As manias dos mercados de capitais
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O que aquele gráfico parece mostrar é que desde há algumas décadas que os mercados não passam sem estar a gerar constantemente bolhas.
Até que chegamos ao presente, em que tudo parece querer transformar-se numa bolha ao mesmo tempo (excepto o dólar).
Quando cair, tambémn cairá tudo ao mesmo tempo? Que efeito é que ISSO poderia ter?
Até que chegamos ao presente, em que tudo parece querer transformar-se numa bolha ao mesmo tempo (excepto o dólar).
Quando cair, tambémn cairá tudo ao mesmo tempo? Que efeito é que ISSO poderia ter?
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As manias dos mercados de capitais
As manias dos mercados de capitais
Todos estaremos recordados da valorização do NASDAQ nos finais dos anos 90. Muito se reflectiu sobre a subida desmesurada das acções das empresas tecnológicas em todo o Mundo, mas poucos se aperceberam que estávamos perante mais uma “mania” dos mercados financeiros. Em cada uma das últimas 4 décadas temo-nos deparado com a valorização excessiva de uma determinada classe de activos, gerando retornos exponenciais, até à altura em que ... uma boa parte se desvanece. Nos últimos tempos, uns chamavam-lhe “bolha especulativa”. Outros “boom de mercado”. Os mais tradicionais adjectivaram com o “super-bull market”. E mesmo o institucional presidente do FED, chegou a designá-la de “exuberância irracional”. Como o Professor Shiller, que com este título demonstrou a verdadeira realidade dos mercados.
Como pode verificar no gráfico :
Entre 1960 e o início dos anos 70, assistiu-se à euforia em trono das “nifty-fifty”. As 50 maiores empresas da época eram encaradas como as únicas opções de investimento. A expectativa dos investidores era manter as acções para sempre porque diziam que nunca haviam de cair. Destacaram-se a Walt Disney, Coca-Cola, IBM e General Electric, assim como outras que entretanto perderam fulgor, como é o caso da Xerox e Polaroid. A mania das “nifty-fifty” terminou no início da década de 70, em que se registou uma descida de mais de 80% do preço das, então, acções “ à prova de bala”;
A mania seguinte ocorreu nos anos 70. Entre Janeiro de 1971 e Janeiro de 1980 o Ouro registou uma valorização superior a 1700%. Subsequentemente, sofreu uma queda de cerca de 55%, numa erosão de mais de metade do seu valor;
A mania dos anos 80 girou em torno do mercado de acções japonês. O crescimento económico do Japão levou o NIKKEI225 a subir mais de 450% entre 1980 e 1990. Depois de atingir cerca de 40.000 pontos, foram anos de sucessivas quedas;
A quarta mania, como estará recordado, terminou no 1º trimestre de 2000. A euforia em torno das novas tecnologias levou à valorização de mais de 1000% do NASDAQ, desde o início da década de 90. Após o rebentar da tal “bolha especulativa”, o NASDAQ averbou uma descida de aproximadamente 85%, demonstrando, efectivamente a exuberância da irracionalidade.
Analisando em pormenor os 4 movimentos de “super bull market”, podemos identificar algumas características transversais:
Em todos os casos, o investimento em cada activo a meio da década, gera retornos elevados aos investidores que realizam mais-valias antes de ocorrer o “colapso”;
Após o rebentar da bolha especulativa, a economia mundial abranda;
Os movimentos de subida são mais significativos na 2ª metade da década (últimos 5 anos).
Qualquer investidor pretenderá conhecer a melhor forma de lidar com uma destas manias. A estratégia óptima seria a detenção destas acções em carteira enquanto se mantivesse o movimento de subida e a sua venda imediatamente antes de se iniciar a correcção de descida. Infelizmente ninguém é capaz de adivinhar com rigor os movimentos dos mercados e, outra das características psicológicas destas manias, é a “certeza” generalizada dos agentes financeiros relativamente à razoabilidade das cotações.
Só existe, racionalmente, uma forma de gerir uma carteira, ao lado de um movimento desta natureza:
Manter sempre posições diversificadas, em vários instrumentos financeiros e em vários mercados, não deixando que a onda própria da mania absorva uma grande parte da carteira;
Investir, em consequência, apenas uma parte da sua carteira em títulos que mantenham valorizações excepcionais, prolongadas e sem aparente racionalidade.
Se por via da subida das cotações, estes títulos passarem a pesar muito na sua carteira, reduza a sua exposição, através da venda parcial.
China: A nova mania deste princípio de século?
Neste momento perguntar-se-á da possibilidade de estarmos perante o início de uma nova mania. E qual será a nova tendência? Pode ser antecipada?
Dos vários cenários possíveis, hoje, destacamos a China como um mercado cujas valorizações e potencial têm despertado o interesse de muitos investidores.
A adesão da China à Organização Mundial do Comércio em 2001 poderá ter sido o evento propulsor de investimento desta década. As deslocalizações industriais que estão a promover o desenvolvimento acelerado da China e a abundância de liquidez nos mercados de capitais a nível global, o acesso de investidores estrangeiros aos mercados, decorrente dos processos de privatizações em curso, a dimensão do mercado interno e as baixas taxas de juros, perspectivam oportunidades muito interessantes de investimento na China.
No último ano, o mercado de acções chinês registou valorizações muito elevadas. Por exemplo, no ano de 2003, os fundos que o ActivoBank7 distribui investem os seus capitais neste mercado tiveram as rendibilidades que o quadro evidencia.
Nome do Fundo Rendibilidade
JF China D 65,76%*
Sogelux FE China FC 58,74%*
Parvest China L (a)
(a) Classe do fundo lançada há menos de 12 meses
Muito longe ainda dos valores que caracterizam uma “mania”. Aparentemente muito longe ainda dos momentos de quebra, mais ou menos abrupta. Com potencial de valorização, entende a generalidade dos analistas. Mas, identicamente, com factores de risco sempre presentes.
Se quiser investir neste mercado dispõe no ActivoBank7 dos melhores fundos para o fazer. Mas, como referimos acima, não se esqueça da ponderação e do rigor que acima enunciamos. Invista no máximo 15% a 20% da sua carteira neste mercado e mantenha sempre a atenção sobre esta componente da carteira, mantendo a ponderação que definiu.
* As rendibilidades passadas não são garantia de rendibilidades futuras. A rendibilidade de cada fundo varia de acordo com as condições do mercado e com o preço dos activos que o compõem. A rendibilidade refere-se ao período de 31 de Dezembro de 2002 a 31 de Dezembro de 2003 e representa a rendibilidade de um investimento efectuado durante a totalidade do período referido. Os rendimentos obtidos estão sujeitos a retenção na fonte à taxa liberatória de 20%. Não dispensa a consulta dos prospectos dos Fundos.
Fundos China,
Veja aqui
Ranking de Fundos,
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Pesquisador de Fundos,
aqui
Bons resultados animam o sector tecnológico
O ano de 2004 começou da melhor maneira. O regresso dos investidores ao mercado trouxe também um novo fôlego concretizado numa subida dos mercados accionistas acompanhado de forte volume de negócios. A expectativa de continuação da recuperação económica e do consequente aumento nas vendas e nos resultados das empresas, que começam a ser concretizados, levou os investidores a tomarem novas posições no início do ano.
O anúncio inesperado de bons resultados preliminares da Nokia surpreendeu o mercado, suportando o sector tecnológico, nesta semana. O maior fabricante de telemóveis subiu cerca de 18% nas suas cotações. Das concorrentes, a Alcatel valorizou-se 17% e a Ericsson viu as acções subirem 19%. A STM, fabricante de semicondutores cujo maior cliente é a Nokia, reagiu em alta, com 5,8% de valorização.
Também as transportadoras aéreas estiveram em destaque na semana, beneficiando da divulgação de um aumento de 4,8% no tráfego da British Airways em Dezembro o que representa o oitavo mês consecutivo de crescimento. As acções da transportadora britânica subiram quase 20%, atingindo máximos desde os ataques de 11 de Setembro de 2001. A Lufthansa anunciou que atingiu o breakeven em 2003, subindo 5,4% no valor das suas acções. O optimismo quanto à recuperação da procura contagiou as restantes empresas do sector, levando a Iberia a ganhar 9,6 % e a Air France 10,7%, neste período.
O Presidente do BCE afirmou que o crescimento global deverá anular o efeito negativo da apreciação do euro relativamente às exportações europeias, esperando que estas registem um crescimento positivo. Como consequência, o euro voltou a subir face ao dólar atingindo máximos históricos de 1,2890, com o mercado a sentir que o BCE não irá opor-se, para já, a esse movimento. As afirmações proferidas pelo Presidente do FED de Atlanta, no início da semana, reflectiram tanto a ausência de pressões inflacionistas como a necessidade de subida, num curto prazo, das taxas de juro norte-americanas, o que contribuiu também para a continuada da depreciação do dólar.
O sector automóvel, muito dependente das exportações para os Estados Unidos e bastante sensível aos movimentos cambiais, foi dos mais penalizados, tendo-se verificado uma recomendação de descida para o sector, por parte da Goldman Sachs, justificada com a apreciação cambial. A Volkswagen perdeu 7,5%, a BMW 6,1% e a Daimler Chrysler 2,7%.
Também o sector energético, que apresentou uma excelente performance nos últimos dois meses, teve um comportamento bastante negativo, afectado pela descida de recomendação do Citibank e pelo anúncio por parte da Royal Dutch/Shell de que irá rever a classificação das suas reservas de petróleo e gás, devido à adopção de um novo critério contabilístico. Esta revisão poderá afectar cerca de 20% das reservas que a empresa detinha no final de 2002. A BP perdeu 4,5%, a Royal Dutch 8,9% e a Total 5,0%.
Também as Utilities foram afectadas por descidas de recomendações, após as fortes valorizações observadas nas últimas semanas. A E.On caiu 4,3%, a Endesa 2,75%.
No final da semana, o relatório de emprego nos Estados Unidos foi fraco, mostrando uma criação de postos de trabalho bastante inferior à esperada, decepcionando o mercado, criando uma correcção generalizada nos mercados accionistas e acentuando a queda do dólar face ao euro.
O PSI20 encerrou a semana com um ganho de 0,14%, com as TMT´s (telecoms, media, tecnológicas) a liderarem os ganhos, à semelhança do que ocorreu na Europa. A SonaeCom registou uma valorização de 6,1%, a PT Multimedia subiu 4,9% e a Portugal Telecom 4,6%. A Jerónimo Martins liderou as quedas na semana em que divulgou as vendas relativas a 2003, a observar uma perda de 11,6%.
Mercado Accionista Variação Semanal
PSI 20 0,14 %
DJ EuroStoxx50
0,09 %
DAX30
- 0,06 %
S&P500
1,21 %
Nasdaq
4,00 %
Entre 02 de Janeiro e
09 de Janeiro de 2004
Ver títulos do PSI 20,
aqui
Ver títulos do DAX 30,
aqui
Ver títulos do CAC 40,
aqui
Ver títulos do Nasdaq 100,
aqui
Negociar em bolsa,
aqui
Recomendações de Bolsa
Face às circunstâncias do mercado aqui estão as últimas recomendações do BCP Investimento para o Euronext Lisbon:
Empresas Preço Alvo Fecho(*) Recomendação
Brisa 6,65 5,52 Compra
EDP 2,60 2,11 Compra
Semapa 4,00 3,54 Neutral
Portucel 2,00 1,40 Compra
Sonae 0,96 0,75 Compra
Impresa 3,90 3,59 Compra
J. Martins 11,70 9,41 Neutral
Cimpor 3,90 4,14 Reduzir
* Fecho do dia 12 Janeiro 2004
Nota: O BCP Investimento não efectua recomendação sobre o título BCP, dadas as relações de grupo existentes entre estas entidades.
Todos estaremos recordados da valorização do NASDAQ nos finais dos anos 90. Muito se reflectiu sobre a subida desmesurada das acções das empresas tecnológicas em todo o Mundo, mas poucos se aperceberam que estávamos perante mais uma “mania” dos mercados financeiros. Em cada uma das últimas 4 décadas temo-nos deparado com a valorização excessiva de uma determinada classe de activos, gerando retornos exponenciais, até à altura em que ... uma boa parte se desvanece. Nos últimos tempos, uns chamavam-lhe “bolha especulativa”. Outros “boom de mercado”. Os mais tradicionais adjectivaram com o “super-bull market”. E mesmo o institucional presidente do FED, chegou a designá-la de “exuberância irracional”. Como o Professor Shiller, que com este título demonstrou a verdadeira realidade dos mercados.
Como pode verificar no gráfico :
Entre 1960 e o início dos anos 70, assistiu-se à euforia em trono das “nifty-fifty”. As 50 maiores empresas da época eram encaradas como as únicas opções de investimento. A expectativa dos investidores era manter as acções para sempre porque diziam que nunca haviam de cair. Destacaram-se a Walt Disney, Coca-Cola, IBM e General Electric, assim como outras que entretanto perderam fulgor, como é o caso da Xerox e Polaroid. A mania das “nifty-fifty” terminou no início da década de 70, em que se registou uma descida de mais de 80% do preço das, então, acções “ à prova de bala”;
A mania seguinte ocorreu nos anos 70. Entre Janeiro de 1971 e Janeiro de 1980 o Ouro registou uma valorização superior a 1700%. Subsequentemente, sofreu uma queda de cerca de 55%, numa erosão de mais de metade do seu valor;
A mania dos anos 80 girou em torno do mercado de acções japonês. O crescimento económico do Japão levou o NIKKEI225 a subir mais de 450% entre 1980 e 1990. Depois de atingir cerca de 40.000 pontos, foram anos de sucessivas quedas;
A quarta mania, como estará recordado, terminou no 1º trimestre de 2000. A euforia em torno das novas tecnologias levou à valorização de mais de 1000% do NASDAQ, desde o início da década de 90. Após o rebentar da tal “bolha especulativa”, o NASDAQ averbou uma descida de aproximadamente 85%, demonstrando, efectivamente a exuberância da irracionalidade.
Analisando em pormenor os 4 movimentos de “super bull market”, podemos identificar algumas características transversais:
Em todos os casos, o investimento em cada activo a meio da década, gera retornos elevados aos investidores que realizam mais-valias antes de ocorrer o “colapso”;
Após o rebentar da bolha especulativa, a economia mundial abranda;
Os movimentos de subida são mais significativos na 2ª metade da década (últimos 5 anos).
Qualquer investidor pretenderá conhecer a melhor forma de lidar com uma destas manias. A estratégia óptima seria a detenção destas acções em carteira enquanto se mantivesse o movimento de subida e a sua venda imediatamente antes de se iniciar a correcção de descida. Infelizmente ninguém é capaz de adivinhar com rigor os movimentos dos mercados e, outra das características psicológicas destas manias, é a “certeza” generalizada dos agentes financeiros relativamente à razoabilidade das cotações.
Só existe, racionalmente, uma forma de gerir uma carteira, ao lado de um movimento desta natureza:
Manter sempre posições diversificadas, em vários instrumentos financeiros e em vários mercados, não deixando que a onda própria da mania absorva uma grande parte da carteira;
Investir, em consequência, apenas uma parte da sua carteira em títulos que mantenham valorizações excepcionais, prolongadas e sem aparente racionalidade.
Se por via da subida das cotações, estes títulos passarem a pesar muito na sua carteira, reduza a sua exposição, através da venda parcial.
China: A nova mania deste princípio de século?
Neste momento perguntar-se-á da possibilidade de estarmos perante o início de uma nova mania. E qual será a nova tendência? Pode ser antecipada?
Dos vários cenários possíveis, hoje, destacamos a China como um mercado cujas valorizações e potencial têm despertado o interesse de muitos investidores.
A adesão da China à Organização Mundial do Comércio em 2001 poderá ter sido o evento propulsor de investimento desta década. As deslocalizações industriais que estão a promover o desenvolvimento acelerado da China e a abundância de liquidez nos mercados de capitais a nível global, o acesso de investidores estrangeiros aos mercados, decorrente dos processos de privatizações em curso, a dimensão do mercado interno e as baixas taxas de juros, perspectivam oportunidades muito interessantes de investimento na China.
No último ano, o mercado de acções chinês registou valorizações muito elevadas. Por exemplo, no ano de 2003, os fundos que o ActivoBank7 distribui investem os seus capitais neste mercado tiveram as rendibilidades que o quadro evidencia.
Nome do Fundo Rendibilidade
JF China D 65,76%*
Sogelux FE China FC 58,74%*
Parvest China L (a)
(a) Classe do fundo lançada há menos de 12 meses
Muito longe ainda dos valores que caracterizam uma “mania”. Aparentemente muito longe ainda dos momentos de quebra, mais ou menos abrupta. Com potencial de valorização, entende a generalidade dos analistas. Mas, identicamente, com factores de risco sempre presentes.
Se quiser investir neste mercado dispõe no ActivoBank7 dos melhores fundos para o fazer. Mas, como referimos acima, não se esqueça da ponderação e do rigor que acima enunciamos. Invista no máximo 15% a 20% da sua carteira neste mercado e mantenha sempre a atenção sobre esta componente da carteira, mantendo a ponderação que definiu.
* As rendibilidades passadas não são garantia de rendibilidades futuras. A rendibilidade de cada fundo varia de acordo com as condições do mercado e com o preço dos activos que o compõem. A rendibilidade refere-se ao período de 31 de Dezembro de 2002 a 31 de Dezembro de 2003 e representa a rendibilidade de um investimento efectuado durante a totalidade do período referido. Os rendimentos obtidos estão sujeitos a retenção na fonte à taxa liberatória de 20%. Não dispensa a consulta dos prospectos dos Fundos.
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Bons resultados animam o sector tecnológico
O ano de 2004 começou da melhor maneira. O regresso dos investidores ao mercado trouxe também um novo fôlego concretizado numa subida dos mercados accionistas acompanhado de forte volume de negócios. A expectativa de continuação da recuperação económica e do consequente aumento nas vendas e nos resultados das empresas, que começam a ser concretizados, levou os investidores a tomarem novas posições no início do ano.
O anúncio inesperado de bons resultados preliminares da Nokia surpreendeu o mercado, suportando o sector tecnológico, nesta semana. O maior fabricante de telemóveis subiu cerca de 18% nas suas cotações. Das concorrentes, a Alcatel valorizou-se 17% e a Ericsson viu as acções subirem 19%. A STM, fabricante de semicondutores cujo maior cliente é a Nokia, reagiu em alta, com 5,8% de valorização.
Também as transportadoras aéreas estiveram em destaque na semana, beneficiando da divulgação de um aumento de 4,8% no tráfego da British Airways em Dezembro o que representa o oitavo mês consecutivo de crescimento. As acções da transportadora britânica subiram quase 20%, atingindo máximos desde os ataques de 11 de Setembro de 2001. A Lufthansa anunciou que atingiu o breakeven em 2003, subindo 5,4% no valor das suas acções. O optimismo quanto à recuperação da procura contagiou as restantes empresas do sector, levando a Iberia a ganhar 9,6 % e a Air France 10,7%, neste período.
O Presidente do BCE afirmou que o crescimento global deverá anular o efeito negativo da apreciação do euro relativamente às exportações europeias, esperando que estas registem um crescimento positivo. Como consequência, o euro voltou a subir face ao dólar atingindo máximos históricos de 1,2890, com o mercado a sentir que o BCE não irá opor-se, para já, a esse movimento. As afirmações proferidas pelo Presidente do FED de Atlanta, no início da semana, reflectiram tanto a ausência de pressões inflacionistas como a necessidade de subida, num curto prazo, das taxas de juro norte-americanas, o que contribuiu também para a continuada da depreciação do dólar.
O sector automóvel, muito dependente das exportações para os Estados Unidos e bastante sensível aos movimentos cambiais, foi dos mais penalizados, tendo-se verificado uma recomendação de descida para o sector, por parte da Goldman Sachs, justificada com a apreciação cambial. A Volkswagen perdeu 7,5%, a BMW 6,1% e a Daimler Chrysler 2,7%.
Também o sector energético, que apresentou uma excelente performance nos últimos dois meses, teve um comportamento bastante negativo, afectado pela descida de recomendação do Citibank e pelo anúncio por parte da Royal Dutch/Shell de que irá rever a classificação das suas reservas de petróleo e gás, devido à adopção de um novo critério contabilístico. Esta revisão poderá afectar cerca de 20% das reservas que a empresa detinha no final de 2002. A BP perdeu 4,5%, a Royal Dutch 8,9% e a Total 5,0%.
Também as Utilities foram afectadas por descidas de recomendações, após as fortes valorizações observadas nas últimas semanas. A E.On caiu 4,3%, a Endesa 2,75%.
No final da semana, o relatório de emprego nos Estados Unidos foi fraco, mostrando uma criação de postos de trabalho bastante inferior à esperada, decepcionando o mercado, criando uma correcção generalizada nos mercados accionistas e acentuando a queda do dólar face ao euro.
O PSI20 encerrou a semana com um ganho de 0,14%, com as TMT´s (telecoms, media, tecnológicas) a liderarem os ganhos, à semelhança do que ocorreu na Europa. A SonaeCom registou uma valorização de 6,1%, a PT Multimedia subiu 4,9% e a Portugal Telecom 4,6%. A Jerónimo Martins liderou as quedas na semana em que divulgou as vendas relativas a 2003, a observar uma perda de 11,6%.
Mercado Accionista Variação Semanal
PSI 20 0,14 %
DJ EuroStoxx50
0,09 %
DAX30
- 0,06 %
S&P500
1,21 %
Nasdaq
4,00 %
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Semapa 4,00 3,54 Neutral
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Sonae 0,96 0,75 Compra
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Nota: O BCP Investimento não efectua recomendação sobre o título BCP, dadas as relações de grupo existentes entre estas entidades.
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