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Caldeirão da Bolsa

Resultados do BCP surpreendem analistas......

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por JCS » 21/1/2004 16:34

Pata-Hari Escreveu:Acho um piadão a este pessoal. Ontem como não sabiam se haviam de dizer que eram bons ou maus, diziam apenas que tinham saído os resultados. Hoje como sobe "bué", "surpreendem pela postiva". Adoro esta qualidade, diria mesmo, vocação para se fazerem noticias das coisas mais "palice-ianas" da vida, hehe.


eheh, concordo a 100%. Vivam as casas de investimento! :wall:
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por Pata-Hari » 21/1/2004 15:46

Acho um piadão a este pessoal. Ontem como não sabiam se haviam de dizer que eram bons ou maus, diziam apenas que tinham saído os resultados. Hoje como sobe "bué", "surpreendem pela postiva". Adoro esta qualidade, diria mesmo, vocação para se fazerem noticias das coisas mais "palice-ianas" da vida, hehe.
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Resultados do BCP surpreendem analistas......

por JAOR » 21/1/2004 15:39

Resultados do BCP surpreendem analistas

Os resultados consolidados relativos a 2003 apresentados pelo grupo Banco Comercial Português (BCP) ficaram acima das estimativas da generalidade dos analistas. Os lucros de 437,7 milhões de euros ficaram 8,3% acima das estimativas do Espírito Santo Research e 6,5% acima da expectativa do BPI.

Os especialistas do Espírito Santo Research (ESR) referem no ?Iberian Daily? que esperam uma reacção positiva das acções do banco liderado por Jorge Jardim Gonçalves aos números apresentados, pelo que colocaram o título sob revisão. A anterior recomendação dada aos seus clientes era para ?vender? as acções do maior banco privado português, com um preço-alvo a 12 meses estabelecido nos 1,86 euros por acção.

De facto, as reacções no mercado foram imediatas, com as acções do grupo BCP [BCP] a dispararem um máximo de 5,95% para os 1,78 euros por acção. Os títulos seguem a apreciar 4,76% para os 1,76 euros por acção, sendo o papel mais líquido do PSI-20. Até ao momento, mudaram de carteira mais de 14,59 milhões de acções, muito acima da média diária de negociação, que se encontra nos 5,6 milhões de títulos.

O BCP apresentou lucros de 437,7 milhões de euros em 2003, o que representa uma subida de 61% relativamente aos valores apresentados no ano anterior. O consenso dos analistas apontava para lucros de 417 milhões de euros (intervalo entre 404 milhões de euros e 428 milhões de euros). O ESR aponta como diferenças entre os lucros apresentados e as suas estimativas diversos factores.

Por um lado, o aumento das comissões em 10% face ao trimestre anterior, ficaram acima das estimativas da ESR e do BPI, em grande parte motivada numa maior recuperação do que o esperado nos empréstimos concedidos; Por outro lado, a diminuição nas comissões de ?trading? foi, em parte, compensada por entradas mais recorrentes de receitas de comissões, que ficaram ligeiramente acima das expectativas dos especialistas.

Por fim, apontam a redução de 7% nas provisões, com o rácio NPL (relativo ao crédito malparado) a decrescer em relação aos números apresentados nos primeiros nove meses de 2003 e a cobertura do risco de crédito mal-parado subiu para 129%. Este factor é explicado, em grande parte, pela securitização de mil milhões de euros de empréstimos à habitação e redução dos empréstimos às empresas.

Na opinião dos analistas da ESR, os resultados foram, no geral, melhor do que o esperado, tanto no que se refere à qualidade das receitas com aos indicadores de qualidade dos empréstimos. ?O BCP conseguiu surpreender-nos positivamente no que se refere a uma das nossas maiores preocupações - a qualidade dos empréstimos?.

No lado negativo, os especialistas destacam que os esforços de redução de custos ficaram abaixo das expectativas e aumentaram o défice do fundo de pensões para adoptar novos parâmetros, para apresentação dos resultados de acordo com as regras contabilísticas IAS. ?Estas alterações já se reflectem no ?core Tier 1? que permaneceu inalterado nos 5,0%?, refere a nota de ?research? do ESR.

Outros aspectos realçados pelos especialistas da corretora do Banco Espírito Santo (BES), prendem-se com a proposta de distribuição de um dividendo de 0,06 euros por acção, ou seja um ?payout? de 45% e uma rendibilidade dos dividendos de 3,4%. Além disso, o BCP deve acompanhar o aumento de capital do Banco Sabadell, o que pressupõe um custo total de 45 milhões de euros.

Outro dos aspectos apontados passa pelo regresso das conversões com a Caixa Geral de Depósitos (CGD) para a efectivação da parceria estratégica acordada em Março de 2000, com o intuito de aumentar a eficiência nos mercados internacionais e no segmento segurador. ?O aumento da participação da CGD no BCP ou até um acordo no negócio segurador são dois cenários que agora colocamos em cima da mesa?.

Em relação aos aspectos negativos, os analistas do BPI realçam as perdas cambiais resultantes da subida do euro face ao dólar e a diminuição das comissões no ?trading? e o facto do negócio na Polónia continuar a ter um contributo nulo nos resultados do grupo, uma situação que se deverá manter ao longo dos próximos trimestres.

A surpresa surge no segmento das pensões, refere o ?Iberian Daily? do BPI. As pensões, com diferenças ?actuariais? de 895 milhões de euros em 2003, contra os 795 milhões registados em Dezembro de 2002. ?O grupo decidiu usar pressupostos actuariais mais conservadores que se traduzem num aumento de 147 milhões de euros no défice do fundo de pensões, em parte compensado pela melhoria do desempenho do fundo de pensões». BPI considera que o BCP não vai vender a Seguros e Pensões

Jorge Jardim Gonçalves referiu que a venda da Seguros e Pensões ?só terá lugar quando os termos estratégicos racionais e financeiros estiverem assegurados?, o que levou os especialistas do BPI a considerarem que o BCP, afinal, não vai vender a Seguros e Pensões.

Em termos gerais, o BPI considera que o impacto das notícias será entre neutral e positivo para as acções do BCP, mas não colocam de parte a possibilidade de reverem as estimativas de resultados para o BCP para os próximos anos para actualizar o fardo relativo ao fundo de pensões e um possível aumento das comissões.

Em consequência dos resultados da Seguros e Pensões ? que em 2003 regressou aos lucros ?, o banco cancelou as negociações exclusivas para a venda da Seguros e Pensões com a francesa Axa.

Os custos de transformação da S&P caíram 19,6% para os 261,6 milhões de euros em 2003. O banco aguarda agora o ?melhor momento? para finalizar uma parceria na área seguradora. Embora tenha rompido as negociações com a Axa, uma eventual parceria com a francesa não está de todo posta de parte, disse ontem Jardim Gonçalves, presidente do BCP.

As acções do banco [BCP] seguiam a subir 4,76%, para os 1,76 euros.


( --- Susana Domingos --- )

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