Está na Altura de meter o guito no colchão?
Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
A este propósito eu tenho o seguinte entendimento:Em tempos proliferaram no caldeirão tópicos acerca do modo a ser usado para constituir contas no estrangeiro; e outros tópicos,os quais, colocavam a possibilidade de sairmos do euro, e a consequente desvalorização de ativos que isso acarretava.
Alguns participantes fizeram saber que tinham aberto uma conta no estrangeiro.Outros, mais tarde, passaram por aqui para se queixarem que as comissões de manutenção de contas pagas na Suiça eram exorbitantes.Assim como a trabalheira de abrirem contas nesse destino.
Na altura em que essa discussão estava ao rubro, eram pagas taxas de deposito de cerca de 6% em Portugal.Eu, ou invés de debandar, aproveitei as ditas taxas; mais tarde, aproveitei taxas de 5%. Ainda mais tarde... aproveitei taxas de 4,9%, outras de 4,3%. Neste momento o mínimo que recebo por um deposito a prazo é de 3% brutos.Somando a rentabilidade em taxas que recebi nestes últimos anos em depósitos a prazo essa soma já ultrapassa de certo os tais 10% de haircut previstos no decurso da noticia que deu origem a este tópico.E ainda me devem sobrar alguns por cento para cobrir a inflação dos últimos anos.Acho eu!Não fiz as contas.
Quem nessa altura, anos idos de 2008/9 zarpou de Portugal, quando ganhou em rentabilidade em contas deposito?Quando era sabido que Portugal, por estar numa posição de pais resgatado a que acrescia um estrangulamento dos empréstimos entre bancos Europeus/Portugueses, era um dos países que maiores taxas de deposito pagava aos seus clientes?Será que a rentabilidade nessas contas deu para vencerem a inflação Portuguesa?Não falo da inflação desses países onde as contas estavam domiciliadas, dado que não gastavam o dinheiro nesses países.
Conclusão:Eu sou um gajo de muita pouca sorte!Aliás, nem acredito na sorte!Sorte a minha!LOL Acredito no valor criado pelo trabalho.Com a pouca sorte que tenho, caso tivesse conta no estrangeiro, podia acontecer que num momento de circulação de ativos entre Portugal e essa conta fosse apanhado pelo tal haircut aqui debatido.O mesmo se aplica a muitos que aqui comentam!Ou porque não foram céleres em demasia para levar a cabo tal intento (constituição de conta no estrangeiro); ou porque se depararam com dificuldades acrescidas; ou porque baixaram a guarda num determinado dia e pensaram que a coisa já não era um perigo!Ou porque escolheram o país errado para domiciliarem a conta; ou porque o haircut prevê o arresto de bens colocados em contas no estrangeiro.Sabe-se lá?!LOL
Ou seja, eu prefiro ficar quieto, porque muita mais coisa não se poderá fazer.Entretanto, vou tirando partido das oportunidades que um pais com maior risco que os seus vizinhos pode proporcionar em termos de rentabilidade.
Alguns participantes fizeram saber que tinham aberto uma conta no estrangeiro.Outros, mais tarde, passaram por aqui para se queixarem que as comissões de manutenção de contas pagas na Suiça eram exorbitantes.Assim como a trabalheira de abrirem contas nesse destino.
Na altura em que essa discussão estava ao rubro, eram pagas taxas de deposito de cerca de 6% em Portugal.Eu, ou invés de debandar, aproveitei as ditas taxas; mais tarde, aproveitei taxas de 5%. Ainda mais tarde... aproveitei taxas de 4,9%, outras de 4,3%. Neste momento o mínimo que recebo por um deposito a prazo é de 3% brutos.Somando a rentabilidade em taxas que recebi nestes últimos anos em depósitos a prazo essa soma já ultrapassa de certo os tais 10% de haircut previstos no decurso da noticia que deu origem a este tópico.E ainda me devem sobrar alguns por cento para cobrir a inflação dos últimos anos.Acho eu!Não fiz as contas.
Quem nessa altura, anos idos de 2008/9 zarpou de Portugal, quando ganhou em rentabilidade em contas deposito?Quando era sabido que Portugal, por estar numa posição de pais resgatado a que acrescia um estrangulamento dos empréstimos entre bancos Europeus/Portugueses, era um dos países que maiores taxas de deposito pagava aos seus clientes?Será que a rentabilidade nessas contas deu para vencerem a inflação Portuguesa?Não falo da inflação desses países onde as contas estavam domiciliadas, dado que não gastavam o dinheiro nesses países.
Conclusão:Eu sou um gajo de muita pouca sorte!Aliás, nem acredito na sorte!Sorte a minha!LOL Acredito no valor criado pelo trabalho.Com a pouca sorte que tenho, caso tivesse conta no estrangeiro, podia acontecer que num momento de circulação de ativos entre Portugal e essa conta fosse apanhado pelo tal haircut aqui debatido.O mesmo se aplica a muitos que aqui comentam!Ou porque não foram céleres em demasia para levar a cabo tal intento (constituição de conta no estrangeiro); ou porque se depararam com dificuldades acrescidas; ou porque baixaram a guarda num determinado dia e pensaram que a coisa já não era um perigo!Ou porque escolheram o país errado para domiciliarem a conta; ou porque o haircut prevê o arresto de bens colocados em contas no estrangeiro.Sabe-se lá?!LOL
Ou seja, eu prefiro ficar quieto, porque muita mais coisa não se poderá fazer.Entretanto, vou tirando partido das oportunidades que um pais com maior risco que os seus vizinhos pode proporcionar em termos de rentabilidade.
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the right time.”«Mel Raiman»
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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
Lion_Heart Escreveu:Elias Escreveu:Sr_SNiper Escreveu:Abres conta numa offshore, e metes lá tudo
SNiper, não sei se tens noção que com o teu últiimo post estás a promover a fuga ao fisco...
Explica lá isso? Pelo que eu sei as melhores famílias de Portugal usam isso, não as vais acusar de fuga ao fisco ou vais?
explica lá isso do "melhores famílias de Portugal"

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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
Sr_SNiper Escreveu: longe de mim querer fugir às minhas oibrigações fiscais...
Longe mim pensar tal coisa, eu sei que és um tipo honesto e por isso não queria que arranjasses problemas.

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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
Lion_Heart Escreveu:Regularizou , logo nunca foi fuga ao fisco, pois nunca foi acusado. Logo, ter dinheiro em off shore até compensa pois só paga 7,5% se tanto.
É tal e qual... longe de mim querer fugir às minhas oibrigações fiscais...
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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
Regularizou , logo nunca foi fuga ao fisco, pois nunca foi acusado. Logo, ter dinheiro em off shore até compensa pois só paga 7,5% se tanto.
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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
Não percebi o que pretendes provar com esta notícia. Ele regularizou a situação, não? Ou está ainda em situação irregular?
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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
Salgado recorreu a três 'amnistias' fiscais
4 de Fevereiro, 2013por Ana Paula Azevedo e Felícia Cabrita
O presidente do BES, Ricardo Salgado, recorreu aos três planos de ‘amnistia fiscal’ lançados pelos governos desde 2005, dirigidos a quem tem património escondido no estrangeiro.
Segundo o SOL apurou, o presidente do BES regularizou um total de cerca de 26 milhões de euros que tinha fora de Portugal e não declarara ao fisco. E pagou dois milhões de euros de imposto – correspondentes às taxas de 5% e 7,5% estipuladas nos Regimes Extraordinários de Regularização Tributária (RERT) de 2005 (RERT I), de 2010 (RERT II) e de 2011 (RERT III).
Parte desses capitais foi detectada na Akoya Asset Management – sociedade criada em 2009, em Genebra, gerida pelo suíço Michel Canals e pelos portugueses Nicolas Figueiredo e José Pinto, antigos quadros do UBS (Union de Banques Suisses). A Akoya e estes arguidos estão sob investigação do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), no chamado processo Monte Branco – a maior rede de fraude fiscal e branqueamento de capitais alguma vez detectada em Portugal.
Desde o início deste inquérito que Ricardo Salgado era considerado suspeito de ser um dos clientes da rede, tendo sido colocado sob escuta, motivo por que foi chamado a prestar declarações, no passado dia 18 de Dezembro. Tal como o SOL noticiou na altura, o facto de ter regularizado a sua situação fiscal fez com que o DCIAP decidisse ouvi-lo apenas como testemunha e não como arguido.
8,5 milhões de euros de consultoria em Angola
Além de ter recorrido aos três RERT, Ricardo Salgado rectificou a sua declaração de IRS relativa a 2011, para regularizar pelo menos mais 8,5 milhões de euros de rendimentos por actividades de consultoria em Angola.
Estes 8,5 milhões de euros – que já foram noticiados pelo jornal i no passado dia 17 de Janeiro –, assim tornados públicos, poderão ser analisados pelo Banco de Portugal, para verificar se decorreram da actividade como administrador do BES e não de outra, concorrencial à do banco.
Entre 30 de Maio e Dezembro do ano passado, o presidente do BES entregou três declarações de rectificação do IRS de 2011, para regularizar aqueles valores – tendo pago cerca de 4,5 milhões de euros de imposto (à taxa de 35%).
Recorde-se que, em 17 de Maio, o DCIAP efectuou a primeira operação de buscas e detenções no âmbito do processo Monte Branco – o que foi então revelado pelo SOL.
A 24 de Junho, a revista Sábado noticiou que Ricardo Salgado e o primo, José Maria Ricciardi, presidente do BES Investimento (BESI), tinham os seus telefones sob escuta nesse inquérito. As escutas seriam canceladas na sequência dessa notícia, uma vez que já eram do conhecimento dos visados.
Ricardo Salgado acabou por ir depor ao DCIAP (a 18 de Dezembro passado) pouco depois de finalizar a rectificação das suas declarações de IRS.
Esperou 13 anos para declarar rendimentos
Contactado pelo SOL, fonte oficial do BES enfatizou que «a (sua) situação fiscal é completamente regular, conforme poderá ser comprovado junto das autoridades competentes», e que os valores em causa referem-se «exclusivamente a rendimentos obtidos quando se encontrava a trabalhar no estrangeiro» (ver declaração em baixo).
Na terça-feira, em declarações ao Jornal de Negócios, Salgado deu mais pormenores: disse que o dinheiro que declarou nos três RERT refere-se a rendimentos obtidos após sair de Portugal, em 1975. Questionado por que razão não os declarou todos quando regressou ao país, em 1992 – só tendo começado a fazê-lo 13 anos depois, a partir de 2005, e às ‘fatias’ –, disse que, por um lado, esteve sempre à espera de um programa como o RERT, pois outros países já o tinham feito, e que, por outro lado, «precisava de manter capital fora de Portugal, para fazer face aos investimentos no grupo», com sede no Luxemburgo.
As rectificações ao IRS – em que declarou os já referidos 8,5 milhões de euros obtidos em Angola – são explicadas pelo banqueiro como resultado da necessidade de corrigir a matéria colectável, fazendo constar os rendimentos gerados em 2011 pelo capital que declarara no RERT III (pois este regime só abrangia capitais no estrangeiro com data até 31 de Dezembro de 2010).
Sobre o processo Monte Branco e as suspeitas sobre a Akoya, Ricardo Salgado garantiu, ainda ao Jornal de Negócios, que ficou «perplexo»quando tal veio a público e que de imediato prescindiu dos serviços de Nicolas Figueiredo, um dos administradores da Akoya e arguido. Este, contou, era seu gestor de conta na Suíça, desde 2000.
DCIAP diz que não é suspeito
Finalmente, o presidente do BES apresentou no Jornal de Negócios um despacho do procurador Rosário Teixeira, titular do inquérito Monte Branco no DCIAP, atestando que não é suspeito neste caso.
Esse despacho tem data de 18 de Janeiro e surgiu na sequência de um pedido de Ricardo Salgado para que o DCIAP fizesse um esclarecimento sobre a sua situação processual e que o autorizasse a divulgá-lo – algo que até hoje foi feito pela Procuradoria-geral da República em casos pontuais, por comunicados, em relação a governantes como José Sócrates (caso Freeport), Paulo Portas (submarinos) e Passos Coelho (por causa do telefonema interceptado no inquérito às privatizações da REN e da EDP).
No despacho, o procurador Rosário Teixeira explica: «O requerente prestou depoimento como testemunha nos presentes autos, relativamente a diversos segmentos de facto relacionados como movimentos financeiros que aqui foram detectados e com o facto de ter sido identificado como cliente de um dos arguidos [Nicolas Figueiredo] conexos com a Akoya».
«Face aos factos até agora apurados nos presentes autos» – conclui o despacho – «não existem fundamentos para que o agora requerente, Dr. Ricardo Salgado, seja considerado suspeito, razão pela qual foi ouvido como testemunha. Designadamente, em face das declarações fiscais conhecidas nos autos, não existe, com referência aos indícios até agora recolhidos, fundamento para imputar ao requerente a prática de qualquer ilícito de natureza fiscal».
'Não houve fuga ao Fisco'
O SOL perguntou a Ricardo Salgado se confirmava a adesão aos três RERT e se o que originou o recurso a estes regimes não configurou uma situação de fuga ao Fisco. Fonte oficial do BES, respondeu:
Não existe qualquer procedimento judicial em curso contra o Dr. Ricardo Salgado em matéria tributária. A situação fiscal do Dr. Ricardo Salgado é completamente regular, conforme poderá ser comprovado junto das autoridades competentes. O Dr. Ricardo Salgado cumpriu sempre, responsavelmente, as suas obrigações fiscais em Portugal e não está em situação de ‘fuga ao fisco’ ou ‘evasão fiscal’, nem muito menos procedeu, ao contrário do que vem sendo insinuado pelo jornal i e pelo SOL, a transferências ilícitas de capitais para o exterior
O Dr. Ricardo Salgado passou mais de metade da sua vida profissional fora de Portugal, dedicado exclusivamente à reconstrução a partir do exterior do Grupo Espírito Santo e do Banco Espírito Santo. Todos os rendimentos obtidos no estrangeiro, designadamente durante esse longo período, bem como todos os investimentos realizados, encontram-se total e completamente regularizados face à lei fiscal portuguesa.
paula.azevedo@sol.pt
felicia.cabrita@sol.pt
In SOl
4 de Fevereiro, 2013por Ana Paula Azevedo e Felícia Cabrita
O presidente do BES, Ricardo Salgado, recorreu aos três planos de ‘amnistia fiscal’ lançados pelos governos desde 2005, dirigidos a quem tem património escondido no estrangeiro.
Segundo o SOL apurou, o presidente do BES regularizou um total de cerca de 26 milhões de euros que tinha fora de Portugal e não declarara ao fisco. E pagou dois milhões de euros de imposto – correspondentes às taxas de 5% e 7,5% estipuladas nos Regimes Extraordinários de Regularização Tributária (RERT) de 2005 (RERT I), de 2010 (RERT II) e de 2011 (RERT III).
Parte desses capitais foi detectada na Akoya Asset Management – sociedade criada em 2009, em Genebra, gerida pelo suíço Michel Canals e pelos portugueses Nicolas Figueiredo e José Pinto, antigos quadros do UBS (Union de Banques Suisses). A Akoya e estes arguidos estão sob investigação do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), no chamado processo Monte Branco – a maior rede de fraude fiscal e branqueamento de capitais alguma vez detectada em Portugal.
Desde o início deste inquérito que Ricardo Salgado era considerado suspeito de ser um dos clientes da rede, tendo sido colocado sob escuta, motivo por que foi chamado a prestar declarações, no passado dia 18 de Dezembro. Tal como o SOL noticiou na altura, o facto de ter regularizado a sua situação fiscal fez com que o DCIAP decidisse ouvi-lo apenas como testemunha e não como arguido.
8,5 milhões de euros de consultoria em Angola
Além de ter recorrido aos três RERT, Ricardo Salgado rectificou a sua declaração de IRS relativa a 2011, para regularizar pelo menos mais 8,5 milhões de euros de rendimentos por actividades de consultoria em Angola.
Estes 8,5 milhões de euros – que já foram noticiados pelo jornal i no passado dia 17 de Janeiro –, assim tornados públicos, poderão ser analisados pelo Banco de Portugal, para verificar se decorreram da actividade como administrador do BES e não de outra, concorrencial à do banco.
Entre 30 de Maio e Dezembro do ano passado, o presidente do BES entregou três declarações de rectificação do IRS de 2011, para regularizar aqueles valores – tendo pago cerca de 4,5 milhões de euros de imposto (à taxa de 35%).
Recorde-se que, em 17 de Maio, o DCIAP efectuou a primeira operação de buscas e detenções no âmbito do processo Monte Branco – o que foi então revelado pelo SOL.
A 24 de Junho, a revista Sábado noticiou que Ricardo Salgado e o primo, José Maria Ricciardi, presidente do BES Investimento (BESI), tinham os seus telefones sob escuta nesse inquérito. As escutas seriam canceladas na sequência dessa notícia, uma vez que já eram do conhecimento dos visados.
Ricardo Salgado acabou por ir depor ao DCIAP (a 18 de Dezembro passado) pouco depois de finalizar a rectificação das suas declarações de IRS.
Esperou 13 anos para declarar rendimentos
Contactado pelo SOL, fonte oficial do BES enfatizou que «a (sua) situação fiscal é completamente regular, conforme poderá ser comprovado junto das autoridades competentes», e que os valores em causa referem-se «exclusivamente a rendimentos obtidos quando se encontrava a trabalhar no estrangeiro» (ver declaração em baixo).
Na terça-feira, em declarações ao Jornal de Negócios, Salgado deu mais pormenores: disse que o dinheiro que declarou nos três RERT refere-se a rendimentos obtidos após sair de Portugal, em 1975. Questionado por que razão não os declarou todos quando regressou ao país, em 1992 – só tendo começado a fazê-lo 13 anos depois, a partir de 2005, e às ‘fatias’ –, disse que, por um lado, esteve sempre à espera de um programa como o RERT, pois outros países já o tinham feito, e que, por outro lado, «precisava de manter capital fora de Portugal, para fazer face aos investimentos no grupo», com sede no Luxemburgo.
As rectificações ao IRS – em que declarou os já referidos 8,5 milhões de euros obtidos em Angola – são explicadas pelo banqueiro como resultado da necessidade de corrigir a matéria colectável, fazendo constar os rendimentos gerados em 2011 pelo capital que declarara no RERT III (pois este regime só abrangia capitais no estrangeiro com data até 31 de Dezembro de 2010).
Sobre o processo Monte Branco e as suspeitas sobre a Akoya, Ricardo Salgado garantiu, ainda ao Jornal de Negócios, que ficou «perplexo»quando tal veio a público e que de imediato prescindiu dos serviços de Nicolas Figueiredo, um dos administradores da Akoya e arguido. Este, contou, era seu gestor de conta na Suíça, desde 2000.
DCIAP diz que não é suspeito
Finalmente, o presidente do BES apresentou no Jornal de Negócios um despacho do procurador Rosário Teixeira, titular do inquérito Monte Branco no DCIAP, atestando que não é suspeito neste caso.
Esse despacho tem data de 18 de Janeiro e surgiu na sequência de um pedido de Ricardo Salgado para que o DCIAP fizesse um esclarecimento sobre a sua situação processual e que o autorizasse a divulgá-lo – algo que até hoje foi feito pela Procuradoria-geral da República em casos pontuais, por comunicados, em relação a governantes como José Sócrates (caso Freeport), Paulo Portas (submarinos) e Passos Coelho (por causa do telefonema interceptado no inquérito às privatizações da REN e da EDP).
No despacho, o procurador Rosário Teixeira explica: «O requerente prestou depoimento como testemunha nos presentes autos, relativamente a diversos segmentos de facto relacionados como movimentos financeiros que aqui foram detectados e com o facto de ter sido identificado como cliente de um dos arguidos [Nicolas Figueiredo] conexos com a Akoya».
«Face aos factos até agora apurados nos presentes autos» – conclui o despacho – «não existem fundamentos para que o agora requerente, Dr. Ricardo Salgado, seja considerado suspeito, razão pela qual foi ouvido como testemunha. Designadamente, em face das declarações fiscais conhecidas nos autos, não existe, com referência aos indícios até agora recolhidos, fundamento para imputar ao requerente a prática de qualquer ilícito de natureza fiscal».
'Não houve fuga ao Fisco'
O SOL perguntou a Ricardo Salgado se confirmava a adesão aos três RERT e se o que originou o recurso a estes regimes não configurou uma situação de fuga ao Fisco. Fonte oficial do BES, respondeu:
Não existe qualquer procedimento judicial em curso contra o Dr. Ricardo Salgado em matéria tributária. A situação fiscal do Dr. Ricardo Salgado é completamente regular, conforme poderá ser comprovado junto das autoridades competentes. O Dr. Ricardo Salgado cumpriu sempre, responsavelmente, as suas obrigações fiscais em Portugal e não está em situação de ‘fuga ao fisco’ ou ‘evasão fiscal’, nem muito menos procedeu, ao contrário do que vem sendo insinuado pelo jornal i e pelo SOL, a transferências ilícitas de capitais para o exterior
O Dr. Ricardo Salgado passou mais de metade da sua vida profissional fora de Portugal, dedicado exclusivamente à reconstrução a partir do exterior do Grupo Espírito Santo e do Banco Espírito Santo. Todos os rendimentos obtidos no estrangeiro, designadamente durante esse longo período, bem como todos os investimentos realizados, encontram-se total e completamente regularizados face à lei fiscal portuguesa.
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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
Lion_Heart Escreveu:Pelo que eu sei as melhores famílias de Portugal usam isso
Tens provas para afirmar isso?
Lion_Heart Escreveu: não as vais acusar de fuga ao fisco ou vais?
Eu não sou um fiscal das finanças. Não sou o ministério público. Não me compete a mim acusar seja quem for.
O post anterior era apenas uma chamada de atenção, nada mais.
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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
Lion_Heart Escreveu:Elias Escreveu:Sr_SNiper Escreveu:Abres conta numa offshore, e metes lá tudo
SNiper, não sei se tens noção que com o teu últiimo post estás a promover a fuga ao fisco...
Explica lá isso? Pelo que eu sei as melhores famílias de Portugal usam isso, não as vais acusar de fuga ao fisco ou vais?
O que o Sniper queria dizer era: Colocar numa conta de um banco noutro país com um regime fiscal favorável ao investimento estrangeiro e sem muita dívida pública, mas declarando quaisquer mais-valias/dividendos/cupões em sede de IRS, honrando todas as obrigações fiscais e legais. Certo?


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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
Elias Escreveu:Sr_SNiper Escreveu:Abres conta numa offshore, e metes lá tudo
SNiper, não sei se tens noção que com o teu últiimo post estás a promover a fuga ao fisco...
Explica lá isso? Pelo que eu sei as melhores famílias de Portugal usam isso, não as vais acusar de fuga ao fisco ou vais?
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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
Sr_SNiper Escreveu:Abres conta numa offshore, e metes lá tudo
SNiper, não sei se tens noção que com o teu último post estás a promover a fuga ao fisco...
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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
mrod0 Escreveu:Então e se tivermos tudo no colchão, depois o que fazer? Esperar? 1 ano? 5?..
É que se a inflação histórica de 3% for referência para alguma coisa, ao fim de 3 anos e 4 meses, já tivemos outro confisco: o da inflação.
Certo?
Abres conta numa offshore, e metes lá tudo
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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
Então e se tivermos tudo no colchão, depois o que fazer? Esperar? 1 ano? 5?..
É que se a inflação histórica de 3% for referência para alguma coisa, ao fim de 3 anos e 4 meses, já tivemos outro confisco: o da inflação.
Certo?
É que se a inflação histórica de 3% for referência para alguma coisa, ao fim de 3 anos e 4 meses, já tivemos outro confisco: o da inflação.
Certo?
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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
E se um tipo estiver curto e alavancado?
Tem que fechar tudo para ter os 10% para dar ao estado? É de uma pessoa se atirar da 25 de Abril... Ou morrer bebado em ibiza...
Tem que fechar tudo para ter os 10% para dar ao estado? É de uma pessoa se atirar da 25 de Abril... Ou morrer bebado em ibiza...
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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
Já falei disso para aí há um ano. Deixei para aí um artigo e até discuti com o "nuuuno"!! O FMI anda muito atrasado mas quando ataca é logo 10%
eu na altura falei de 1 a 2,5%. Quero comissão de ideia lol (que foi por sua vez tirado duma situação que aconteceu há mais de 400 anos em florença)

Artigos e estudos: Página repositório dos meus estudos e análises que vou fazendo. Regularmente actualizada. É costume pelo menos mais um estudo por semana. Inclui a análise e acompanhamento das carteiras 4 e 8Fundos.
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus
"We don’t need a crystal ball to be successful investors. However, investing as if you have one is almost guaranteed to lead to sub-par results." The Irrelevant Investor
Portfolio Analyser: Ferramenta para backtests de Fundos e ETFs Europeus
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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
Já pensaram que a acontecer essa palhaçada, os bancos acabavam, tal como fundos, obrigações, ações, depósitos etc... no fim toda a ecónomia acabava e ia tudo dedicar-se à agricultura...
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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
tncm Escreveu:Bingo Elias... então nesse caso não seria melhor avançar com o dito haircut em vez desta palhaçada!?
Não porque nesse caso os mais lesados seriam os bancos centrais, os bancos comerciais e o FMI (que conjuntamente detêm a maior parte da dívida tuga), e parece-me que a ideia aqui é sacar às famílias e não aos bancos.

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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
T.C Escreveu:Experimenta meter o "guito" no BANIF
Algum problema ?

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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
Qual a solução para evitar um roubo destes?
1- Abrir conta na Áustria (segredo bancário como direito constitucional) e não declarar à AT.
2- Comprar ouro físico e alugar cofre num banco. A AT tem acesso aos bens colocados num cofre num banco?
Outras?....
1- Abrir conta na Áustria (segredo bancário como direito constitucional) e não declarar à AT.
2- Comprar ouro físico e alugar cofre num banco. A AT tem acesso aos bens colocados num cofre num banco?
Outras?....
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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
Bingo Elias... então nesse caso não seria melhor avançar com o dito haircut em vez desta palhaçada!?
"There are two times in a man's life when he should not speculate: when he can't afford it and when he can."
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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
tncm Escreveu:A fórmula ficaria mais caricata se alguém, por exemplo, tinha o grosso da fortuna investida em obrigações soberanas, ou titulos do tesouro... aí era o paradoxo total!
Na verdade isso seria um haircut: o Estado só devolveria 90% do valor emprestado.
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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
scotch Escreveu:Noutro dia eu já tinha falado nisto, mas ninguem ligou.
Atualmente quando não se paga a entidades do Estado, essas dividas vão para as Finanças. São as portagens, são as multas, são as propinas.....e as Finanças têm um regime especial, que lhes permite penhorar o que quer que seja sem passar pela decisão de um juiz. Eles podem penhorar bens imobiliários, carros, ordenados,...e até saldos de contas bancárias. No caso das contas bancárias eles penhoram mesmo que não tenham saldo suficiente e no próximo depósito...zás....tiram o dinheirinho. Mais rápidos que a vossa própria sombra.
Por isso está na altura de, para quem pode, tirar o dinheiro de Portugal. Para os que não podem, por não terem dinheiro suficiente para abrir uma conta "não residente" no estrangeiro, o melhor é manter a maior parte do dinheiro em casa!
Aí aposto que o tribunal constitucional iria olhar pelas nossas almas

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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
A fórmula ficaria mais caricata se alguém, por exemplo, tinha o grosso da fortuna investida em obrigações soberanas, ou titulos do tesouro... aí era o paradoxo total! 

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Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
Noutro dia eu já tinha falado nisto, mas ninguem ligou.
Atualmente quando não se paga a entidades do Estado, essas dividas vão para as Finanças. São as portagens, são as multas, são as propinas.....e as Finanças têm um regime especial, que lhes permite penhorar o que quer que seja sem passar pela decisão de um juiz. Eles podem penhorar bens imobiliários, carros, ordenados,...e até saldos de contas bancárias. No caso das contas bancárias eles penhoram mesmo que não tenham saldo suficiente e no próximo depósito...zás....tiram o dinheirinho. Mais rápidos que a vossa própria sombra.
Por isso está na altura de, para quem pode, tirar o dinheiro de Portugal. Para os que não podem, por não terem dinheiro suficiente para abrir uma conta "não residente" no estrangeiro, o melhor é manter a maior parte do dinheiro em casa!
Atualmente quando não se paga a entidades do Estado, essas dividas vão para as Finanças. São as portagens, são as multas, são as propinas.....e as Finanças têm um regime especial, que lhes permite penhorar o que quer que seja sem passar pela decisão de um juiz. Eles podem penhorar bens imobiliários, carros, ordenados,...e até saldos de contas bancárias. No caso das contas bancárias eles penhoram mesmo que não tenham saldo suficiente e no próximo depósito...zás....tiram o dinheirinho. Mais rápidos que a vossa própria sombra.
Por isso está na altura de, para quem pode, tirar o dinheiro de Portugal. Para os que não podem, por não terem dinheiro suficiente para abrir uma conta "não residente" no estrangeiro, o melhor é manter a maior parte do dinheiro em casa!
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- Registado: 23/2/2008 0:35
Re: Está na Altura de meter o guito no colchão?
Bem, vou estourar o guito em gajedo, noite, copos e carros de alta cilindrada, se não postar muito assiduamento no caldeirão já sabem a razão, xau, estou a ir para Ibiza, um abraço
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