid. Não será possível em Portugal alguém comprar um banco com o dinheiro do próprio banco?
As nossas elites, ou pelo menos aquelas que revelam maior aptidão para a conquista do poder, são uma *****; ou são beneficiárias de mecanismos proteccionistas e herdeiras dos planos quinquenais corporativistas, ou vivem de expedientes corruptos ou oportunistas e estão-se nas tintas para o futuro deste país. O futuro deste país é menos importante do que o próximo modelo da Audi ou da BMW, e agora com o euro já ninguém tem que se envergonhar de pagar em pesetas. E, ao que parece, resolvem os seus problemas mais íntimos a ler O Meu Pipi.
As evidências são tão grandes que ficar perplexo implica sermos burros; e por isso este Blog chama-se Jumento, e é independente de elites sejam elas culturais, económicas ou políticas.
in http://jumento.blogdrive.com/
As nossas elites são uma m****!!!
Quando comecei a idealizar este blog pensei em chamar-lhe o ‘o perplexo’, pois era esse o sentimento que me dominava, tal como manifesta Duarte Lima na sua coluna de opinião do Expresso; desisti deste nome, intelectualmente mais competitivo em relação aos grandes blogs cá da praça, porque o que se passa neste país já não justifica perplexidades.
Ontem fiz um ligeiro zurro ao ver a Somague passar a falar castelhano, e não fui mais longe porque com tanta gente a comer à conta dos espanhóis, receei que alguém pensasse que O Jumento afinal era a simbiose de uma célula vermelha com amigos de Olivença. É que neste país, onde uma boa parte dos líderes de opinião beneficiam de rendimentos de origem desconhecida, quando alguém é independente começa logo a levar sem saber de onde vêm.
Mas não foi só O Jumento a levantar a voz, foi também Nicolau Santos que no Expresso grita "Miséria de Elites". Nicolau Santos tem razão e só peca por defeito, o que nós temos, de facto, é uma ***** de elites, sejam económicas, sejam políticas, sejam culturais; e, pior do que isso, ainda se passeiam armados em finos, não se coibindo de exibir as suas mais recentes conquistas materiais e gozando com um povo que está desempregado, que passa fome, que não vê os seus filhos terem acesso a um ensino que lhes dê oportunidades de ultrapassar ciclos sucessivos de pobreza ou que espera meses ou anos para curar um mal que o faz sofrer hora a hora, dia a dia.
São os nossos políticos a beneficiar de segundos e terceiros empregos em fundações, em universidades privadas ou em empresas que os grupos financeiros criam par colocar os seus inúteis, são porta-vozes envolvidos em manobras financeiras estranhas, são políticos no desemprego a viver de bolsas, são partidos que num dia têm 500 contos nos cofres e um mês depois desencadeiam campanhas que custam milhões, são uma casta de cultos que vive de subsídios a produzirem cultura para eles próprios se masturbarem, são governantes a viajar em jactos particulares para passar o reveillon nos trópicos, são pediatras a defender vacinas que lhes proporcionam comissões, são câmaras municipais a dar de comer aos militantes do partido sob a capa de consultores jurídicos, enfim uma infinidade de situações a que assistimos no dia a dia.
Andamos todos a discutir se o Big Brother deve constar num livro de português, quando provavelmente os mapas dos livros de geografia (ao contrário, por exemplo, dos mapas militares – sabima?) reconhecem uma fronteira que a Constituição não aceita, e há mesmo uns palermas que andam por aí a dizer que Portugal é o país da Europa com as fronteiras mais antigas; são os livros de português e de história a omitir uma riquíssima herança árabe e um primeiro-ministro que, resolvido o problema da conquista de um tacho na Comissão (ou não é verdade que até á chegada de Vitorino o lugar na Comissão não passou de um tacho?), só se preocupa com a tradição judaico-cristã (quando o próprio Vaticano só há dois ou três anos abandonou o estigma sobre os judeus e em muitas terras deste país o Sábado da semana santa era o dia do judeu e comemorava-se queimando bonecos de palha), e que eu saiba nenhum governo português até hoje reconheceu o crime da expulsão dos judeus.
Mas não discutimos se com o ensino que temos o país não vai estar na mesma cepa torta daqui a vinte anos, e se em vez dos últimos em 15 passaremos a ser os últimos em 30 ou 40. Apregoam-se as virtudes da reforma da legislação laboral, mas não se questiona se não estamos a condenar os nossos jovens a serem futuros serventes de pedreiro, raparigas do shopping, funcionários da EMEL, guardas da PROSEGUR ou empregados de mesa, num país em que o único modelo de desenvolvimento que temos é a sua ausência de ideias.
Corta-se no orçamento das universidades, promete-se nada construir enquanto houver crianças em filas de espera para os hospitais ou pensões de miséria mas afinal há dinheiro para prolongar as linhas de TGV espanholas até Lisboa e Porto, e ainda sobra para nos armarmos em ricos e irmos dar um balúrdio por uma quota de um banco espanhol de sucesso duvidoso; esperemos que um dia destes a CGD não venda essa participação a algum dos nossos nacionalistas que de seguida a revende a espanhóis com as respectivas mais valias, para mais tarde se irem queixar a São Bento da transferência dos centros de poder para Madrid. Não será possível em Portugal alguém comprar um banco com o dinheiro do próprio banco?
As nossas elites, ou pelo menos aquelas que revelam maior aptidão para a conquista do poder, são uma *****; ou são beneficiárias de mecanismos proteccionistas e herdeiras dos planos quinquenais corporativistas, ou vivem de expedientes corruptos ou oportunistas e estão-se nas tintas para o futuro deste país. O futuro deste país é menos importante do que o próximo modelo da Audi ou da BMW, e agora com o euro já ninguém tem que se envergonhar de pagar em pesetas. E, ao que parece, resolvem os seus problemas mais íntimos a ler O Meu Pipi.
As evidências são tão grandes que ficar perplexo implica sermos burros; e por isso este Blog chama-se Jumento, e é independente de elites sejam elas culturais, económicas ou políticas.
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