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Caldeirão da Bolsa

NÃO PERCAM! Artigo de Djovarius: "Análise Global 2004&q

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

2004

por Razao_Pura » 12/1/2004 12:02

Caro Djovarius,

Levei o teu artigo para casa no fim de semana para o poder ler com calma e devo dizer que valeu a pena.
O artigo está excelente!

Acho que tens aí material para desenvolver muito mais!!!

Considero eu que o impacto do terrorismo nos mercados financeiros não se aborda pela sua essência mas pela sua influência, ou seja, não é relevante se é a ETA, ou o IRA, ou a Al-qaeda, a questão hoje em dia é o impacto que o medo, o receio que as sociedades (nomeadamente a americana)têm, relativamente a acções terroristas, pode ter nos mercados. Uma coisa é certa, depois do 11 de Set., está provado que o que não nos mata torna-nos mais fortes.... e, o terrorismo, assim como pode provocar grandes crashs, também está provado que as recuperações são rápidas, portanto o receio está lá mas não é nada nos condicione no dia a dia.
(Meu Deus, nem acredito que escrevi isto!)

Um beijo e
Keep up the good work!
Trade the trend.
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por mv76 » 12/1/2004 5:50

Há pessoas neste cantinho que nos habituaram à qualidade. Quando escrevem já têm um rótulo: é pelo menos bom. Mas quando fazem uma meditação e um estudo tão elaborado (em que certamente despenderam muitas e largas horas de trabalho) temos a garantia de ser excelente. Muito obrigado por partilhares connosco este estudo e esta “tua” visão.

É esta forma de ser que garante que o mundo vai melhorar. Para mim, é a partir da qualidade e da evolução de cada indivíduo e da sua relação e atitude com o outro, que podemos ter a certeza do mundo em que vivemos.

Mas gostava também de deixar outras opiniões.

No que respeita ao terrorismo ele existe e sempre existiu nas últimas décadas. O que lhe deu a dimensão foi esta aldeia global da comunicação e ter atingido o actual polícia do mundo que é a USA, ainda por cima com uma precisão impensável, sobre dois símbolos supremos do poder actual. Pode ser que a partir de agora haja mais cuidado quando se fabricam ou vendem armas.

O terrorismo é horrível. Mas também o é a forma como é mostrado e especialmente o horror que provoca no dia a dia dos cidadãos.

Para mim a nível global há dois vectores fortes: Os USA com todo o seu poderio actual e que são de facto como referi os actuais polícias do mundo, e uma pulverização de poderes espalhados ao longo do nosso globo que vão fabricando ora acordos ora, guerras regionais, que vão influenciando os poderes e os interesses envolvidos. Vejo aqui com muita pena que a Europa não tenha projectos e líderes fortes capazes, de transformar a Europa numa região de BONS VALORES exportáveis para os outros concorrentes.
Evolução significativa previsível no próximo ano: o agravar da situação no Iraque tornar a situação insustentável para os USA e aliados o que traria consequências muito graves para todos. Mais do que certezas tenho a esperança de que não aconteça.

A nível económico-financeiro, a nível global, vejo o problema do deficit dos USA e o desequilíbrio das suas contas externas como o próximo actor forte, que não irá eventualmente entrar em cena nas suas consequências negativas até às eleições presidenciais na USA, mas que posteriormente, irão ter uma influência decisiva.
A Europa deverá continuar adormecida neste terreno, por vezes até um pouco pantanoso para onde se deixou levar.

Finalmente e falando de Portugal e só da Bolsa, penso que continuaremos a assistir às manipulações que a dimensão do nosso mercado permite, e por isso vou como é habitual estar atento para aproveitar as oportunidades. Já agora deixo uma nota para um tópico que há muito gostaria que fosse desenvolvido por quem saiba algo: quem são os actores que de facto manipulam/influenciam a actual Euronext /Lisboa.

Um abraço para todos e em especial para o pai e o filho deste tópico.

RS
 
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dj

por Visitante » 12/1/2004 1:23

...simplesmente, obrigado.
És uma dádiva para este espaço, não és o único, mas és muito especial. Parabéns.
Visitante
 

Amigo Djovarius

por Gpinto » 12/1/2004 1:05

São posts como este teu que fazem com que "isto" valha a pena.

Muitos parabéns pelo artigo, colocado em situação de destaque, com toda a justiça, e que deve ser visitado e lido, com olhos de ver, por todos aqueles que ligam ao mundo bolsista, cambial, e ao ambiente económico e geo-político actual.


Grande abraço

Gpinto
Todos os conteúdos deste post, são da minha responsabilidade, e são o meu entendimento do momento dos mercados. A serem tomados como exemplo, é da única responsabilidade de quem os segue.


Um grande abraço e bons n€gócios,

Gpinto
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por MozHawk » 11/1/2004 23:41

Djovarius,

Infelizmente n tive tempo para ler com calma o teu artigo q é extenso. De qualquer modo li a primeira parte que me interessa sobremaneira. A ver se tenho algum tempo para trocarmos ideias.

O Jotabil é que tem uma visão particularmente maquiavélica da realidade sendo que esta é constituída de muitas. Está aqui um bom tópico de discussão. Cá voltarei, espero.

Um abraço,

MozHawk
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comentário.

por jotabil » 11/1/2004 18:32

Caro Dj


Li, mais uma vez, as tuas observações.


De facto o Corão é além mais do que o registo de uma doutrina.É também uma constituição politica dado que o islamismo tém um caracter absoluto."Alá é tudo e Mahomed o seu profeta". Quer dizer, não existe um poder espiritual e outro temporal como sudede na religião cristã (dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus"-proclamava Cristo).Ou seja, os árabes não podem entender o conceito de estado-nação....serviram-se dele para se tornarem independentes das potências que os dominavam , no inicio do sec XX, mas devemos sempre contar com a chamada "Una Muslima" unidade islâmica, que tende a unificar os árabes sob a bandeira do corão.
Entendo a ideia de fundamentalismo, não como tendo um carácter sectário e violento na acção, como comumemente é entendida, mas sim como o retorno aos fundamentos de determinada crença ou religião. Assim, neste contexto e no âmbito das religiões proféticas, fundadas por Zaratustra, nas quais os Deuses cósmicos passaram a deuses éticos, i.é, é dado ao homem um caminho, uma opção entre o bem e o mal , podemos referir as três fundamentais no ocidente. O judaismo
monoteista e transcendente tendo como normas principais no pentateuco(A aliança e os mandamentos de moisés), o Cristianismo que nada mais é do que o retorno aos fundamentos do Judaismo com o acrescento singular e inelutável da solidariedade do infinito com o finito, (filho de Deus feito homem) e o caracter de amor com que reveste todos os actos (ama o próximo como a ti mesmo), e o Islamismo que nada mais é do que um fundamentalismo do Judaismo e do Cristianismo).Devemos aqui lembrar que Medina e Meca eram aldeias judaico-cristãs no meio da peninsula arábica de onde o profecta mahomed é originário.
Quero com isto dizer que os árabes têm os paradigmas do bem e do mal muito idênticos aos nossos.É até uma religião muito tolerante que viveu oito séculos na península Ibérica onde não deixou grandes marcas e as que deixou...são luz e arte e saber...como podes aquilatar.
Ná....não existe terrorismo global...isso é uma ideia que corre para consumo dos suburbanos como nós, comandados pelos média( designadamente os audio visuais) que apenas vendem informação e portanto só transacionam aquela que está de acordo com a lógica do lucro ou propagandeia a favor do sistema instalado.
Como te vou dizendo, os árabes apenas sabem morrer, são utilizados apenas como instrumentos dessa estratégia indirecta que referi, jogada por essas duas entidades em causa. Uma, hospedeira dos USA e outra abrigada no Benelux-França e Alemanha com as necessárias expansões pela eurásia.É desta confrontação que se trata, quando sucedem os desatres ; do 11 de setembro, da ocupação do teatro em moscovo, da luta dos sérvios, dos raptos em cabinda, dos atentados thechenos, da entifada palestiniana, das agitações na venezuela, da paz na namíbia, da paz em angola, ...enfim um todo de acontecimentos muito conexos entre si....à luz desta lógica.
Posso afirmar-te que o oceano atlantico é rigorosamente vigiado pelas forças de vigilancia promovidas por estas entidades.
Referiste a ETA, o IRA, as brigadas vermelhas na Itália ou os grupos Bader meinhof na alemanha.
Á luz desta lógica tudo aparece justificado:
A ETA. Como sabes, a dissensão dos bascos é milenar fundada em origens étnicas próprias e em territórios bem definidos. As duas entidades citadas sabem disso profundamente entendendo-a como vulnerabilidade
a explorar nos momentos oportunos e com a intensidade adequada para forçarem o atingir dos objectivos perseguidos por cada uma delas. A ETA é apoiada exteriormente e com oportunidade por qq delas em função das politicas determinantes.
Assim , ainda sucede com o IRA..e assim sucedeu com a brigadas vermelhas e com Bader Meinhof.
Não podemos ser evasivos quando nos referimos ao que se passa no globo, existem lógicas onde podemos enquadrar os acontecimentos e não podemos deixá-los entregues à expontaneidade dos dias.
Sabes, a esta luz, podemos mesmo afirmar que quem construiu o muro do Berlim, foi o leste, mas quem foi o mentor da sua construção foi a tal entidade sediada nos USA com o receio geral de que a potencia terrestre se pudesse unificar e desse modo se constituisse numa potência capaz de dominar estratégicamente a zona titular da maior riqueza económica, O médio oriente, com cerca de 90% das reservas energéticas da terra em hidrocarbonetos.
Esse problema já enfeitiçava os alemães ao tempo de ratzel....da primeira guerra ...e da segunda....e se calhar após a queda do muro.....semeando a insurreição nos balcãs. Aquilo da ex-jugoslávia tem muito que se lhe diga e nem tudo o que parece é.
Começa por desconfiar quem parte de pressupostos que não demonstra e quem se refugia em generalidades
para basear as suas conclusões, sabendo que quem os escuta está condicionado por falta de informação ou por estímulos directos aos seus intintos e aos seus reflexos.
Julgo que estamos a ser alvo de manipulações verdadeiramente construidas para a obnubilação
do nosso entendimento, reduzido a uma lógica de sobrevivência.

E isto é apenas um começo.

cumps.
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
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por djovarius » 11/1/2004 14:59

Muito bem !! Quero agradecer-te, Jotabil, pelos comentários, que vierem enriquecer e muito, esta nossa discussão. Temos, pois, uma visão mais humanista, diria eu, perante acontecimentos que extravasam as fronteiras.

Pois bem, passo a explicar o que entendo por terrorismo à escala global.

Se há uma globalização de conceitos, filosofias, modas, políticas, relações económicas, facilitada pelas novas tecnologias, nomeadamente de comunicação (ver novo paradigama da deslocalização do emprego dos sectores manufactureiro e de serviços), se há uma globalização dos negócios, dos costumes, das facilidades, também seria de esperar uma globalização das ameaças. Epidemias, fenómenos da natureza, movimentos migratórios, enfim, choques económico-financeiros.
Mas também uma globalização das ameaças terroristas.
Antigamente, no tempo das Brigadas Vermelhas, dos Baaden-Meinhoff e de outras organizações congéneres, os objectivos e as estruturas reduziam-se a um espaço geográfico restrito. Poderia ter ramificações, refúgios e financiadores diversos, mas a actuação era relativamente circunscrita a um país ou região, ou poucos países mesmo. O mesmo era válido para a antiga OLP ou mesmo para o IRA e a ETA.

Hoje, temos o mesmo tipo de fenómenos, mas temos igualmente algo a que chamam Al-Qaeda e uma "personagem" que se diz chamar Bin Laden. Temos outras organizações, que não se sabe bem o que são, pelo menos isto é o que a opinião pública sabe ou pode saber.

Seja o que for que provocou uma gama de atentados de grande nível e alcançe mediático (Al-Qaeda ou uma rede que assim se auto-denomina), entre os quais o famigerado 11/09, há que dizer que se trata de uma ameaça global em várias vertentes:

- Primeiro, porque as suas acções contra interesses ou territórios americanos / ocidentais têm consequências globais, ao influenciarem negativamente as relações internacionais, a política, os mercados financeiros, mas sobretudo, a confiança das sociedades em si mesmas.

- Segundo, além da influência global, há uma presença global. Esta rede, seja o que for, parece ter adeptos em todo o mundo e fora da causa Árabe. Digamos que se tornou um catalisador do anti-americanismo mundial.
Para termos uma ideia das ameaças, sabe-se hoje que na Foz do Iguaçu, fronteira tríplice Brasil, Argentina, Paraguay, existem financiadores dessa rede e a CIA acredita que Bin Laden andou por lá, há alguns anos.
Para espanto dos que desprezavam essa ameaça, foi detido esta semana (acho que vocês ouviram isto) um homem, portando dezenas de passaportes Europeus em BRANCO, entre os quais, passaportes portugueses, roubados no Consulado de Santos. Um dos homens envolvido era Árabe e tinha ligações à rede no México.
Imaginem o que seria se alguém com um passaporte português falso fizesse alguma coisa nos EUA ou Europa Ocidental...
Portanto, temos uma rede ou várias redes terroristas interligadas entre so em maior ou menor escala, operando num completo à vontade em África, na América Latina, Ásia e Oriente Médio. Crê-se que são muitas as células na Europa e também na América do Norte.

Esta era a minha opinião sobre a ameaça permanente do terrorismo global. Ele está aí e pode eclodir a qualquer momento.
De resto, a análise considera o que pode acontecer, sem atentados de larga escala, mas deixando abertas as portas, infelizmente, para desgraças dessa natureza.


Um abraço a todos e espero que a exemplo do jotabil apareçam mais e mais opiniões.

dj
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comentário

por jotabil » 11/1/2004 13:36

Por isso, contrariamente ao que tu afirmas, julgo que o que se passará no Iraque, na Palestina, no Kosovo, no Afeganistão, na África Ocidental e Meridional e até na América Latina serão realidades a merecer a nossa melhor atenção.
Na realidade são zonas que controlam o acesso e/ou permitem a efectivação dos mercados primários altamente rentáveis, como sejam a comercialização de matérias primas essenciais ou de grade valor específico, como sejam o petróleo, os diamantes e materiais radioactivos.
Existem fronteiras de interesses ainda mais rígidas do que as fronteiras físicas.
A lógica liberal tem defendido a existência de grandes espaços económico-politicos como alternativa ao, ainda actual, estado-nação, considerando-os como forma de organização politica do homem sequente a esta.
Mas existem outras formas possíveis a considerar e que lhe são diametralmente opostas.
Julgo, em meu entender que é esta a verdadeira luta dos tempos actuais. Por um lado, seitas de poder e conhecimento, a tentar manter uma realidade organizativa que vem já do seculo IV e que culmina no nosso tempo com esta ideia da globalização e por outro, o nascimento de comunidades com grande espirito autárcito que rejeitam a eminência dessas seitas e que, através das possibilidades tecnicas recentes e de uma informação omnipresente, conseguem, desde já, abstrair a representatividade do poder atribuido a instituições que não satisfazem a sua segurança e o bem estar desejáveis, fins últimos de qualquer organização humana.
Talvez um indício dessa atitude, seja a elevada abstenção que actualmente se verifica na eleição dos orgãos politicamente representativos.
Seja como for, mesmo que Caracala tivesse ditado que um habitante da Ibéria, tinha os mesmos direitos que um cidadão romano, tentando com isso, de algum modo, manter a unidade do império, nada obviou na inexorável mudança do devir . O homem muito longe de Roma, reclamava a sua segurança e bem estar que essa Roma longínqua lhe não assegurava. Por isso o império ruiu e outras formas de organização surgiram como os feudos e o reino que melhor garantiam esses fins ultimos.
Façam os melhores tratados, apelem à cidadania, determinem que o voto é um dever, reivindiquem os direitos humanos,proclamem a globalização como ideia que cobre a existência de mercados sem fronteiras, tentando manter a extensão dos lugares onde recolhem as mais valias que as alimentam nos santuários fabulosos onde vivem, essas seitas, são já facilmente definíveis e a breve trecho confrontadas por uma realidade já emergente e que lhes começa a denunciar os sofismas.
Foi só por isto que não aceitei o cenário politico onde assentas as tuas previsões para 2004.

cumps.
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por JAOR » 11/1/2004 6:31

É..desculpem...o ambiente que se gerou...nem eu nem o Djo o pretendiamos....acabou por se abrir umas garrafas na..... net e a coisa foi esquecida....

O oriente do Djo fica à direita do Ocidente.... :mrgreen: :mrgreen: as minhas desculpas....confundi :?

O teu artigo??.......meu amigo.....5 estrelas......só????...porque não há mais....só passando para ressort :mrgreen:

Um abraço...eeeeeeeeeeeeeeee

Cmpts
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por MarcoAntonio » 11/1/2004 5:55

E assim volta a reinar a paz no Caldeirão...
:mrgreen:

O que vale é que isto é tudo boa gente!...
:wink:
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por djovarius » 11/1/2004 5:53

lol :lol: :lol:
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por JAOR » 11/1/2004 5:50

Aí vai o Dimple :mrgreen: :mrgreen:

Quem bebe???????????

Cmpts
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por djovarius » 11/1/2004 5:49

Antes de mais, devido ao respeito que o Caldeirão merece, e pelo facto de algumas pessoas terem lido uma troca posts que foi apagada, queria apenas pedir que nos desculpassem pelo mau ambiente quese gerou.

Para o Jaor: já falámos em privado e vamos selar esta discussão com um pedido mútuo de desculpas para mostrar a todos que também é possível as pessoas se chateatem e depois resolverem os assuntos e tudo acabar em bem.

Eles estava chateado comigo a propósito de um post onde ele criticou o Forex e eu defendi a minha dama, dizendo: os cães passam e a caravana passa.
Muito bem, Jaor, sei que ficaste com ela atravessada, mas agora peço desculpa por isso.
Não vamos criar mais incidentes por causa disso, assunto encerrado.

Quanto a esta noite, penso que podes dizer de tua justiça, mas amanhã vais ler o meu trabalho todo e dar uma opinião, ok? :)

Um abraço

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sugestão ao DJ

por jotabil » 10/1/2004 20:10

Caro Dj

A geopolitica.(creio que é assim que se escreve) é a realidade que determina a evolução do potencial estratégico de um determinado actor politico na cena internacional. De certo modo é a madre para toda a acção geoestratégica e, consequentemente, as estratégias subsequentes.
Assim aconteceu com Ratzel....em 1846 ( salvo erro) com a geopolitica do Lisbesraum (do espaço vital) adoptado pelo estado alemão (potência terrestre) e que teve a ver com a 1ª. 2ª guerra mundial e ainda hoje se manisfesta nos balcãs com aquela coisa do ex-jugoslávia- bosnia-herzegóvina- kosovo e macedónia.
Uma visão sectorial do potencial estratégico de uma entidade politica comprende a economia, a cultura, a diplomacia......e como ultima rácio...o potencial militar.
Logo a definição do modelo geografico(geografia horizontal e vertical) a favor do interesse de determinada entidade politica, tem implicações graves no desenvolvimento, entre outros sectores, no relativo à economia e consequentemente no desenvolvimento dos mercados.É por isso que acentuo a necessidade de definirmos claramente, as entidades politicas que adoptam determinado modelo geopolitico, a estrutura desse modelo, a geoestratégia que o leva à prática....e as estratégias que a materializam.
Não se pode referir , vagamente , o espectro do terrorismo internacional, como elemento justificador de determinadas situações geoestratégicas. Temos de ser mais rigorosos nos pressupostos para que não possamos concluir erroneamente.
É isto, o aspecto nuclear da minha nota, perante o teu trabalho, que a essa luz, julgo muito meritório pela síntese pela análise e pelas conclusões que formula.
De uma forma resumida, permiti-me apenas interrogar os pressupostos que equacionaste no âmbito geopolitico.
Mas é apenas uma observação da minha parte, porque não aceito facilmente aquilo que é apregoado aos sete ventos....do terrorismo internacional....do Been laden...da al quaeda....de tudo isso que apenas considero elementos de um cenário que emoldura a peça da contra-informação com que as duas entidades politicas em confronto, pretendem camuflar as suas estratégias indirectas....para a conquista dos seus objectivos económicos e politicos.

Existem mais alegações. Mas por hora termino.


cumps.
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por TRSM » 10/1/2004 18:14

Simplesmente....excelente. :wink: :wink:

Obrigado DJO, e sempre que possas manda coisinhas destas :wink:

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por djovarius » 10/1/2004 17:15

Olá a todos,

Aproveito para cumprimentá-los. Ainda bem que gostaram tanto quanto eu. Só lamento não ter tido o tempo necessário para um trabalho mais detalhado e completo. Fica para uma próxima ocasião.

Já agora, aproveitando a sugestão do Info, fica mais uma excelente perspectiva 2004 do prof. J. Mauldin, figura que leio e releio todas as semanas, porque me identifico com a sua moderação e coerência.
Está em:
www.safehaven.com/showarticle.cfm?id=1224

Entretanto, queria só deixar uma nota ao comentário do Jotabil. Ainda que te há interesse pela polémica das questões geo-políticas. Gosto de quem tem uma opinião independente e livre, pelo que fica já o desafio: se ocorrer algum evento significativo dessa natureza em 2004, capaz até de influenciar o mundo financeiro, façamos aqui no Caldeirão uma ampla discussão sobre isso. E mesmo que não tenha assim tanta influência sobre os mercados, penso que podemos discutir também.

E ainda para o nosso Mike: não sou ninguém em especial, apenas mais um estudioso do fenómeno dos mercados, só isso. Mas confesso que há muitos, muitos anos já tinha uma curiosidade de saber o que significavam aquelas listas e listas de preços de "coisas" que apareciam em certos jornais. Não percebia nada de nada, mas tudo bem...

Mais uma vez, boa leitura e obrigado a todos


Até loguinho :)

dj
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Djovarius

por jportela » 10/1/2004 16:43

Boa Tarde

Poderia estar aqui a tecer varios elogios ao teu artigo mas não o vou fazer, não seria de esperar de ti outra coisa. Sou um dos muitos seguidores da tua escrita e dos teus ensinamentos. Não te conheço, não sei qual é a tua história no entanto muitas vezes há descuções neste e noutros foruns sobre Portugal e os motivos deste pais não andar para a frente e um dos grandes motivos é o pais deixar fugir para outros as pessoas capazes.
Ainda ontem na Sic Noticias estavam a falar de finanças e quem eram os comentadores(faladores) antigos ministros das finanças, aqueles que antigamente nada fizeram são os que hoje criticam.(isto um aparte).
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ps: Quando eras pequenino eras assim, não.
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por Pata-Hari » 9/1/2004 22:33

Muitos parabéns, está uma espantosa compilação de factos e de opinião pessoal. Muito, muito bem escrito e compilado! Muito Obrigado!
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comentário

por jotabil » 9/1/2004 22:29

Caro Dj

Li atentamente todo o teu bom trabalho passando depressa por sobre os aspectos cambiais, fora do meu interesse imediato.
Alguns comentários adianto, contudo, sobre as considerações geopoliticas que expressaste.
Entendo a geopolitica, como uma ciência e uma arte, na construção de um modelo geografico ( geografia considerada tanto nos aspectos horizontais como verticais)que satisfaça o interesse de uma determinada entidade politica (estado), considerado o todo da cena internacional.
A praxis deste modelo, constituirá a geoestratégia.
Importa pois, definir, desde logo, quais a entidades politicas que podem estar interessadas nesse jogo da geoestratégia (ela também, uma verdadeira ciência e arte) para podermos fazer uma análise consistente da realidade em apreço.
Tenho dúvidas acerca do "espectro do terrorismo global" referido desse modo tão indefinido. Julgo que não será tão "terrorismo", nem tão "global" como o querem fazer crer. Para mim existem duas entidades politicas que se digladiam utilizando a estratégia indirecta para atingirem os seus, respectivos objectivos poiliticos.
Uma, sediada na américa do norte que utiliza os USA como estado hospedeiro....e outra instalada na Europa (terrestre) que utiliza o Benelux-França e Alemanha como estados asilo.
São estas duas entidades, de natureza estrutural identica que se confrontam no médio oriente( Palestina-Iraque-Afeganistão-Thechénia),na Africa Ocidental (Serra Leoa-Nigéria- Costa do Marfim), na África meridional(Angola-Congo-Namíbia)e nos Balcãs (Servia-Kosovo-Macedónia).
Utilizam para o efeito não a estratégia directa, mas sim uma estratégia indirecta para atingir os objectivos politico-económicos do seu interesse.
Tão indirecta é essa estratégia que a todos se evidencia como um terrorismo global. Mas não é porque o terrorismo para o ser, precisa necessáriamente de um apoio exterior ao seu teatro de operações. Sendo global....só fora do nosso planeta e que me conste... Marte.. ainda não se constitui como lugar habitável ou com potencial estratégico para se entender como refúgio.
Vendo isto sob esta lógica.....a demonstração de força feita pela primeira entidade perante a segunda no Iraque assume capital importancia, assim como a atrição na palestina, assim como a paz forçada nos Balcãs, assim como a luta surda dos thechenos perantos os Russos, assim como as escaramuças da africa ocidental(Desde a Serra Leoa até à Guiné-Bissau) assim como a paz Angolana e do Congo.
Não podemos deixar de estar atentos a estes lugares. são os reais teatros de operações onde os potenciais estratégicos destas duas entidades referidas se confrontam e desafiam ....linha a linha e passo a passo.
A China ....talvez um dia ...mas por agora tem o seu andar próprio de formiga...a sua religião mistica...quando extravasarem....nem se saberão os efeitos. Mas por agora ainda estão fora deste campeonato.
Uma possibilidade pode ser encarada no desencadear deste conflito entre a entidades referidas. Pode suceder que perante a inutilidade da estratégia indirecta utilizada, concluam que apenas o entendimento pode obviar a confrontação directa, dado que ela se revela extremamente cara.
As ultimas cedências sobre as tarifas na exportação do aço europeu para os USA e outras cedências, não reveladas, são disso indício técnico.

Se assim suceder antevejo melhores dias para a economia e mercados.

Entretanto, mesmo que o não notemos. existem já luzes sobre uma nova organização politico-social do homem, diversa dos grandes espaços económicos que as referidas entidades pretendem constituir e fazer acreditar pelas massas ignaras que elas julgam manipular.

O homem é estrangeiro na natureza por não se sujeitar a determinismos..mesmo que alguns pensem que a psicologia e a sociologia conseguem encontrar leis que o dominem....há sempre uma possibilidade de evasão ....um ver mais adiante..... As religiões do ocidente ...são proféticas....o factor tempo .....é de progresso ......e kant já existiu há demasiado tempo...para ser actual....e justificar o atrasado liberalismo actual, sem legitimidade e inquinado de teorias mercantilistas.
O ano de 2004 será apenas um ano de mudança.

Achei a análise muito interessante.....trabalho meritório.....e um bom contraponto...para um pensamento diverso da realidade que aí vem.


cumps
Se naufragares no meio do mar,toma desde logo, duas resoluções:- Uma primeira é manteres-te à tona; - Uma segunda é nadar para terra;
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e ainda hoje...

por oscarcoelho » 9/1/2004 22:23

...gastei dinheiro num jornal financeiro :evil: quando temos aqui "do melhor" e à borla
 
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Amigo Djo....

por Scubawarrior » 9/1/2004 21:23

... Ainda só o li em diagonal e do que li adorei. De qq modo quero com calma durante o fds apreciá-lo melhor.


abraço
scuba


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por Ming » 9/1/2004 21:04

Sim, é um grande artigo. (E digo grande sobre vários pontos de vista...)
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por Patdav » 9/1/2004 19:13

Pois.....


Já foi quase tudo dito.

Gostei de ler, e já fiz uma copia :mrgreen:

No inicio estava como o fproenca (vou ler no FdS) :roll: , mas quando dei por ela estava no fim texto.

M Bom trabalho DJ

braço
patdav
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por Gito » 9/1/2004 18:45

Só me ocorre dizer que é um previlégio aceder a um fórum onde pontuam participantes deste nível.

Parabéns ao Djovarius e à Administração

Um abraço
 
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por Dark » 9/1/2004 18:40

Após ler o artigo do Dj, a meu ver,duas coisas se impõem :

1 .Dar os parabéns ao DJ, que com este tipo de participação permite de forma verdadeiramente pedagógica e ainda por cima (mais difícil!) simples e brilhante expor uma perspectiva sobre o possível desenrolar dos acontecimentos em 2004.
Este tipo de atitude é de louvar.

2. Dar os parabéns à Administração do Caldeirão, por permitir que "estrelas" destas brilhem neste espaço que tão bem soube criar e melhor tem sabido manter. Sem este espaço,provavelmente hoje não poderíamos "saborear" tal artigo.

Muito obrigado a todos.

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